FlatOut!
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Zero a 300

Adeus, Sandero RS! // Adeus, Lotus Elise, Lotus Evora e Lotus Exige // Olá, Porsche 911 Sport Classic!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Adeus, Sandero RS. Foi bom tê-lo por aqui

A Renault confirmou nesta última quarta-feira (22) o encerramento da produção do Sandero RS. O esportivo terá uma série especial batizada Finale, composta pelas 100 últimas unidades produzidas do modelo. Ela não terá alterações visuais ou algo do tipo, mas virá acompanhada de um kit composto por um pôster com o blueprint do Sandero RS, boné, chaveiro, garrafa e carteira da grife Renaultsport e uma plaqueta metálica numerada, que será afixada no console central, identificando o RS como um dos 100 últimos de sua espécie.

O Sandero RS foi um esportivo que não esperávamos de jeito algum. Em pleno 2015 a fabricante francesa decidiu fazer um legítimo Renaultsport no mercado brasileiro em crise. O modelo, apesar de ter sido visto por muitos incautos como “um Sandero com motor de Duster”, repetiu a receita clássica dos grandes hot hatches da história ao combinar a carroceria leve a um motor de uma categoria superior — como foi o Gol GT, que usava o motor do Santana, ou mesmo seu primo distante, o Clio Williams, que usava o motor do Renault 19.

Além disso, a Renaultsport deu atenção especial ao RS, dando a ele um acerto exclusivo de suspensão, uma relação própria do câmbio (close ratio), bancos exclusivos, calibragem específica do motor e, claro, um visual retocado para se adequar à proposta do carro.

Por acaso, o Sandero RS teve uma relação muito próxima do FlatOut. Fomos nós quem revelamos suas formas pela primeira vez, ainda quando estava em processo de homologação. Mais tarde, tivemos a oportunidade de fazer nosso próprio Sandero RS em parceria com os amigos da Renault e da Ordospec, que apoiaram o FlatOut Driving Academy. Além disso, o Sandero RS foi o nosso “Flataxi” em nosso segundo track day, quando o Juliano levou os FlatOuters para quase 150 voltas quentes no circuito. Nada mau para um “Sandero com motor de Duster”, não é mesmo, keyboard hero?

Agora, depois de praticamente sete anos no mercado — um ciclo típico da indústria — o Sandero RS chega ao fim. Foram pouco mais de 4.600 unidades produzidas e milhares de quilômetros nas pistas nas mãos dos entusiastas — este que vos fala, inclusive. Com as mudanças no protocolo de emissões brasileiro, combinado aos novos rumos da Renault para os próximos anos e as mudanças no segmento esportivo no qual a Renaultsport/Alpine atuam, o motor 2.0 e o próprio Renault Sandero ficaram fora dos planos e, por isso, foram descontinuados.

Se me permitem uma sugestão: compre o seu nos próximos anos. Depois, quando a nostalgia bater, os exemplares forem escassos e a demanda aumentar, não adianta reclamar de especulação, inflação etc. O carro é, evidentemente, um potencial clássico.

 

Lotus encerra produção do Elise, Evora e Exige

É o fim de uma era na Renault brasileira, é o fim de uma era na Lotus. Os últimos exemplares do Exige, do Elise e do Evora deixaram a linha de produção juntos nesta semana. Os três modelos, juntos, tiveram 51.738 exemplares produzidos ao longo de 26 anos — foi em 1996 que a Lotus lançou o Elise e só parou agora, em 2021 — o que corresponde a uma média de 1.990 carros por ano, uma marca e tanto para uma fábrica do porte da Lotus, com carros com a proposta dos Lotus.

O último Elise, o modelo número 31.124, foi um Sport 240 Final Edition pintado de amarelo. O último Exige foi um Cup 430 Final Edition, o 10.497º exemplar do modelo (décimo-milésimo, quadricentésimo nonagésimo sétimo, caso esteja se perguntando), intado com o lendário verde dos carros da Lotus, enquanto o último Evora foi o 6.117º exemplar, sendo o último um GT430 Sport cinza escuro. Os três exemplares não serão vendidos; em vez disso, serão guardados no acervo da Lotus.

Um fato curioso é que a Lotus fez 51.738 exemplares destes três esportivos, mas apenas com o nome Lotus. Houve outros 9.715 exemplares feitos para a Tesla, Chrysler, GM e Hennessey, vendidos na forma de Tesla Roadster, Dodge Circuit, Opel/Daewoo Speedster, Vauxhall VX220 e Hennessey Venom GT.

Com a produção encerrada, as linhas de produção serão desmontadas (e certamente compradas por alguém que continuará produzindo os modelos sob outra marca em um galpão. Caterham, você está por aí?) para dar espaço ao Emira, o Lotus menos Lotus de todos os tempos, com um peso que deve ter feito Colin Chapman engasgar com um pedaço de pintado na brasa em algum lugar do Mato Grosso.

 

Sabe o Zonda do Hamilton? Parece que não é mais dele…

 

Um dos carros mais raros e conhecidos da coleção de Lewis Hamilton não faz mais parte da coleção de Lewis Hamilton. Segundo o pessoal do The Zonda Registry, que mantém o registro dos Pagani Zonda em todo o mundo, o modelo 760LH de Lewis Hamilton foi levado para o Reino Unido, mas não a pedido de Hamilton, que o usava em Mônaco, mas sim por seu novo proprietário, que o comprou do multicampeão da F1.

O Zonda 760LH foi um dos primeiros Zonda da série 760, iniciada após o fim da produção regular do Zonda (sim, o carro saiu de linha e continuou em linha, porém somente por encomenda em exemplares one-off). Hamilton o recebeu em 2014, equipado com uma versão de 760 cv do motor V12 7.3 Mercedes-AMG e câmbio manual de seis marchas. O carro, como mencionei acima, era usado por Hamilton em Mônaco, onde foi visto em circulação diversas vezes.

Apesar disso, Hamilton disse que o carro é “terrível” de dirigir quando mencionou que, apesar do “melhor ronco” da coleção, ele tem o “pior comportamento dinâmico”.

 

Porsche prepara novo 911 Sport Classic

Há duas gerações a Porsche lançou o 911 Sport Classic, uma espécie de Porsche 911 “Greatest Hits”, que trazia vários elementos estéticos que marcaram a história do modelo, como uma releitura das rodas Fuchs, o retorno do spoiler ducktail do Carrera 2.7 dos anos 1970, bancos com padrão xadrez na parte central e, claro, câmbio manual.

Pois parece que a Porsche vai repetir a dose nesta geração 992. Um protótipo com o spoiler ducktail foi visto nos arredores de Zuffenhausen. Além do distintivo spoiler, ele também tem um capô com ressaltos como os do teto e rodas com cubo rápido, de parafuso central, como se fosse um GT3. O modelo já era ventilado nos bastidores da imprensa europeia, e parece que agora os rumores se confirmam. Dizem que ele será baseado no 911 GTS, o que significa que ele terá um 3.0 biturbo de 478 cv e 62 kgfm combinado ao câmbio manual de seis marchas da Porsche.

Quanto ao lançamento, o carro já vinha sendo visto em testes desde abril — ainda com a carroceria do GTS — e, considerando que ele já está sem camuflagem e parece pronto, fica claro que o lançamento está próximo. Segundo a imprensa alemã, a previsão é fevereiro de 2022.