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Zero a 300

Polo TSI com motor de Up | os detalhes do Shelby GT500 de aluguel | um mini-Porsche 911 no museu e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Volkswagen prepara Polo com motor do up! TSI

Agora que a Volkswagen terminou seu posicionamento entre os SUV (lembre-se que até 2019 ela só tinha a Tiguan a venda), está na hora de arrumar os segmentos inferiores, que estão desfalcados com o fim do Up e do Fox e a simplificação do Gol e Voyage.

Uma novidade já confirmada pela marca é o Polo Track, que irá substituir o CrossFox com uma abordagem soft-roader ainda mais soft, semelhante à do CrossPolo vendido na Europa há alguns anos ou mesmo do antigo Gol Track, com suspensão mais elevada, protetores plásticos nos arcos dos para-lamas e outros elementos estéticos dos aventureiros urbanos. O motor será o 1.0 de três cilindros usado na versão de entrada do Polo e no Gol.

A outra, apurada pelo colega Jorge Moraes do UOL, é que o Polo pode ganhar uma versão simplificada entre a atual Comfortline e a futura Track. Será o Polo TSI 170, com o motor 1.0 turbo de 105 cv que era usado pelo Up desde 2015. Essa versão, embora menos potente, terá a opção de câmbio manual de cinco marchas ou automático de seis marchas. A ideia aqui é oferecer um Polo TSI por menos de R$ 100.000, então também é pouco provável que ele tenha todos os mimos que se deseja em um Polo TSI. (Leo Contesini)

 

Projeto de lei quer tornar obrigatório monitor de pontos cegos

Como se não bastassem os aumentos recorrentes nos preços dos carros causados pela quebra da cadeia de suprimentos, limitação da capacidade de produção e queda na demanda pelos carros, um bem-intencionado projeto de lei no Senado Federal pode colocar dar uma forcinha para impedir que os preços dos carros parem de subir.

Nesta semana começou a tramitar no Senado um projeto que visa tornar obrigatório o sistema de monitoramento de pontos cegos em todos os carros vendidos no Brasil. A justificação do projeto, claro, menciona a segurança adicional trazida por tal sistema, o que é legítimo e verdadeiro. Segundo dados do IIHS, o instituto de segurança formado pelas seguradoras dos EUA, a adoção deste sistema reduz os acidentes de mudança de faixa em 14%. Isso nos EUA, onde as motos são menos populares que no Brasil e o “corredor” não é amplamente liberado como aqui.

A justificação ainda menciona que o custo de aquisição do sistema, em alguns veículos, é inferior a R$ 400 e, portanto, segundo a senadora que propôs a lei, Eliziane Gama, “a inclusão do equipamento como item obrigatório não afetará significativamente os preços dos automóveis”.

Como disse antes, é um projeto bem-intencionado, porém um tanto equivocado na parte que considera o custo, pois ainda que o opcional atualmente custe “apenas” R$ 400, o custo do desenvolvimento do software está embutido no custo total do projeto do carro, que é a base da formação de preço de venda do carro.

Um exemplo prático destes custos invisíveis ao consumidor (e aos legisladores…) são os controles de tração e estabilidade. Eles usam o mesmo hardware do ABS, e isso poderia ser interpretado como custo zero de implementação. Porém o desenvolvimento de um sistema de emergência é obsessivamente detalhado, pois envolve situações de risco que podem resultar em mortes e na responsabilização do fabricante, se for constatada falha de software. Então a implementação desse tipo de sistema, não é tão simples e barata como sugere o projeto de lei.

Além disso, ele é mais um componente que você está sendo obrigado a comprar. Ainda que você seja um motorista prudente e realize as mudanças de faixa corretamente, será obrigado a pagar por ele no seu próximo carro novo. E aqui vale lembrar que o sistema de monitoramento de ponto cego de R$ 400 é um sistema passivo, ou seja ele depende da ação do motorista. Se o motorista não perceber o alerta, o sistema não será eficaz. E para torná-lo ativo ou mais perceptível para o motorista, seu custo irá aumentar. E você já sabe quem vai pagar essa conta…

Qual será o futuro da indústria automobilística brasileira?

