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Zero a 300

Aston Martin Vulcan ganha conversão para as ruas, um Bugatti EB110 quase zero a venda, fabricantes pressionam governo brasileiro e mais!

Este é o Zero a 300, nossa rica mistura das principais notícias automotivas (ou não) do Brasil e de todo o mundo, caro car lover. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!

 

McLaren está desenvolvendo supercarro elétrico

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McLaren Vision Gran Turismo

Nos últimos anos virou quase uma obrigação para os fabricantes dizer que estão trabalhando um supercarro elétrico — especialmente depois dos feitos do NIO EP9 e do Rimac Concept One. Mas a McLaren está mesmo falando sério sobre isso, tanto que já está desenvolvendo o seu.

A notícia é da revista britânica Autocar, que conversou com os engenheiros da McLaren e ouviu deles a confirmação de que o projeto já está em andamento. “Já temos uma mula de veículo elétrico e parte do motivo para isso é descobrir como entregar engajamento em um mundo totalmente elétrico”, disse o diretor de design de engenharia Dan Parry-Williams. Apesar da mula de testes, o engenheiro disse que ainda há um longo caminho até que ele se torne um produto finalizado.

O maior empecilho atualmente são as baterias. Segundo Parry-Williams, se você tem um carro com autonomia de 800 km em estrada e pretende dirigir por meia hora na pista, o carro estaria sem carga no final do stint. “A quantidade de energia necessária para se obter um alto desempenho em pista é impressionante. E depois você precisa recarregar.”

Antes do supercarro elétrico, contudo, a McLaren pretende aumentar a parcela de carros híbridos vendidos anualmente. A fabricante britânica espera que metade de seus carros vendidos em 2022 sejam elétricos.

 

Aston Martin Vulcan ganha conversão para as ruas

Apesar de haver regras para licenciar um carro para as ruas na Inglaterra, você não precisa de muito mais que um conjunto de faróis e lanternas, retrovisores e para-lamas para legalizar um carro por lá. O resultado são carros insanos como o Caparo T1, o BAC Mono e o Vanwall GPR V12, que é uma réplica quase exata do carro que Stirling Moss usou na temporada de 1958 da F1.

É por isso também que algumas empresas locais se especializaram em fazer esse tipo de conversão, transformando carros de pista em modelos “de rua”, como a Lanzante, que fez o McLaren P1 GTR rodar até a Alemanha, e agora o RML Group, que criou o primeiro Aston Martin Vulcan de rua.

A conversão incluiu novos bancos e revestimento de tecido na cabine para melhorar o conforto fora das pistas, a instalação de piscas na asa traseira, e um sistema de elevação da suspensão em 30 mm para transpor lombadas e acessar rampas. Todo o resto foi deixado como original de fábrica, incluindo o V12 de sete litros e 820 cv.

 

Um Bugatti EB110 quase zero a venda

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Depois do raro Lancia Stratos HF Stradale, agora topamos com algo ainda mais raro: um dos 139 Bugatti EB110 produzidos entre 1991 e 1995, com apenas 4.540 km rodados. E é o único EB110 preto com interior preto e bancos cinza.

O carro foi comprado em 1993 por uma loja alemã, mas ficou dois anos esperando seu primeiro proprietário, o colecionador August Nüchter. No primeiro ano, Nüchter rodou pouco mais de 300 km, mas planejava ir até a fábrica da Bugatti, então localizada na Itália, a 750 km de sua cidade, para fazer a revisão dos 1.000 km.

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Por mais absurda que possa soar esta coincidência, Nüchter chegou à Itália no mesmo dia em que a Bugatti teve sua falência declarada. Como resultado, o carro foi revisado por especialistas locais, que trabalharam na fábrica.

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O carro ainda foi usado vez ou outra até 2005, quando Nüchter mudou da Alemanha para os EUA. É claro que ele levou o carro junto, mas não o usou tanto. Desde então, o carro ficou guardado e agora finalmente será vendido. O leilão será realizado pela RM Sotheby’s em janeiro, e estima-se um valor entre US$ 750.000 e US$ 950.000.

