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Zero a 300

BMW 330e M Sport no Brasil, o (possível) fim do downsizing, um mini-EcoSport e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Novo padrão de emissões poderá matar o downsizing

Passamos a última década sendo convencidos de que motores sobrealimentados de baixo deslocamento poderiam ser tão potentes quanto seus antecessores, porém com os benefícios de menor consumo e menor nível de emissões. Na prática, diversos estudos — e o uso cotidiano, no mundo real — mostraram que não é bem assim.

A Volkswagen, por exemplo, aumentou o deslocamento do seu EA211 de 1,4 para 1,5 litro na Europa por questões de emissões e, embora os motores downsized sejam mesmo econômicos na maioria do tempo, ao afundar mais o acelerador o consumo deles não é tão melhor que o de um motor aspirado com injeção direta e deslocamento maior. Não dá pra mudar a física, afinal.

Mas é isso o que temos, e parece melhor que antes, se você não for o tipo de proprietário que valoriza mais o ronco do que as capacidades do motor. Consumo menor é bom até mesmo em um McLaren, porque significa que você dirige mais entre as paradas no posto.

Só que agora, os fabricantes estão começando o planejamento dos motores da próxima geração, os motores que farão esta década de 2020 que se inicia. Os Europeus terão uma nova norma de emissões prevista para 2026 e todos precisam estar prontos se quiserem homologar seus motores para a segunda metade da década. E ao que tudo indica, estas novas normas acabarão matando o downsizing, não por que ele é ruim, mas porque as regras acabarão levando a isso.

Segundo o vice-presidente das linhas 911 e 718 da Porsche, Frank Steffen-Walliser, o novo padrão Euro 7 irá impor limites na potência específica dos motores (cv/l), e isso deverá resultar em um aumento de 20% no deslocamento dos motores atuais. “Vários fabricantes vão saltar de quatro para seis cilindros, de seis para oito”, disse o executivo ao site Wheels. Isso significa, na prática, que a tecnologia desenvolvida pra espremer ao máximo a potência dos motores downsized será descartada por uma canetada. O aumento de 20%, por exemplo, significa que os motores 1.4 serão substituídos por motores 1.6 ou 1.7, enquanto os 2.0 serão substituídos por 2,5 litros — o que já poderia resultar na volta dos seis-cilindros de baixo deslocamento.

Ainda segundo Walliser, as medidas acabarão tendo o efeito contrário porque “não dá para atender os requisitos sem gastar combustível”. “Esta nova regulação é difícil de atender porque teremos a questão das emissões de partida fria e catalisadores maiores — e por ‘maiores’ falo em três ou quatro vezes maiores — será preciso ter uma pequena indústria química no carro para controlar isso”, explicou.

O protocolo Euro 7, contudo, ainda está na fase de apresentação e discussão com os fabricantes, o que significa que poderá haver mudanças nas normas até sua aprovação. (Leo Contesini)

 

Honda registra Fit no Brasil

Depois do City, agora é a vez do Honda Fit ser registrado no Brasil. Os desenhos do hatchback foram publicados na Revista da Propriedade Industrial, o índice oficial dos novos registros junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial.

O modelo foi registrado na versão “aventureira”, com grade convencional e protetores plásticos nos para-lamas e apliques nos para-choques. Diferentemente do City, que teve seus diversos componentes registrados de forma avulsa, o Fit não teve outros componentes registrados, o que nos impede de saber se ele será vendido com a nova dianteira sem grade ou se a Honda irá modificar o visual do carro para o mercado Brasileiro. A versão aventureira, contudo, pode indicar que a Honda irá desistir do WR-V, que viu suas vendas encolherem em 2019.

O modelo deverá estrear ainda no fim deste ano, antes do lançamento do City, previsto para o início de 2021. Os dois terão o novo motor 1.0 turbo da Honda, mas também deverão manter o atual 1.5 aspirado para as versões de entrada, a exemplo dos rivais Polo e Virtus. (Leo Contesini)

 

BMW 330e M Sport chega por R$ 298.000

A BMW começou a vender no Brasil mais uma versão do Série 3 – o 330e M Sport, híbrido plug-in importado de Munique, na Alemanha.

