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Zero a 300

Montana sai de linha e Chevrolet confirma picape anti-Toro, o SUV de Gordon Murray, novo Audi A3 no Brasil e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco!

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Montana sai de linha no Brasil – e Chevrolet confirma sua sucessora

Após as informações divulgadas pela imprensa, foi confirmado o fim da linha para a Chevrolet Montana no Brasil. Quem confirma é o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, cidade onde a picape era fabricada até o final de abril. Isso quer dizer que as unidades disponíveis nas concessionárias Chevrolet agora são as últimas do estoque – depois disso, encerra-se uma história de 11 anos para a picape compacta.

Com a nota do Sindicato, a Chevrolet decidiu confirmar que já trabalha no desenvolvimento da sucessora da Montana. Que, conforme já se suspeitava, será mesmo um modelo maior e mais sofisticado, sob medida para encarar a bem sucedida Fiat Toro.

A base será a plataforma GEM, na versão usada pelo Chevrolet Tracker – e provavelmente será alongada para aumentar o espaço interno e acomodar a caçamba. Seu nome ainda não foi definido e seu visual é um mistério, mas fontes ligadas à fabricante informaram aos colegas do Autos Segredos que a picape terá visual inspirado na TrailBlazer americana. Que, por sua vez, bebe na fonte do Camaro para um estilo bastante arrojado que cairia bem a uma picape. Naturalmente, espera-se que ela aproveite os motoresde três cilindros da família – o 1.0 turbo de 116 cv usado no Onix ou o 1.2 turbo de 132 cv.

Projeção: Kleber Silva Design

Ainda não se fala em expandir a linha com versões mais potentes, que em tese teriam mais chances contra a Toro depois que picape da Fiat recebeu o motor 1.3 T270 – que, com 185 cv, vem arrancando elogios por seu desempenho e bom consumo. O 1.5 turbo do Equinox, com 172 cv, cairia como uma luva (desconsiderando a viabilidade técnica e financeira da operação, ao menos por ora) e ajudaria a aumentar o público-alvo.

O modelo será beneficiado por um investimento de R$ 10 bilhões anunciado recentemente pela Chevrolet, e sua produção será no Brasil – em São Caetano do Sul, presume-se – para abastecer tanto o mercado nacional quanto pontos estratégicos do Mercosul, como Argentina e Uruguai. Mais informações devem surgir nos próximos meses e nós ficaremos atentos. (Dalmo Hernandes)

 

Nova geração do Audi A3 é lançada no Brasil

Foi anunciada ontem (10) a chegada do novo Audi A3 ao Brasil, tanto o Sportback quanto o Sedan – que agora serão importados. Ambos já podem ser encomendados nas concessionárias da marca, com entrega prevista para setembro. No costumeiro regime de pré-venda, o preço promocional é de R$ 264.990 por vendas diretas. O preço cheio será de R$ 284.990.

Parece caro para um modelo de entrada? Com certeza. Especialmente quando a gente lembra que a versão mais barata do A3 sedã 2020 foi lançada por R$ 130.990 há apenas dois anos. Mas vale lembrar que o novo A3 será importado e chega em um momento de escalada contínua dos preços em decorrência da crise e dos efeitos da pandemia. A produção nacional poderia aliviar um pouco a conta, mas a fábrica onde o A3 era produzido, em São José dos Pinhais (PR) está parada enquanto a fabricante espera os créditos do Inovar-Auto devidos pelo governo.

De qualquer forma, a estratégia da Audi é simplificar sua gama de entrada e, por isso, o novo A3 chega em versão única – a Performance Black, com motor 2.0 turbo de 190 cv ew 32,6 kgfm e câmbio de dupla embreagem e sete marchas.

Os principais equipamentos de série do Audi A3 Performance Black são painel digital Virtual Cockpit de 12,3 polegadas, entrada sem chave, teto solar elétrico panorâmico, faróis full LED, seis airbags, assistente de estacionamento, direção com assistência progressiva, carregador de celular por indução e ar-condicionado dual zone.

