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Alfa Romeo Giulia Quadrifoglio rouba do Porsche Panamera o recorde de sedã mais rápido em Nürburgring

Toda disputa pelo título de “mais rápido no Nürburgring Nordschleife” é uma disputa válida, a nosso ver, e é claro que isto inclui a briga dos sedãs. Há algumas semanas, a Porsche apresentou o novo Panamera, que finalmente ficou bonito e ainda quebrou o recorde do Inferno Verde ao virar 7m38s na versão Turbo, que tem um V8 biturbo de 550 cv e câmbio PDK de dupla embreagem e oito marchas.

Acontece que, com isto, a Porsche irritou a Alfa Romeo. Antes do Panamera, o título de sedã veloz do ‘Ring estava com o Giulia Quadrifoglio, que havia conseguido um tempo de 7m39s. É claro que os italianos não iriam aceitar ter seu recorde superado, mesmo que por apenas um segundo. Então, eles levaram o Giulia Quadrifoglio de volta ao Nürburgring e esmagaram o recorde do Panamera virando impressionantes 7m32s.

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Parte da vantagem certamente se deve ao câmbio: em seu primeiro recorde (talvez para reforçar a aura old school), o carro era um Giulia com câmbio manual de seis marchas, disponível apenas para o Quadrifoglio. Desta vez, pegaram um exemplar com a caixa automática de oito marchas igual à do resto da linha, e certamente o tempo economizado nas trocas de marcha (a Alfa Romeo fala em trocas de 150 milissegundos no modo Race) ajudou a abaixar a marca. Vale lembrar que o Giulia é menos potente que o Panamera, com um V6 biturbo de 2,9 litros e 510 cv.

E, obviamente, filmaram tudo, nos presenteando com um dos melhores onboards que já vimos no Nürburgring. Não é só mais um vídeo de recorde, é entretenimento de alto nível. Se liga:

O piloto é Fabio Francia, que disputa a Copa Clio na Itália, e sua tocada é tipicamente italiana – entusiasmada, viva e muito boa de assistir. Ele não economiza no contra-esterço nas saídas de curva, provoca a traseira nas entradas ao esterçar com rapidez e, no geral, e guia muito próximo do limite, usando zebras que normalmente não são usadas por serem altas demais (sério, algumas parecem calçadas). Ah, e ele não usa macacão: o negócio é pilotar de camiseta e boa!

Claro, estamos falando de uma volta recorde no Nürburgring Nordschleife – estranho seria se Francia não pilotasse perto do limite. Mas, para você entender o que estamos falando, repare no minuto 1:50 do vídeo: na quebra de relevo no fim do Fuchsröhre, antes da famosa curva Adenauer Frost, o italiano segue de pé cravado, com o carro dançando. Foi só um dos vários riscos que Francia assumiu durante sua belíssima volta.

Quer mais? Ele poderia ser ainda mais rápido. Repare que, aos 6:45, a traseira escapa (provavelmente por conta da umidade no solo) e, com isto, o carro perde velocidade na longa reta. Francia se irrita, acenando negativamente com a cabeça – provavelmente por saber que perdeu alguns décimos de segundo ali.

O que temos a dizer com tudo isto? Bem, o óbvio é que a Porsche certamente vai tentar dar o troco outra vez em breve. O que não é tão óbvio assim, mas podemos deduzir: com a próxima geração do Challenger prevista para receber a plataforma do Alfa Romeo Giulia (e um V6 turbo mais potente que os atuais V8 Hemi, ao que tudo indica), não duvidamos que a Dodge volte com tudo à disputa de recordes no Nürburgring. Lembrando que o Shelby GT350R virou, no ano passado, exatamente 7m32s. Vai ser bonito de ver.