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Zero a 300

Lamborghini fará novo motor V12 para sucessor do Aventador, Volkswagen desenvolverá biocombustíveis no Brasil, Honda se posiciona sobre exemplares do Civic com airbags defeituosos e mais

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco!

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Lamborghini fará novo motor V12 para sucessor do Aventador

Com o anúncio recente do Lamborghini Aventador Ultimae, série de despedida do supercarro lançado em 2011, muito se especula sobre o fim do motor V12 em si – afinal, estamos em 2021 e a indústria parece empenhada em abandonar a combustão interna nos próximos dez anos. Mas os fãs dos motores italianos não vão precisar se preocupar pois, além de garantir que o Aventador terá um sucessor em breve, a Lamborghini também promete que o novo flagship terá um novo V12.

Em entrevista ao site Autoblog, o CEO da Lamborghini, Stephan Winkelmann, confirmou a notícia. Segundo ele, é uma questão técnica – o Aventador Ultimae tem 780 cv porque esta é a potência máxima que se pode extrair de forma segura do atual V12 de 6,5 litros. Para obter mais que isso, só com um novo motor.

O executivo diz que ainda não pode revelar detalhes sobre o projeto, como deslocamento, por exemplo, mas diz que o novo topo-de-linha da Lamborghini será um veículo 100% inédito. “A tecnologia é diferente, é um motor completamente novo, transmissão totalmente nova, bateria nova, tudo novo. Não haverá nada do Sián ou do Aventador.”

Claro que algumas características serão preservadas, como a construção em fibra de carbono, a tração nas quatro rodas, os sistemas aerodinâmicos ativos e o esterçamento das rodas traseiras – são coisas que deram certo no Aventador e não há soluções melhores. E o motor continuará aspirado, pois Winkelmann acredita que qualquer sistema de sobrealimentação representa um acréscimo de peso desnecessário.

É bom ler isso. O que pode não agradar a todo mundo é que o novo V12 Lamborghini será mesmo híbrido – só assim a fabricante conseguirá adequar-se às novas leis de emissões. Também é um acréscimo de peso, mas necessário.

Agora, é questão de tempo até conhecermos o carro – a Lamborghini não confirma, mas deixa em aberto a possibilidade de que ele seja revelado já em 2022. Isto porque, apesar do Ultimae Edition ter produção limitada a 600 unidades (sendo 350 cupês e 250 conversíveis), nem todos foram reservados. Quando a produção acabar, aí sim o caminho estará aberto para seu sucessor.

 

Volkswagen inaugura centro de pesquisa para biocombustíveis no Brasil

Enquanto mercados como Estados Unidos, Europa e China estabelecem metas agressivas para a eletrificação completa dos carros novos, nos países emergentes – como o Brasil – será preciso ir com mais cautela. A falta de infraestrutura adequada e ausência de soluções viáveis para gerar energia limpa certamente fará com que os motores a combustão tenham uma sobrevida bem mais longa por aqui.

Sabendo disso, a Volkswagen do Brasil anunciou que transformará o Brasil em um centro de pesquisa e desenvolvimento de etanol e biocombustíveis – para abastecer não só o mercado brasileiro, mas toda a região da América Latina.

Segundo a VW, os biocombustíveis têm plena condição de satisfazer até 72% da demanda brasileira por combustíveis sem comprometer o uso de terras usadas no cultivo de alimentos. Em relação o meio ambiente, a fabricante observa que o cultivo de cana-de-açúcar corresponde a 1,2% do território nacional, sendo que 0,8% são usados para a produção de etanol. Destes, 92% encontram-se no Centro-Sul, e apenas 8% no Nordeste – ou seja, o cultivo da cana no Brasil ocorre a quase 2.000 km da Amazônia, e não representa risco para a floresta.

A Volkswagen planeja utilizar o desenvolvimento de biocombustíveis no Brasil como complemento a sua meta de tornar-se uma fabricante neutra em emissões até 2050.

 

Honda recompra exemplares do Civic afetados por primeiro recall dos airbags para destruí-los, diz site

A Honda está recomprando exemplares do Honda Civic fabricados entre 1998 e 2000 que foram afetados pelo mega recall dos airbags Takata, realizado em fevereiro de 2020, dizem os colegas do Autos Segredos. Os exemplares afetados são dos anos-modelo 1998/1999, 1999/1999, e 1999/2000.

Segundo a publicação, a Honda já teria comprado cerca de 300 exemplares, pagando o valor da tabela Fipe (entre R$ 14.670 e R$ 16.990) aos proprietários.