Novamente, reforço que este é um projeto bem-intencionado, porém mal-assessorado. Além disso, como já explicamos anteriormente em duas matérias (links acima e abaixo), a indústria automobilística do Brasil passa por uma situação delicada iniciada em 2014 e se estende até hoje, com custo de produção elevado, baixa demanda dos consumidores e concorrência de países como China, México, Tailândia, Índia, África do Sul e até da Argentina, países onde desenvolver e fabricar carros se mostrou mais vantajoso para as fabricantes. Criar mais uma obrigatoriedade que trará custos adicionais (com impostos em cascata, especialmente) é uma intenção nobre, mas não ajuda a melhorar esta situação.

O que está acontecendo com a indústria automobilística nacional?

Além disso, o ar-condicionado dos carros está aí para provar que um equipamento pode ser “obrigatório” sem a força da lei, dependendo apenas da demanda e da redução de custos de implementação. E se um projeto de lei tem força para obrigar um sistema de monitoramento, ele também tem força para reduzir os custos de implementação por meio de isenções e revisões tributárias. E o IPI reduzido da década passada mostrou isso na prática. (Leo Contesini)

 

Novo Shelby GT500H é um carro alugado de 900 cv

Por essa a gente não esperava. Ainda ontem a notícia do novo acordo Ford-Shelby-Hertz nos fez imaginar apenas um GT500 pintado de preto e dourado, para aluguel. Bom, o preto e dourado para aluguel estava certo, mas o GT500 não. Ou não só ele, vá.

O novo Mustang da Hertz vem na verdade em dois sabores: pode ser o básico GT-H, que vem com o Coyote V-8 de 5,0 litros aspirado do Mustang GT, com um sistema de escapamento cat-back específico para o Shelby, fabricado pela Borla. Nenhum aumento de potência foi declarado, então são 450 cv. A decoração é clássica do Mustang-Shelby Hertz, com faixas douradas, e carroceria branca ou preta. Pode ser alugado como conversível ou fastback.

Mas o que interessa aqui é o GT-500H. Baseado no Ford Shelby GT500, a grande mudança é a substituição do supercharger do V8 de 5,2 litros por um compressor Whipple, tipo parafuso, de 3,8 litros de deslocamento. O corpo de borboleta é maior, existe uma tomada de ar frio, sistema de polias atualizado e intercooler de desenho exclusivo.

O GT500 normal tem 760 cv; nada fraco para começar. Mas o GT500H coloca 900 cv à disposição de qualquer um que queira alugá-lo. Você ouviu corretamente, novecentos cavalos vapor em um carro alugado. O saudoso P.J. O’Rourke, que famosamente disse que o carro mais rápido do mundo era o alugado, está rindo até cair da cadeira em algum lugar metafísico. A definição de mais rápido acaba de ser reloaded.

O carro mantém a transmissão DCT de sete velocidades e tração traseira; uma pessoa tem que parar e pensar na inteligência de se oferecer um Mustang de 900 cv como um carro alugado. Melhor gastar um pouco mais e pegar a cobertura total de seguro, é a minha sugestão.

Além do preto, o carro é disponível em vermelho, branco e cinza. As faixas são sempre douradas. Vai viajar para Atlanta, Georgia; Dallas, Texas; Las Vegas, Nevada; Los Angeles, California; San Diego, California; San Francisco, California; Miami, Florida; Orlando, Florida; ou Tampa, Florida? Olha a oportunidade de uma morte gloriosa numa bola de fogo visível da mesosfera se apresentando a você. (MAO)

 

Modelo de Porsche 911 feito em 1968 será exposto no museu da marca

Quando se fala de carros em miniatura, todos nós somos crianças crescidas. Ninguém fora o Sultão de Brunei pode ter todos os carros que deseja, mas miniaturas abrem uma possibilidade de ficarmos perto deles, mesmo que não possamos usá-los para ir até a padaria. Além do tamanho menor, que ajuda sobremaneira o armazenamento, há o fator grana também: são normalmente mais baratos. Mas nem sempre.