 

Mercedes e BMW pressionam governo brasileiro

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Com o fim do Inovar-Auto e a indefinição sobre o Rota 2030, Mercedes e BMW começaram a pressionar o governo brasileiro a definir as novas regras para o próximo programa de incentivos à indústria automobilística nacional.

Em entrevista ao site Automotive Business, a Mercedes-Benz disse que sem a definição de uma política de incentivos para compensar a falta de competitividade da fabricação de carros de luxo em baixo volume (o que aumenta os custos), “fica difícil” manter a operação em Iracemápolis/SP. A fábrica paulista da Mercedes custou mais de R$ 700 milhões, e o investimento só foi viabilizado considerando os benefícios de produzir localmente após a sobretaxação prevista pelo Inovar-Auto aos carros importados (impostos de importação + super IPI).

O Rota 2030, que irá substituir o Inovar-Auto, já vinha sendo discutido desde a metade deste ano, porém suas propostas de isenções tributárias foram barradas pelo Ministério da Fazenda, e por isso não há previsão para o início de sua vigência. Na entrevista, o presidente da Mercedes no Brasil e América Latina, Phillip Schiemer, disse que “o problema é acabar com tudo de uma vez”. “Fizemos uma fábrica seguindo uma política. Se agora vamos ficar sem nada, a situação fica difícil”, completa. Atualmente a Mercedes produz o Classe C e o GLA no Brasil, mas segundo Schiemer, sem os benefícios seria mais barato importar os dois modelos.

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A BMW adotou o mesmo discurso, e enviou um artigo ao UOL Carros, no qual exige uma solução breve do governo para que a operação da empresa continue viável. Da carta assinada pelo presidente do BMW Group do Brasil, Helder Boavida, destacamos os seguintes trechos:

“Hoje, no entanto, passados quatro anos desde que iniciamos a produção de automóveis no país, vivemos uma situação de queda acentuada de rentabilidade, agravado, em grande parte, pela crise do setor automotivo brasileiro. Ou seja, além de não ter recuperado seus investimentos, as empresas que fizeram aportes significativos no Brasil vêm acumulando perdas expressivas.

Produzir automóveis altamente tecnológicos, em baixos volumes, tem sido extremamente dispendioso para as empresas desse segmento. A ausência de uma nova política industrial voltada para o setor automobilístico brasileiro pode agravar ainda mais esta situação e, no pior dos cenários, corremos o risco de seguir o caminho da Austrália, que viu sua indústria automotiva desaparecer nos últimos anos.

As decisões que envolvem o Rota 2030, novo regime que pode substituir o Inovar-Auto, impactarão diretamente nas estratégias das empresas do setor, que representam aproximadamente 20% do PIB industrial brasileiro e empregam aproximadamente quatro milhões de pessoas em toda a cadeia.”

 

Bugatti Chiron finalmente é avaliado em “The Grand Tour”

Hoje é quinta-feira e, graças ao nosso fuso-horário “atrasado” em relação à Inglaterra, isso significa que é dia de mais um episódio da segunda temporada de “The Grand Tour”. Depois da viagem à Suíça e da corrida Ford GT vs. transporte coletivo, agora é a vez do Bugatti Chiron finalmente dar as caras no programa.

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Jeremy Clarkson leva o hipercarro a St. Tropez em uma road trip para descobrir como é a vida glamourosa a bordo do carro, com cafés da manhã no sul da França, prática de esqui nos Alpes e um jantar em Turim. Enquanto isso, James May vai a Mallorca, na Espanha, a bordo do Kia Stinger GT em uma corrida contra skates. Depois, os três se reúnem para uma nova modalidade de automobilismo: a corrida de estacionamento.

O duelo de celebridades traz o ator britânico Hugh Bonneville, de Downton Abbey e Paddington Bear, enfrentando o apresentador de TV naturalista americano Casey Anderson para descobrir quem é a pessoa que vive com um urso mais rápida. Só não sabemos se a srta. Abbie Eaton irá acelerar um dos carros no Eboladrome. Talvez o Kia Stinger?