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Vídeo: Hennessey Venom GT supera Bugatti Veyron e agora é o carro mais rápido do planeta

Esqueça os dezesseis cilindros, quatro turbos, dez radiadores e duas toneladas do Bugatti Veyron. Um caipira do Texas (de novo eles) acaba de se tornar o carro mais rápido do planeta usando metade disso. Com seu V8 biturbo de sete litros e menos de 1.200 kg, o Hennessey Venom GT chegou aos 435,31 km/h, superando o recorde anterior detido pelo Bugatti Veyron Super Sport, de 434,39 km/h.

O recorde foi conseguido nos 4.600 metros da pista de pouso central do Kennedy Space Center, no último dia 14 de fevereiro. Segundo os dados do equipamento de medição (VBox), o Venom foi de 32 km/h (20 mph) a 193 km/h (120 mph) em apenas 7,71 segundos, chegando a 1,2 g de aceleração longitudinal. Se você achou isso absurdo, segure essa: dos  193 km/h (120 mph) aos 354 km/h (220 mph) foi preciso menos de 10 segundos.

Caso você não esteja lembrado, o Hennessey Venom GT é baseado no Lotus Exige e usa o motor LS7 do Corvette Z06, porém sobrealimentado com dois turbos para produzir 1.240 cv. Coincidentemente, a mesma receita daquele outro texano que derrotou uns europeus há cinquenta anos.

O que você deve lembrar, é a briga pela coroa de mais rápido do mundo que Bugatti e Hennessey travaram no ano passado, quando o Venom GT chegou a 427,6 km/h e “sugeriu” à Guinness que o Veyron Super Sport foi mais rápido com uma série de modificações não oferecidas ao consumidor, como a remoção do limitador e um novo coletor de admissão. Isso levou à suspensão temporária do recorde do Bugatti, mas ele logo foi devolvido pois o pessoal da Guinness decidiu que a remoção do limitador não altera o projeto inicial do carro.

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Apesar de ter superado a velocidade do Veyron, o Venom não pode ser considerado oficialmente o carro mais rápido do mundo. Isso por que a homologação do recorde exige que a velocidade seja atingida nos dois sentidos para evitar recordes auxiliados pelo vento.

Mas enquanto a Bugatti/Volkswagen tem uma reta de 9 km chamada Ehra-Lessien para acelerar o Veyron ao seu bel prazer, a Hennessey precisou de negociar por dois anos com a NASA para tentar levar seu carro ao limite, e por algum motivo não divulgado, o pessoal da Agência não deixou eles fazerem o percurso de volta, que acaba em um gramado e depois em uma enorme vala. Por isso, logo ao chegar às 270 mph (434 km/h) o piloto Brian Smith precisou sentar a bota nos freios e precisou de 1 km para chegar a 110 km/h. Achou a distância longa demais? Faça as contas: 434 km/h são 120 metros por segundo!

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Isso também significa outra coisa: segundo Hennessey, perto dos 430 km/h carro estava ganhando 1,6 km/h por segundo, o que o leva a crer que é possível chegar aos 440 km/h. Só falta encontrar algum lugar para fazer isso — ou convencer a Volkswagen a alugar Ehra-Lessien para ele.

Coincidentemente o recorde da Hennessey foi conseguido na mesma semana em que a Bugatti anunciou promoções de venda para as últimas 40 unidades do Veyron, que não parece mais ser o supercarro desejado pelos milionário como um dia foi. Parece que estamos presenciando o começo do fim de uma era.

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