Veja o caso deste Porsche em escala 1:5. Há mais de 50 anos, a Porsche encomendou-o, uma réplica em escala perfeita de um 911 Targa. O modelo primorosamente detalhado foi construído à mão a partir do zero durante um período de mais de 1.200 horas.

É obra de Elmar Robmayer, que foi escolhido para o trabalho depois que um membro do clube Porsche viu um modelo de navio que ele construiu em exibição no Württembergischer Yacht Club em Lindau, no Bodensee.

Robmayer é um artesão virtuoso e o carro é simplesmente de cair o queixo. Hoje uma impressora 3D ajudaria muito um trabalho desses, mas Robmayer não tinha uma em 1968 porque ainda não havia sido inventada. Em vez disso, ele construiu um molde de duas peças de madeira, que foi preenchido com resina epóxi para fazer a carroceria. Os instrumentos foram feitos tirando fotos de peças reais e fazendo a redução de escala. A parte texturizada do painel foi feita a partir da sola de um sapato.

O nível de detalhe é imenso e seria difícil distinguir ele de um 911 em tamanho real quando visto em fotografias. Robmayer cobrou da Porsche 10 marcos alemães por hora para construí-lo, e ele levou impressionantes 1.257,75 horas, para um total de 12.577,5 marcos alemães. Em dinheiro de hoje, isso é cerca de R$ 36.000. Barato, se me perguntar.

Robmayer tem hoje 80 anos de idade, mas ainda se lembra do modelo como se o tivesse construído ontem, e lembra de ter ficado tão nervoso em apresentar o modelo aos executivos que fumou um maço de cigarros inteiro antes da apresentação, e outro maço depois de sair dela. Outros tempos, de verdade.

Recentemente terminou a restauração de seu modelo, e agora o 911 Targa será exibido na exposição ’50 Years of Porsche Design’ no museu da marca em Zuffenhausen. Mais legal que um 911 Targa de verdade, se me perguntarem. (MAO)

 

International Scout pode voltar no grupo VW

A maioria de você deve conhecer os produtos da International Harvester como coisa de fazendas: afinal de contas, a empresa começou com implementos agrícolas, e depois tratores. É famosa também com caminhões pesados, linha de negócio o que a levou a começar uma série de picapes de uma tonelada de grande sucesso já nos anos 1930. Uma coisa leva a outra, e esta linha de picapes acaba dando luz à uma perua derivada, o que hoje chamamos de SUV. O International Travelall era a “Suburban” derivada da picape International, de 1953 até 1975.

Mas a fama da empresa no meio automobilístico vem de uma explosão de criatividade que criou, em 1961, o primeiro concorrente do Jeep CJ: o International Scout. Pequeno como o Jeep, o Scout era mais moderno e diferente: tinha versões conversível, furgão, minipicape e peruinha. Foi tão bem recebido que criou cópia em outra empresa: o Ford Bronco original de 1966 é claramente um Scout da Ford.

Com o sucesso tremendo da volta do Bronco recentemente, não é surpresa então que alguém está tentando trazer o nome Scout de volta. Mas o que ninguém esperava é de quem vem a iniciativa: da Volkswagen.

O Grupo VW detém os direitos do nome “Scout” através da Traton, sua subsidiária que coloca Scania, Man e Navistar sob o mesmo guarda-chuva corporativo. A Navistar, claro, foi formada em 1986 como sucessora direta da International Harvester. Como ela tem direito sobre os nomes “International” e “Scout”, abriu a possibilidade para a VW.

Segundo o Wall Street Journal, a VW planeja um SUV elétrico e uma picape com motor a combustão, ambos usando a marca Scout.  Lembrando que Scout era um modelo de veículo, mas agora será marca, muito parecido como aconteceu com a Jeep tanto tempo atrás. Se aprovado, este plano prevê a produção dos novos Scout ao redor de 2026. Eventualmente, a VW planeja produzir até 250.000 veículos com a nova marca por ano.

O Wall Street Journal afirma também que a volta do Scout não será brincadeira de criança: é um projeto que prevê investimento inicial de um bilhão de dólares, só para começar. (MAO)


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