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Fittipaldi F5A onboard: pegue uma carona com o melhor carro de F1 brasileiro

Depois de conquistar o bicampeonato mundial de F1 em 1974 e o vice em 1975 pela McLaren, Emerson Fittipaldi tomou uma decisão tão polêmica quanto ousada: ele deixaria a equipe britânica para reforçar a Copersucar Fittipaldi, a primeira, e até hoje única, equipe de F1 brasileira.

Os primeiros anos foram difíceis: em 1976, com o FD04, Emerson só conseguiu terminar oito das 16 provas. Ele chegou a não se classificar para uma delas, o GP da Bélgica em Zolder, e pontuou em apenas três corridas: os GPs dos EUA, de Mônaco e da Inglaterra.

Em 1977, a temporada começou bem, com dois quartos lugares nas duas primeiras corridas (Argentina e Brasil) depois um décimo lugar na África do Sul e um quinto lugar nos EUA. O FD04, contudo, já mostrava sinais de defasagem técnica e foi substituído durante a temporada após o GP de Mônaco.

No GP da Bélgica daquele ano, Emerson estreou o novo carro da equipe, o F5, equipado com um V8 Cosworth DFV e câmbio Hewland FGA400 de seis marchas. Sendo um carro novo, ele ainda não era tão competitivo e comprometeu os resultados do fim do campeonato. Foram três abandonos — Bélgica, Inglaterra e Canadá — e duas provas sem se classificar.

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Contudo, o F5 foi aperfeiçoado para a temporada seguinte, e rebatizado como F5A. A Fittipaldi adotou o efeito solo estreado pelo Lotus 78 no ano anterior e Com ele a equipe Fittipaldi conseguiu seu melhor resultado no mundial de construtores. Em uma época em que apenas os seis primeiros pontuavam, Emerson foi o único piloto da equipe na temporada, e marcou 17 pontos, além de conquistar o segundo lugar no primeiro GP do Brasil em Jacarepaguá.

É exatamente este carro que encontramos em um onboard fodástico pelo circuito de Donington (que sempre remete a outro campeão brasileiro) nas mãos do piloto inglês Sam Hancock.

Hancock participa constantemente dos eventos de clássicos da FIA e também pode ser visto com o mesmo F5A nesta outra corrida, realizada em Mônaco — que aliás, tem um grid que é nostalgia pura para quem viveu a época ou preferia a Fórmula 1 de antigamente.

Os bons resultados do F5A na temporada de 1978 levaram a Fittipaldi Automotive (como era o nome oficial da equipe) ao sétimo lugar no campeonato de construtores, ficando dois pontos à frente da McLaren, e superando também a Williams, Renault e Arrows. O carro ainda foi usado em algumas corridas da temporada de 1979, pois as primeiras variações do F6 não se mostraram competitivas.