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Os protótipos da Ferrari que não chegaram à linha de produção

Se o desejo de todo carro é ser uma Ferrari, talvez a coisa mais frustrante para um automóvel seja quase ter chegado lá. Este é o caso de diversos protótipos, com intenção de produção ou não, mas que acabaram se tornando apenas exercícios de estilo ou testes de aerodinâmica ou motorização. Conheça os mais interessantes entre todos os que a Ferrari já criou (e são pelo menos mais uns 50…).

 

Ferrari 512 S Modulo (1970)

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Criada por Paolo Martin, da Pininfarina, a 512 S Modulo foi revelada no Salão de Genebra de 1970. Construída sobre o chassi 0864 de uma 612 Can Am, ela tinha uma carroceria extremamente baixa e um teto deslizante, que dava acesso ao interior, como o canopy de um avião-caça. Com todas as rodas parcialmente encobertas, ele tinha 24 buracos, 12 de cada lado, na cobertura do motor central traseiro, um V12 5.0 de 558 cv que faz ele passar de 350 km/h e de ir de 0 a 96 km/h em 3,1 segundo. O carro pesa apenas 900 kg e hoje faz parte da coleção de James Glickenhaus, que é o criador de coisas como a P4/5  e o SCG003.

 

Ferrari 3Z Spyder (1971)

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Pode não parecer, mas este carro é, na verdade, um 250 GT Spyder California SWB 1961, de chassi 2491GT. Vendido em 1969 para Luigi Chinetti, que encomendou um modelo especial à Zagato. O plano de Chinetti era exibir seu carro exclusivo no Salão de Turim de 1970, mas atrasos na execução empurraram a estreia para a edição de 1971 do mesmo evento. Equipado com um motor V12 3.0, ele tinha 280 cv à disposição.

 

Ferrari Studio Cr25 (1974)

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Desenhado por Aldo Brovarone, da Pininfarina, o Studio Cr25 estreou no Salão de Turim de 1974. Equipado com um V12 4.9, seu foco era na aerodinâmica. Com o Studio Cr25, a Pininfarina conseguiu chegar a incríveis 0,256 de coeficiente aerodinâmico.

 

Ferrari 308 GT Rainbow (1976)

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Baseado no 308 GT4, com um motor V8 3.0 de 258 cv, o Rainbow é, como quase todo Bertone, um modelo bem quadradão. É considerado o primeiro modelo com motor central com teto retrátil da Ferrari. Pelo que consta, ele ainda faz parte do acervo da Bertone.

 

Ferrari Pinin (1980)

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Esta é a primeira Ferrari de quatro portas da história. Foi criado pelo estúdio Pininfarina, mais especificamente por Leonardo Fioravanti, e era um modelo apenas estático, mas acabou recebendo um motor 4.8 flat-12 e rodando pela primeira vez em março de 2010. O modelo quase foi colocado em produção por Enzo Ferrari, que acabou desistindo da ideia. Olhando bem para o carro, só podemos sentir um certo alívio na decisão, ainda que ele tenha muitos fãs. O Pinin é considerado um dos dez melhores desenhos já criados pela Pininfarina, mas nós já vimos coisa bem melhor sair de lá. E está à venda por módicos US$ 795 mil, como nos avisou o leitor Chevy Monsenhor. Para quem quiser levá-lo para casa, a oportunidade não bate à porta duas vezes!

 

Ferrari Mondial PPG Pace Car (1987)

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Desenhado pelo instituto I.DE.A e fabricado pela Ferrari exclusivamente para a PPG, este conceito serviu como Pace Car, como seu nome diz, e foi produzido sobre a base da Mondial T, a um custo de mais de US$ 1 milhão. Em 2004, foi vendido pela Christie’s por 70.500 euros. O motor era um V8 de 3,5 litros e 215 cv.

 

Ferrari 408 4RM (1987)

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A primeira Ferrari com tração nas quatro rodas (esqueça a FF) teve duas unidades produzidas. Uma vermelha, com chassi 70183, e uma amarela, de chassi 78610, que ainda está na Galleria Ferrari, em Maranello. Seu motor V8 4.0 rendia 300 cv e ela tinha 1.343 kg. Obra de Mauro Forghieri, ela serviu para testar novos métodos produtivos. A vermelha tinha carroceria de aço inox soldado, enquanto a amarela era feita de alumínio colado com adesivo aeronáutico. Ela tem ou não tem um quê de NSX? Como chegou antes, é o NSX que tem um quê de 408 4RM…

 

Colani Ferrari Lotec Testa d’Oro (1989)

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Concebida para quebrar recordes de velocidade, a Testa d’Oro tinha motor flat 12 5.0 preparado pela Lotec com dois turbocompressores, o que o levou a 760 cv a 6.400 rpm. Sua plataforma era a mesma da Ferrari Testarossa. O recorde de velocidade foi batido em sua categoria em 1991. Na ocasião, ela atingiu 351 km/h, mesmo equipada com catalisadores.

 

Ferrari Mythos (1989)

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Outra derivada da Testarossa, a Mythos foi desenhada pela Pininfarina. Suas belas linhas e o motor 4.9 flat-12 de 396 cv fizeram o Sultão de Brunei encomendar duas unidades para sua coleção espetacular. A velocidade máxima é de 290 km/h.

 

Ferrari FZ93 Concept (1993)

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FZ vem de Formula Zagato, casa de estilo encarregada de fazer mais essa cria da Testarossa. O designer do carro, Ercole Spada, recebeu em 1994 uma homenagem, já que o modelo foi retrabalhado e rebatizado: passou a se chamar ES1.

 

Ferrari GG50 Concept (2005)

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Criada em homenagem aos 50 anos de carreira de Giorgetto Giugiaro, ela foi apresentado no Salão de Tóquio de 2005 e usada a plataforma da 612 Scaglietti. Seu V12 5.7 rendia 540 cv e a única unidade do conceito foi dado ao designer. Aparentemente, ela foi legalizada para uso nas ruas e foi até flagrada rodando em Mônaco.

 

Ferrari Sergio (2013)

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Este conceito até exibe o emblema da Ferrari, por ser baseado no 458 Spider, mas era chamado mesmo de Pininfarina Sergio, em homenagem a Sergio Pininfarina, que faleceu em 2012 aos 85 anos. Apresentado no Salão de Genebra de 2013, ele foi concebido para ter tido uma produção em série limitada, com seu motor 4.5 V8 de 570 cv. E foi efetivamente produzido, em apenas 6 unidades, personalizadas, que começaram a ser entregues em 2015. Isso o torna, tecnicamente, o conceito nunca produzido pela Ferrari mais bem-sucedido da história. Ainda que muito poucos dele estejam destinados a ver as ruas.