O BMW 330e M Sport é movido por um 2.0 turbo TwinPower de 184 cv e 30,6 kgfm de torque, mais um motor elétrico de 113 cv e 26 kgfm de torque. Potência e torque combinados: 292 cv e 42,8 kgfm de torque – suficientes para ir de zero a 100 km em 5,9 segundos, com máxima de 230 km/h. Em comparação, o 330i M Sport, também com motor 2.0 turbo, dispõe de 258 cv e 40,8 kgfm de torque e leva 5,8 segundos para chegar aos 100 km/h, com velocidade máxima de 250 km/h (leia o review aqui).

O 330e M Sport custa R$ 297.950 e o preço inclui um wallbox de 22 watts para regargas mais rápidas em casa – ele reduz o tempo de recarga de 6h em uma tomada comum para 3,5 horas. E o carro pode ser comprado pelo Instagram da BMW nestes tempos de isolamento social. É como dizem: problemas modernos exigem soluções modernas. (Dalmo Hernandes)

 

Chevrolet retoma produção em São Caetano do Sul

A Chevrolet junta-se às fabricantes brasileiras que retomam a produção no Brasil. A princípio, apenas a unidade de São Caetano do Sul (SP) volta a operar, focando-se inicialmente no novo Chevrolet Tracker – que foi lançado em meio à pandemia e é o modelo de caráter mais urgente na gama. Fora o Tracker, a fábrica também segue produzindo máscaras de proteção e consertando respiradores hospitalares.

Como é padrão, a GM diz que a fábrica adotou protocolos de higienização e segurança mais rígidos, seguindo as medidas de outros países – aferição de temperatura corporal na entrada, higienização mais frequente, distanciamento entre os funcionários e uso de máscaras.

Além da GM, a Hyundai e a Volkswagen também voltaram a produzir carros – a Hyundai desde o dia 13 e a VW desde ontem (18). Em todos os casos as jornadas de trabalho são reduzidas e medidas de segurança e prevenção foram adotadas. (Dalmo Hernandes)

 

Ford pode ter “mini-EcoSport” para brigar com VW Nivus

Enquanto a Volkswagen prepara terreno para o Nivus, que tem tudo para ser o carro-chefe (pun intended) da marca no Brasil, as rivais não estão paradas. A Ford, por exemplo, pode estar trabalhando em um utilitário esportivo pequeno, posicionado abaixo do EcoSport, para brigar com o SUV do Polo.

O novo crossover da Ford deve chegar pouco depois do novo EcoSport, em meados de 2021, e deverá usar como base a plataforma do Ford Ka – que, apesar de não ser um carro brilhante, é competente em sua proposta. E, assim como hatch, deverá ser produzido em Camaçari, na Bahia.

De acordo com o jornalista Jorge Moraes, do Uol, a Ford não deve demorar muito para começar a testar os protótipos do “mini-EcoSport” em vias públicas. Segundo suas fontes dentro da empresa, a Ford vai se inspirar no EcoSport para o design do crossover compacto, enquanto o próprio EcoSport deve ser promovido para ficar maior e mais sofisticado. O objetivo não é enfrentar apenas o Nivus, mas também as futuras opçõe da concorrência – a fonte cita os concorrentes da Hyundai e da Fiat, que também estão na corrida para lançar seus próprios crossovers compactos. (Dalmo Hernandes)

 

Toyota Yaris reestilizado é registrado na Argentina

Lançado no Brasil em 2018, o Toyota Yaris pode ganhar uma reestilização em breve. O modelo renovado foi registrado na Argentina e as imagens de registros foram publicadas pela revista local Parabrisas.

O que se vê é uma mudança apenas na dianteira. O para-choque é novo, e traz uma grade trapezoidal em posição invertida, certamente inspirada pela face do Corolla – em vez de um sorriso, ela agora deixa o Yaris com “cara de mau”. Além disso, há um friso horizontal entre os faróis, com o emblema da Toyota no meio. Os faróis em si também mudam: há máscaras negras e o que parece ser uma barra de LED na parte inferior.

O restante do carro não muda, pelo que dá para ver nas imagens – traseira e laterais estão idênticas às atuais.

Embora o registro já tenha sido feito, ainda é cedo para ver um Yaris renovado no Brasil. Ele deve ficar para 2022, considerando que o modelo 2021 é esperado ainda para este ano. Enquanto isto, a Toyota prepara a renovação da Hilux e para o último trimestre de 2020. (Dalmo Hernandes)