Entre os opcionais, há sistema de som Bang & Olufsen, faróis de LED Matrix, luz ambiente customizável, retrovisores externos com acabamento de fibra de carbono, spoiler traseiro de fibra de carbono para o sedã e o pacote interno S line (pedaleiras de alumínio, revestimento adicional de couro e emblemas nos bancos e volante). (Dalmo Hernandes)

 

Gordon Murray se rendeu aos SUV?

Depois de ensinar ao planeta como se faz um Fórmula 1, um supercarro e um hipercarro, Gordon Murray parece disposto a revolucionar a forma de se construir um SUV. Sim, Gordon Murray e SUV como sujeito e predicado de uma frase que não se refere a uma crítica.

A intenção de Murray é produzir um SUV compacto, com menos de quatro metros de comprimento e menos de 1,70 metros de largura com o processo de construção iStream, que ele próprio patenteou no início da década passada. O projeto é fruto de sua nova divisão, a Gordon Murray Electronic, que pretende oferecer tecnologias sob licença para novos fabricantes que desejam explorar o segmento dos carros elétricos, além de fornecer veículos para empresas de transporte que pretendem/precisam operar com veículos elétricos.

Por este motivo, seu SUV “urbano” terá uma derivação comercial, com maior capacidade de carga, com quem irá compartilhar a arquitetura elétrica para redução de custos. Segundo os britânicos da Auto Express,  Murray já desenvolveu alguns protótipos desde o início deste ano e deverá iniciar o desenvolvimento nos próximos meses, mas os primeiros frutos deste projeto só irão brotar a partir de 2023.

Apesar de parecer herético um SUV de Gordon Murray, na prática o projetista está apenas expandindo a capacidade de produção do seu processo iStream, pelo qual já são fabricados o TVR Griffith e o GMA T.50. Se escala é o que ele precisa nesta década de 2020, um SUV é apenas uma escolha racional. Além disso, não é exatamente um problema ser um SUV, contanto que ele tenha as qualidades que se espera de um projeto de Gordon Murray. (Leo Contesini)

 

Jaguar Land Rover terá centro de restauração de clássicos no Brasil

Se você tem um Land Rover clássico e sonhava com uma restauração “padrão de fábrica” como se faz no Reino Unido, boa notícia: a Jaguar Land Rover anunciou que terá um centro de restauração brasileiro, alojado na fábrica da marca em Itatiaia (RJ) – a Clínica de Restauração Jaguar Land Rover.

O espaço de 900 m² tem espaço para restaurar até 12 veículos simultaneamente, mais seis baias individuais para serviços de manutenção, área de desmontagem, oficina de motores e área para funilaria e pintura. Todos os processos, materiais, ferramentas e técnicas são homologados pela Jaguar Land Rover – ou seja, seguem os padrões estabelecidos pela matriz britânica.

A Land Rover até já restaurou o veículo de um cliente para usar como demonstração – um Defender 110 1996 que foi renovado por completo: carroceria, pintura, interior e mecânica. A fabricante diz que, antes de tudo, procurou saber os detalhes do carro com o cliente, seu histórico, e suas preferências quando a preservação de peças originais. O processo será o mesmo para todas as restaurações.

A Land Rover já abriu um espaço em seu site para que os interessados consigam informações. Também é possível entrar em contato pelo telefone (21) 97251-2963 ou por e-mail no endereço [email protected]. Além de contratar os serviços de restauração, é possível agendar uma visita guiada e conhecer as instalações.

Esperamos que faça sucesso. Quem sabe se outras fabricantes não vão se animar? (Dalmo Hernandes)

 

Versão elétrica da F-150 será mesmo chamada Lightning

O SUV de Gordon Murray não foi herético o bastante para você? Então veja essa essa: a Ford confirmou que a próxima F-150 Lightning será a versão elétrica da picape. Caso você não lembre, a F-150 Lightning foi a versão esportiva da picape americana, lançada no início dos anos 1990 com um V8 de 5,8 litros e sucedida por uma geração com um 5.4 supercharged que chegou aos 570 cv.

