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Zero a 300

Bolsonaro irá vetar alterações no Código de Trânsito, Shelby GT350 ganha série Heritage Edition, Mini JCW pode ser eletrificado e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Bolsonaro diz que irá vetar alterações do Congresso em sua proposta para o Código de Trânsito

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta semana que irá vetar o projeto com mudanças no Código de Trânsito Brasileiro caso o Congresso Nacional aprove a versão modificada pelo relator da proposta, o deputado Juscelino Filho. Questionado pelos repórteres presentes em sua coletiva, Bolsonaro disse o seguinte:

“Lógico que vou vetar. Mas a última palavra é do parlamento. […] Lamento o relator ter se posicionado desta maneira. Estamos buscando contato com ele. […] E, no mais, ele acolheu 101 emendas, quer dizer, ele fez um novo Código de Trânsito. Não é a intenção nossa. É descomplicar.”

O projeto foi entregue pessoalmente pelo presidente ao Congresso em junho, e prevê uma série de alterações no Código de Trânsito que vão desde o aumento do limite de pontos na CNH ao fim da multa para o uso das cadeirinhas. São propostas polêmicas, algumas inspiradas em outros países, outras sem precedentes em lugar algum do planeta.

Entre as alterações feitas pelo relator estão o aumento do limite de pontos apenas para motoristas que não tenham cometido infrações gravíssimas nos últimos 12 meses, e a conservação do prazo de validade do exame médico em cinco anos para os motoristas com mais de 40 anos. São alterações equivocadas, que não melhoram as propostas já equivocadas feitas pelo presidente no texto original.

O FlatOut já analisou as propostas anteriormente e as comparou com as soluções de outros países. Na ocasião consideramos apropriada a ampliação do prazo de validade do exame médico para dez anos no caso dos motoristas com menos de 65 anos, mas julgamos equivocada a ampliação dos pontos na CNH — especialmente devido à justificativa de Bolsonaro, baseada na quantidade de radares ao mesmo tempo em que ele próprio suspendeu os radares móveis. Para o FlatOut, a fiscalização deveria ser feita com radares fixos e lombadas eletrônicas por uma questão de transparência e eficácia, e o limite de pontos conservado em 20 com validade de 12 meses.

O projeto, contudo, ainda está em tramitação e poderá ser modificado antes de ser enviado à presidência da república para sanção ou veto. (Leo Contesini)

 

Ford cria versão em ferro do bloco Coyote V8 para arrancada

Se existe um universo paralelo no qual os engenheiros ainda trabalham felizes e com o mínimo de restrições técnicas e julgamentos morais, este é o dos V8 norte-americanos. A notícia de hoje parece correr numa realidade paralela de uma Ford que cortou a produção de sedãs e hatches em sua matriz e, bem, de fato corre numa realidade paralela: a divisão Ford Performance, também conhecida pelo seu antigo nome Ford Racing.

Os caras desenvolveram uma versão do bloco Coyote V8 em ferro para aplicação em arrancada, para aplicações recomendadas a partir de 1.500 cv. Ponto no qual a maior maleabilidade do alumínio somada ao fino revestimento de aço carbono nos cilindros, pulverizado via plasma, do projeto da terceira e atual geração Coyote, acaba resultando em uma vida útil mais curta no mundo das arrancadas.

O Werewolf (ou “lobisomem”), como foi batizado o novo bloco, apresenta ferro Classe 50 (340 MPa) na composição de seu bloco, mancais billet, diâmetro de furos dos cabeçotes ampliados para 12 mm, dutos de óleo redimensionados e parte inferior do bloco retrabalhada para permitir mais espaço para as bielas – o que será útil tanto para motores de deslocamento ampliado (os famosos stroker) quanto para o uso de bielas aftermarket mais reforçadas. Espaçamento entre cilindros, altura do deck do bloco e dimensões das bronzinas de mancal permanecem as mesmas.

A Ford Performance deve começar a entregar os blocos Werewolf a partir do primeiro trimestre de 2020, com o preço na casa de entre 5.000 e 6.000 dólares (Juliano Barata).

 

Shelby GT350 e GT350R ganham série retrô Heritage Edition

Alguém estava falando em felicidade no mundo dos V8 norte-americanos? A Ford acaba de apresentar uma edição comemorativa de aniversário de 55 anos do primeiro GT350, com a clássica pintura no branco-levemente-creme Wimbledon White (entre nós, a minha cor favorita para os Mustang de primeira geração) com faixas Guardsman Blue.