As unidades em questão foram convocadas para a desabilitação do sistema de airbags, realizada através do corte dos fios do sistema. A decisão pela recompra, de acordo com o Autos Segredos, foi feita porque os fios cortados não impedem o reparo, porém o procedimento não é economicamente viável. Por conta disso, quando o segundo recall foi feito em julho de 2020 – para que os carros recebessem um novo sistema de airbags – os veículos que tiveram os fios cortados não foram convocados. Agora, sem airbags, eles são considerados inseguros. O valor de tabela é pago independentemente do estado de conservação do véiculo, e os carros são encaminhados para uma das fábricas da Honda (Sumaré ou Itirapina, ambas em São Paulo) para serem destruídos.

O posicionamento oficial da Honda, feito em resposta ao site, diz que a fabricante pode realizar a recompra em casos específicos, e não confirma a recompra de 300 unidades, nem a destruição das mesmas. A Honda também diz que o procedimento de substituição do airbag pode ser realizado até mesmo depois do corte da fiação, “uma vez que o componente é substituído por completo”. Além disso, a fabricante também ressalta que monitora criteriosamente as unidades já vendidas para garantir que cada veículo atenda todos os padrões de qualidade e segurança.

 

Jeep Renegade reestilizado é flagrado sob camuflagem

O Jeep Renegade deve receber nos próximos meses sua segunda reestilização no Brasil – a primeira aconteceu em 2018. E o primeiro flagra de um exemplar reestilizado, ainda sob camuflagem, foi publicado nesta semana.

O youtuber André Gessner publicou as fotos no Instagram. Feitas por um de seus seguidores, as imagens mostram o Renegade em um caminhão-cegonha, disfarçado para esconder, principalmente, para-choques e grade – onde, presume-se, se concentrarão as mudanças. Os faróis também parecem ter os elementos internos redesenhados.

O habitáculo também foi fotografado e revela o mesmo volante do Jeep Compass, assim como bancos ligeiramente redesenhados e com apoios laterais maiores.

A maior mudança, porém, não aparece nas fotos – mas é bem provável que o facelift, previsto para o ano que vem na linha 2023, traga também o motor 1.3 turbo T270, de até 185 cv e 27,5, recém-adotado pelo Jeep Compass e pela picape Fiat Toro. A princípio, falava-se na possibilidade de a Jeep manter o motor 1.8 aspirado em linha nas versões mais baratas, mas os rumores mais recentes mencionam o 1.0 turbo GSE como alternativa.

De qualquer forma, o facelift e a adoção do motor 1.3 turbo só acontecerão mesmo no ano que vem – a Stellantis já descartou a possibilidade de fazer qualquer alteração mecânica no Renegade em 2021.

 

Novo Opel Astra, com base Peugeot, é revelado

A Opel apresentou, enfim, a nova geração do Astra – o Astra L, primeiro a ser totalmente desenvolvido sobre a plataforma EMP2 da Peugeot, usada também pelo novo 308. Sua chegada ao Brasil é bem improvável, claro, mas é interessante ver a evolução do carro em relação ao seus anos de General Motors.

O parentesco com o novo 308 só é visível ao observar os contornos das portas e janelas – que, ainda assim, são mais retilíneos no Astra L. O restante do carro é bem diferente: há alguma influência do Opel Manta na dianteira, com faróis em formato de “L” ao lado da grade em preto brilhante. As entradas de ar para o radiador ficam ocultas na própria grade e explícitas no para-choque dianteiro. O formato da carroceria é de um hatchback tradicional, sem o caimento suave no teto a que nos acostumamos quando o Astra era vendido aqui. Os tempos são mesmo outros.

O interior em nada lembra o 308 – em vez da arquitetura “i-Cockpit”, com o quadro de instrumentos elevado, o novo Astra segue a tendência de juntar o quadro de instrumentos digital e a tela do sistema de infotainment na mesma unidade, também com acabamento em preto brilhante e profusão de linhas retas. O estilo bastante conceitual consegue ser minimalista, futurista e ousado ao mesmo tempo.

O novo Opel Astra seguirá com motores a combustão, a gasolina e a diesel, com potência entre 110 cv e 225 cv, dependendo da versão. E o câmbio manual de seis marchas continuará disponível, bem como uma caixa automática de oito marchas.

O novo Opel Astra começará a ser vendido Europa nos primeiros meses de 2022.