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Zero a 300

Funcionário revela “técnicas de arrecadação” com multas, a nova cara do Equinox, os detalhes do Supra 2.0 e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Funcionário de empresa de radares revela supostas técnicas de arrecadação com multas

A Rádio Bandeirantes revelou nesta última segunda-feira (13) um suposto serviço oferecido por uma empresa fornecedora e operadora de radares para aumentar a arrecadação com multas de trânsito. Segundo a reportagem de Agostinho Teixeira, a empresa oferece estudos e métodos para, digamos, otimizar a arrecadação dos radares.

Segundo a conversa do repórter com um funcionário da empresa, não há custo inicial de instalação dos equipamentos, apenas a recontratação dos serviços pela ampliação da fiscalização, em um sistema de se retro-alimenta — o que é permitido pela lei, uma vez que o dinheiro das multas pode ser utilizado para a contratação de mais radares.

As técnicas são bem conhecidas e exploram os limites da resolução 396 do Contran, conforme o FlatOut já mencionou em diversas ocasiões, como instalar a placa de limite de velocidade na distância máxima ou mínima do equipamento de radar, para confundir o motorista, não usar o radar próximo a lombadas — que servem justamente para reduzir a velocidade — e não instalar em ruas com pouco movimento.

Ainda segundo o funcionário da empresa, um radar gera uma arrecadação três vezes maior que seu custo operacional e, se as recomendações da empresa forem seguidas à risca, não há riscos de prejuízo.

Após a divulgação da matéria da Rádio Bandeirantes, a empresa divulgou uma nota oficial assinada apelas pela “diretoria”, sem nomes dos responsáveis. Na nota, eles confirmam o vínculo do funcionário entrevistado com a empresa, reforça que ele não tem autorização para falar em nome da empresa, e que a empresa desconhece tais práticas. A empresa ainda afirma que os radares são instalados segundo critérios técnicos e que sua divisão de radares foi encerrada há mais de cinco anos, embora em seu site ainda conste a oferta do serviço.

O problema desta denúncia é que, aparentemente, não há nenhuma ilegalidade no serviço. O problema é que a legislação pode ser explorada por administradores públicos de má-fé, que transformam a velocidade natural em “excesso” usando como justificativa correlações como se fossem relações de nexo causal, e narrativa falaciosa que sugere que as mortes acontecem devido à ausência de fiscalização.

Com isso, proliferaram-se os “pacotes de trânsito de prefeituras”, como costumo chamar: o trânsito sofre alterações para concentrar automóveis em umas poucas vias — normalmente com sistemas binários — seguido de redução dos limites devido à concentração de automóveis, que são reforçados por radares de velocidade.

No fim das contas as “técnicas” divulgadas pelo funcionário são apenas o uso mal-intencionado das resoluções do Contran, aliadas à psicologia do trânsito, ao comportamento natural das pessoas e à normalidade do trânsito. Conhecendo estes fatores, podemos salvar vidas — ou, como o veneno e o antídoto, podemos usar esta ciência para a finalidade contrária. (Leo Contesini)

 

Facelift do Chevrolet Equinox revelado antes do lançamento

Ele deveria aparecer apenas em alguns meses, mas graças aos escritórios de registros de propriedade industrial conhecemos antecipadamente a nova cara do Chevrolet Equinox. O facelift deu a ele novos faróis bipartidos (DRL e pisca na parte superior, luz baixa e alta na parte inferior), uma grade redesenhada e novos para-choques, que o deixaram com um visual mais contemporâneo, com algo que remete aos Volvo, ainda que de forma simplificada, como é típico nos carros americanos.

As novidades foram reveladas pelo escritório de patentes da China, porém não ficaão restritas àquele mercado e também serão aplicadas ao modelo norte-americano, o que significa que o Equinox vendido no Brasil também irá mudar, já que é importado do México.

