FlatOut!
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Os componentes automotivos mais bonitos que existem

Para quem é entusiasta, um belo carro é capaz de entortar pescoços tanto quanto uma bela mulher. E, assim como há certas partes do corpo feminino que nos atraem mais que outras, há certos componentes de um automóvel que têm sua beleza por si só. E foi por isso que perguntamos aos leitores qual é a peça automotiva mais bonita que existe. Agora, temos a lista com as respostas!

 

Os rotores de um motor Wankel

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Virtualmente todo motor de combustão interna usa pistões reciprocantes — menos um: o rotativo Wankel, que leva o sobrenome de seu inventor, Felix Wankel. Em vez de explosões que empurram os pistões, que têm seus movimentos verticais transformados em movimentos circulares graças às bielas, o motor Wankel usa rotores triangulares com as laterais convexas que giram em uma câmera epitrocóide — quase um oval, porém com paredes ligeiramente côncavas.

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Além de proporcionarem um conjunto mais leve, com menos peças móveis e ocasionarem menos perdas energéticas — pois o movimento é circular desde o início —, o ronco de um Wankel é muito alto e intenso. E seus rotores são uma das peças mais bonitas que existem com suas formas perfeitamente simétricas, além de se movimentarem de forma inacreditavelmente suave — e hipnótica.

 

Os cabeçotes de um Ford V8 Flathead

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O Ford V8 Flathead, que estreou no Modelo 18 em 1932, tem esse nome por causa do formato das tampas dos cabeçotes — elas são largas e chatas, podendo ser estriadas para dissipar melhor o calor.

Os cabos das velas, os parafusos e, por vezes, as inscrições do fabricante (como no caso do Edelbrock acima) dão a eles uma aparência clássica e robusta, porém ao mesmo tempo com aquela aura artística old school típica dos anos 30, 40 e 50. Além disso, é praticamente impossível ver um destes sem imaginar, na mesma hora, um hot rod com motor V8 embaralhando na marcha lenta, não é?

 

Os coletores de escape da Ferrari 312

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A Ferrari 312 competiu na Fórmula 1 entre 1966 e 1969, conduzida por nomes de peso como Jack Ickx e John Surtees. Seu saldo em quatro anos de F1 foram 38 corridas, com três vitórias e sete pole positions — um bom resultado, mas não inesquecível.

Contudo, outra coisa torna a Ferrari 312 um clássico absoluto: os coletores de escape saindo do motor V12 de três litros, pintados de branco e arranjados de forma quase pornográfica (tentamos, mas não conseguimos encontrar outra palavra). Quem diria que canos de descarga podiam ser tão lindos?

 

Os canecos de um carburador Weber 48 IDA

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Se “Weber” e “carburador” são praticamente sinônimos, o mais emblemático dos carburadores Weber é certamente o 48 IDA, muito utilizado em projetos de preparação à moda antiga. Mas além de robustos, confiáveis e bastante comuns, suspeitamos que haja outra razão para que eles sejam tão populares: o visual único conferido por seus “canecos”, que contribuem muito para o visual do motor. Sistemas de injeção eletrônica podem ser mais eficientes, mas dificilmente superam o Weber 48 IDA em estética. E é disso que esta lista trata, não é?

 

O coletor de admissão de um V6 Alfa Romeo

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Além do cuore sportivo na grade, o coração de todo Alfa Romeo é seu motor. E um dos favoritos dos alfisti é o V6 de três litros que, entre outros, pode ser encontrado debaixo do capô do Alfa Romeo 164 que veio ao Brasil — especialmente na versão de 24 válvulas. Além do ronco inigualável, o V6 Alfa Romeo é um dos motores mais bonitos que existem, e grande parte disto se deve a seu coletor de admissão polido, brilhante como um espelho.

 

O sistema de injeção da Fluid Motor Union

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Há pouco (pouco mesmo) falamos que um sistema de injeção dificilmente se equipara ao carburador em termos de visual. Well, é difícil, mas não impossível: a foto acima mostra um sistema de injeção da Fuel Motor Union, instalado no motor V8 de quatro litros de um BMW M3 E92.

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Os oito injetores parecem flutuar sobre as cornetas, e a gente custa a acreditar que seja um componente mecânico e não algum tipo de escultura em metal… até ver o sistema funcionando:

Não nos pergunte se preferimos o visual dos carburadores Weber ou da injeção direta FMU. Nos diga você qual é seu favorito!

 

O bloco de um motor V8

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Nossa sugestão, como você deve ter visto, foi o bloco dos motores boxer, especialmente os Subaru, mas talvez nenhum bloco seja tão característico e imediatamente reconhecível quanto o bloco de um V8. Como já dissemos, o bloco é o coração e a alma de um motor, e é ele quem define características essenciais daquela usina de força.

Ver os oito cilindros alinhados, com todas as reentrâncias e encaixes para os periféricos, só nos faz imaginar como será aquele motor montado, funcionando e rosnando furiosamente — seja ele um antigo Flathead, um enorme Chevrolet LSX de 454 pol³ (7,4 litros!) ou o bloco compacto e leve de um V8 italiano de antigamente.

 

O volante Nardi ND

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Clássico. Não há outra palavra para definir o volante de três raios metálicos da Nardi. Seja de madeira ou com o aro revestido de couro (ou Alcantara), há algo em um volante Nardi que simplesmente agrada aos olhos e o faz ficar à vontade no painel de qualquer carro, seja ele antigo ou novo, de rua ou preparado para as pistas. Um equilíbrio de proporções, formas e cores neutras e um design atemporal, talvez.

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De qualquer forma, o volante fica na sua fuça o tempo todo enquanto você dirige — sendo assim, é natural querer um volante bonito. E poucos são tão bonitos e esteticamente versáteis quanto um Nardi ND.

 

A tampa do bocal de combustível dos Dodge

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Quando você vai abastercer um Dodge, é bem provável que encontre uma destas no caminho entre a pistola da bomba e o bocal: a tampa com a seção central preta e a inscrição “FUEL”. Sim, é óbvio que ali vai o combustível, mas você não vai dizer que é óbvio a um Dodge, vai? Aquele carro está EXIGINDO combustível, e você vai dar a ele o que ele quer, mesmo que seja óbvio. É preciso respeitar um Mopar.

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Além de ser uma peça realmente muito bonita, claro. Gosto é gosto, mas verdade seja dita: um Dodge fica estranho sem ela.

[ Fotos: Roger Inman, Mario_0609, Juliano Barata ]