A edição apresenta emblemas especiais presentes na dianteira e traseira e dentro do conta-giros, além de costuras contrastantes em vermelho nos bancos negros e é isso – ou seja, nenhum upgrade efetivo de performance. O pacote adiciona sugestivos US$ 1.965 ao valor do GT350 ou do GT350R ano-modelo 2020, que começam em US$ 60.440 e US$ 73.435, respectivamente. Vale lembrar que ambos os modelos receberam melhorias dinâmicas para o ano-modelo 2020, com geometria de suspensão revista e novo sistema de direção (Juliano Barata).

 

Mini sugere futuro elétrico aos modelos John Cooper Works

Em entrevista ao Motor Authority, o vice-presidente da Mini USA, Mike Peyton, deixou no ar a sugestão de que o futuro dos JCW, a variante mais esportiva da marca, pode estar na eletrificação. “Eu não acho que é exclusivo à gasolina e ao óleo (…) a definição de performance não é o tipo de combustível ou de powertrain, é a dinâmica e as sensações” afirmou Peyton, complementando que o automobilismo também buscou o caminho da eletrificação com a Formula E – lembrando que a BMW, companhia-mãe da Mini, participa da categoria desde a temporada 2019-20.

A declaração de Peyton vai em direção aos últimos passos da Mini, que lançou recentemente tanto a versão atualizada do Mini Countryman PHEV quanto o totalmente-elétrico Mini Cooper SE. Não tendo uma dependência de assinatura sonora e sendo um produto de pegada de vanguarda, de fato um Mini JCW totalmente elétrico não soa como algo controverso – pelo contrário. Um hot hatch elétrico com uma montanha de torque distribuído às quatro rodas pode ser algo, bem, eletrizante. Mas Peyton não precisava se escorar na justificativa da Fórmula E, já que esta é uma categoria essencialmente corporativa e de interesse orgânico do público muito baixo. (Juliano Barata)

 

Veja o novo logotipo da Kia aplicado a seus carros

Quando o Kia Stinger foi lançado, em 2017, o lendário Bob Lutz elogiou o carro, mas fez uma observação sobre o logotipo da fabricante coreana: a integração das letras com a fonte tipográfica não era boa, tampouco sua base ovalada. Ele tem alguma razão: o logotipo da Kia parece mesmo fora de compasso com seus carros cada vez mais interessantes.

Há alguns dias o novo logotipo da empresa foi divulgado, com uma fonte mais moderna, que integra as letras e ficou razoavelmente interessante em vermelho sobre o fundo branco. Mas agora o novo logotipo apareceu aplicado a um dos carros da marca e, certamente, é uma bem-vinda evolução, porém longe de ser ideal.

O oval continua usado como base para o logotipo e, aplicado ao capô, está mais para a China do que para a Europa. No volante o problema permanece e evidencia a dificuldade de perceber o I integrado ao A. A menos que você já saiba que se trata de um Kia, a fonte faz parecer um K e um N invertido (KИ)ou um KLN. É uma mudança mais baseada na tipografia, que resolve apenas parte do problema.

A aplicação apresentada há alguns meses no conceito “Imagine by Kia”, com as linhas de ligação entre as letras e sem o fundo oval eram mais harmônicas, legíveis e modernas. Com o fundo ovalado, o logotipo perde personalidade e parece mais uma atualização tipográfica do que um novo design. (Leo Contesini)

 

Corvette Genovation GXE quebra novo recorde de velocidade de carros elétricos

Genovation GXE Breaks World Record Again

The all-electric GXE supercar set a new top speed of 211.8mph, breaking its own world speed record again. We've already got plans to further refine the design to break more world records in 2020.

Posted by Genovation Cars on Tuesday, December 17, 2019

O Genovation GXE, um Corvette elétrico de 800 cv quebrou mais um recorde de velocidade de carros elétricos. Ele se tornou o elétrico “street-legal” mais rápido do mundo ao atingir uma velocidade média de 340,86 km/h durante testes na pista do Kennedy Space Center da NASA, superando seu próprio recorde anterior, de 338,28 km/h.

O GXE é equipado com dois motores elétricos ligados ao eixo traseiro, que produzem 597 kW (811 cv) e 99 kgfm, transmitidos às rodas pelo câmbio manual de sete marchas. É certamente estranho ver um Corvette acelerando tão rápido sem o ruído de seus V8, mas como vimos no vídeo do Taycan, os elétricos também têm seus ruídos característicos e podem transmitir a sensação de velocidade ao seu modo.

O modelo está em desenvolvimento e terá 75 unidades que serão vendidas a 750.000 cada. É um preço surreal para o mercado americano e para um elétrico, mas ao mesmo tempo ele tem potencial para ser um esportivo elétrico com desempenho inigualável, visto que a meta da Genovation é fazer com que o carro chegue aos 100 km/h em menos de 3 segundos e seja capaz de superar os 355 km/h, mantendo a autonomia de 280 km. (Leo Contesini)