As mudanças, contudo, serão limitadas ao visual. Sob o capô ele continuará com o 1.5 turbo de 172 cv e 27,8 kgfm combinado ao câmbio automático de 6 marchas nas versões LT, Midnight e Premier, e com o 2.0 turbo de 262 e 37 kgfm e o câmbio de nove marchas na versão Premier, que também tem tração nas quatro rodas. (Leo Contesini)

 

Toyota revela dados do Supra 2.0

Se os fãs raiz do Supra já torceram o nariz para o fato de ele ser baseado no BMW Z4, imagino que não será a versão 2.0 turbo que irá destorcer — e por isso ninguém deve estar aguardando ansiosamente seu lançamento, afinal, a Toyota já oferece um cupê com tração traseira e motor de quatro cilindros há um bom tempo, certo GT86?

“Ah, mas o GT86 não tem turbo”, alguém poderá dizer. É verdade. Mas ele tem um câmbio manual de seis marchas, algo que o Supra de quatro cilindros não tem. Ao menos não em um primeiro momento, porque a Toyota acabou de divulgar os dados técnicos do Supra 2.0 turbo e eles confirmam a expectativa de que o 2.0 será equipado apenas com o câmbio automático de oito marchas.

Como no BMW Z4, o motor 2.0 usa apenas um turbo de fluxo duplo (o chamado twin-scroll) e produz 258 cv e 40,7 kgfm para levá-lo aos 100 km/h em 5,2 segundos — pouco mais de 1 segundo mais lento que o Supra 3.0. Um apelo racional está em seu peso mais baixo: ele será 100 kg mais leve que o modelo seis-cilindros, e manterá a distribuição 50/50, mas 1.420 kg não é exatamente leve para um cupê de quatro cilindros com tração traseira.

Com isso, seu principal diferencial frente ao GT86 seria unicamente o motor turbo, já que quem procura um Toyota cupê, esportivo, leve e com câmbio automático pode levar o GT86, que tem 200 cv produzidos por seu boxer aspirado feito pela Subaru. Claro, ele não tem o refinamento do acabamento do Supra, mas certamente não custará tanto quanto o Supra.

O modelo começará a ser vendido na Europa em março de 2020 e já tem uma versão especial, a Fuji Speedway, que terá 200 unidades, rodas de 19 polegadas, bancos de Alcantara e detalhes de fibra de carbono. (Leo Contesini)

 

Nova geração do Nissan Versa será lançada em junho no Brasil

A Nissan prepara terreno para o lançamento do novo Versa no mercado brasileiro. O sedã compacto, com design inspirado pelos Nissan Kicks e March vendidos lá fora, tem a missão de encarar, principalmente, o Chevrolet Onix Plus e o Volkswagen Virtus, oferecendo maior porte, sofisticação e tecnologia do que o Versa atual.

O novo Versa foi apresentado nesta semana em Aguascalientes, no México, onde fica o complexo industrial no qual o carro será fabricado. De acordo com os colegas do Motor1, que compareceram ao evento, o modelo já tem data marcada para chegar ao Brasil – junho deste ano, com a produção das unidades destinadas ao nosso País começando em março.

O motor de 1,6 litro usado pelo modelo mexicano será, obviamente, adaptado para rodar com álcool ou gasolina – e, com isto, deverá render um pouco mais que os 120 cv do Versa atual. Este, aliás, continuará à venda no Brasil, com o nome V-Drive e a missão de enfrentar o Chevrolet Joy Plus (antigo Prisma), o VW Voyage e o Ford Ka Sedan. (Dalmo Hernandes)

 

Bentley Mulsanne ganha edição de despedida

O Bentley Mulsanne, modelo topo-de-linha da tradicional fabricante de luxo britânica, está com os dias contados. Ele deixará de ser produzido ainda em 2020, deixando o recém-modernizado Flying Spur na posição de único sedã da marca.

Para marcar o fim do Mulsanne, a Bentley anunciou o lançamento de uma série especial de despedida, a 6.75 Edition by Mulliner, limitada a 30 unidades. Todos os carros serão equipados com o motor V8 biturbo de 6,75 litros usado na versão Speed, com 537 cv e 112,1 kgfm de torque moderados pela caixa automática de oito marchas da ZF.