O nome, deixando o puritanismo entusiasta de lado, foi uma escolha até interessante, afinal Lightning é “relâmpago” em inglês e os relâmpagos, como sabemos, são fenômenos naturais elétricos associados aos raios, que são as maiores descargas elétricas naturais etc. Então, diria que foi uma aplicação bem pensada da Ford — diferentemente do Mach-E, certo?

O carro ainda não foi apresentado — a Ford lançou o teaser que antecipa os vazamentos que antecipam o lançamento, que irá acontecer daqui a uma semana, no próximo dia 18.

 

Harley-Davidson LiveWire vira submarca de motos elétricas

A Harley-Davidson parece mesmo determinada a mudar sua imagem, entre acertos e erros. Entre os acertos está a belíssima bigtrail Pan America, estreia da H-D em um segmento inédito que, a nosso ver, tem tudo para ser um sucesso de vendas. Entre os erros, ao menos a princípio, está a elétrica LiveWire, apresentada em 2019.

A moto esportiva de emissão zero teve um período de lançamento conturbado. A moto elétrica foi lançada com o intuito de atrair novos compradores, pessoas mais jovens. Mas preço alto, baixa autonomia e problemas técnicos (com cerca de 1% das unidades desligando subitamente) fizeram com que as vendas não fossem tão boas quanto a fabricante de Milwaukee esperava. O flop foi tão grande que fez o CEO da Harley-Davidson, Matthew Levatich – um dos maiores apoiadores da LiveWire – se demitir no início de 2020 após 26 anos na empresa.

Só que a Harley-Davidson não vai desistir da LiveWire. Ao contrário: vai transformá-la em uma submarca só para elétricos. A LiveWire já tem emblema e site próprios, e deve operar de forma independente – utilizando apenas os recursos técnicos e financeiros da Harley-Davidson. A fabricante diz que os novos modelos elétricos, a princípio, serão voltados a uso urbano (o que faz sentido, considerando as questões de autonomia).

Se a princípio a estratégia parece agressiva demais – até porque estamos falando de um produto que não fez sucesso, por outro lado faz sentido separar as motos elétricas, que apontam para o futuro, das opções clássicas da H-D. Resta saber se dará resultado. (Dalmo Hernandes)

 

Subaru Solterra: SUV elétrico desenvolvido em parceria com a Toyota ganha teaser

Começou com um esportivo desenvolvido conjuntamente por Subaru e Toyota – nosso adorado Subaru BRZ/Toyota GT86, que acaba de chegar a sua segunda geração com a mesma pegada clássica e ainda mais potente.

Mas, como você bem deve saber, esportivos não dão lucro. É por isso que, para sustentar a parceria, Toyota e Subaru também fizeram um SUV elétrico. E a versão da Subaru, chamada Solterra, acaba de ganhar seu primeiro teaser. O nome do carro, como você deve ter sacado, junta “Sol” e “Terra”, e a Subaru diz que a ideia é “apreciar a mãe natureza e melhorar ainda mais a coexistência com ela”.

Divagações filosóficas à parte, o Solterra é um SUV médio que, ao que tudo indica, é irmão do Toyota BZ4X, modelo elétrico apresentado no Salão de Xangai 2021. Aparentemente os dois dividem o monobloco e peças como portas e vidros – talvez até o interior seja compartilhado, exatamente como no Toyobaru.

Caso isso se confirme, também podemos presumir que o powertrain será igual – ou seja, dois motores elétricos, um para cada eixo, potência de cerca de 400 cv. A Toyota também terá uma versão com apenas um motor de 110 cv ou 200 cv, mas pode ser que a Subaru fique apenas com a variante mais potente.