O Mulsanne 6.75 Edition não é apenas a despedida do modelo, mas também do motor, cuja origem pode ser traçada ao ano de 1959, quando a Bentley e a Rolls-Royce ainda eram uma empresa só. Por isso, o carro recebeu algumas decorações temáticas interessantes, como um desenho em cutaway do motor gravado no relógio e nos mostradores secundários do painel. Além disso, os comandos do tipo organ stop tradicionalmente usados para o sistema de ar-condicionado foram substituídos por peças que imitam a tampa de óleo do motor.

Os detalhes de acabamento externo são escurecidos, em preto cromo – o ornamento do capô, as saídas de escape, a grade e os frisos. Além disso, há emblemas “6.75 Edition” nos encostos de cabeça, no cofre do motor e nas luzes de soleira. Por fim, a plaqueta de cada motor foi assinada pessoalmente pelo CEO da Bentley, Adrian Hallmark.

O interior do carro ainda traz quatro opções de couro (Imperial Blue, Beluga, Fireglow e Newmarket Tan), com elementos em prata. (Dalmo Hernandes)

 

Primeiro Dodge Viper RT/10 produzido vai a leilão

O primeiro Dodge Viper fabricado, de chassi #001, será leiloado amanhã (16) pela agência Bonhams. Detalhe: não se trata apenas do primeiro de todos os Viper, mas também do carro que ficou com Lee Iacocca, que em 1992 aposentou-se do cargo de CEO da Chrysler.

O carro foi seu presente de despedida, e pertenceu a Iacocca até sua morte, em julho de 2019. Ao longo dos anos, o Viper rodou apenas 10.000 km, sem sofrer qualquer modificação e mantido sempre em condição impecável.

O motor é um V10 de oito litros com 406 cv a 4.600 rpm e 64,2 kgfm de torque a 3.600 rpm, moderados por uma caixa manual BorgWarner T56 de seis marchas – suficientes para ir de zero a 100 km/h em 4,6 segundos, com máxima de 266 km/h.

De acordo com a Bonhams, a estimativa é que o Viper de Iacocca seja arrematado por algo entre US$ 100.000 e US$ 125.000 – ou seja, por volta de R$ 416.000-520.000, em conversão direta.

Considerando que um exemplar usado da última geração, produzida entre 2014 e 2017, costuma ser vendido por pelo menos US$ 80.000, este carro pode ser considerado uma pechincha – é um clássico com importância histórica e em excelente estado de conservação, que só tende a valorizar. E logo ele completa 30 anos, ou seja: se um brasileiro maluco porventura decidir arrematá-lo, só vai precisar esperar mais um pouco para importá-lo. Alguém se habilita? (Dalmo Hernandes)

 

Volkswagen Tarok é registrada em versão de produção – e deve ser lançada em 2021

A Volkswagen Tarok, rival da fabricante alemã para a Fiat Toro, foi registrada ontem (14) junto ao INPI, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial em sua versão de produção. O conceito foi apresentado em novembro de 2018 no Salão do Automóvel, e agora podemos ter uma boa ideia de como ela será nas ruas.

Vemos que, em relação ao conceito, apenas as proporções da dianteira parecem um pouco mais conservadoras, mas o design no geral foi mantido quase em sua totalidade. Entretanto, alguns detalhes mais conceitais, por assim dizer, certamente serão eliminados – como a grade com filetes de LED que eram ligados aos faróis, por exemplo.

A Volkswagen afirma que a Tarok tem capacidade de carga de até 1.000 kg, mas não confirma se o modelo de produção terá o sistema de remoção da separação entre a cabine e a caçamba, útil para aumentar o espaço para objetos mais longos. Também não é confirmado o conjunto mecânico, mas as maiores possibilidades caem sobre os motores TSI 1.4 de 150 cv e 25,5 kgfm de torque e 2.0 de 186 cv e 36,6 kgfm de torque, ambos acoplados a uma caixa automática de seis marchas. (Dalmo Hernandes)