FlatOut!
Image default
Project Cars Project Cars #123

Preparando um BMW 325i E36 Coupé para as pistas – conheça a história do Project Cars #123

Caros amigos do Flatout, venho apresentar a vocês o Project Car #123, meu BMW 325i Coupé. Mas antes deixem que eu me apresente: me chamo Fabio Baggio, tenho 32 anos, e seria chover no molhado dizer que sou apaixonado por carros. Mais ainda, costumo dizer que se feder gasolina (álcool, diesel, querosene…) eu gosto.  Já tive de tudo, e também fiz um pouco de tudo relacionado a motores.

Comecei em motos de trilha, uma Yamaha DT 180, e parti para o motocross com uma Honda CR 125. Depois de quatro anos acabei abandonando o motocross por pressão familiar e passei a andar de jet ski stand-up. Foram uns três anos intensos nesta modalidade, que às vezes ainda brinco. Mas minha grande paixão, os carros e o automobilismo, sempre foram um sonho di$tante até que fui apresentado por um amigo, Fabiano Rudnick, aos track days. Lembro que na primeira carona que peguei com em seu Subaru em um autódromo, disse a mim mesmo que faria um negócio daquele para mim.

Mas na vida dos simples mortais querer não é poder. Então fui amadurecendo este sonho até que apareceu em minha vida este 325i Coupe que havia sido de um amigo durante uns quatro ou cinco anos. Infelizmente isso não significou que era um carro bem cuidado — pelo contrário era muito mal cuidado, mas ao menos era uma cupê manual, e isso a qualificava para o meu objetivo. Comprei o carro em meados de 2009, e ele ficou na garagem por quase um ano, intocado, criando mofo no seu interior enquanto esperava o monte de coisas que ele precisava para rodar: molas, amortecedores, buchas, reparos dos vazamentos de óleo e quatro anos de documentos atrasados. Mas ele tinha potencial.

Em um natal minha esposa resolveu me presentear com um jogo de molas Eibach para a 325i — ela diz que nunca me viu tão feliz com um presente. Foi a partir daí que o carro começou a sair da garagem. Levei o Bimmer a uma oficina de suspensão em Curitiba pra instalar as molas e recondicionar os amortecedores. Saindo desta oficina, encostei ela na Sigma, onde sou cliente a anos e troquei um jogo de rodas 19″ que eu tinha de outro carro, por um jogo de rodas 19″ pra BMW, reformei o teto dela que estava ruim e mais uns detalhes de acabamento e, claro, quitei as pendências para começar a usar o carro mais vezes.

OLYMPUS DIGITAL CAMERA

Minha ideia inicial era ter um carro de rua que estivesse apto a participar de track days. Não me passava pela cabeça que o carro fosse tomar o rumo que tomou e se tornasse um carro exclusivo pras pistas. Mas o destino sempre conspirou pra isso, mais ainda quando o encostei para uma manutenção de rotina na oficina Master Place, também em Curitiba, onde fiz grandes amigos — Riva e seu pai Sérgio, que cuidam do carro até hoje.

O carro e meu primeiro track day

Minha ideia com este carro sempre foi priorizar o “chão”, deixando o motor em segundo plano — em termos de preparação, claro. O primeiro investimento neste quesito foi um jogo de amortecedores Koni modelo Sport, que deixou o carro realmente no trilhos, e pastilhas de freio mais duras. Surgiu a oportunidade de participar de um track day, e tratei de descolar um jogo de pneus slicks que eram utilizados na copa Linea, e lá fui eu, para o AIC (Autodromo Internacional de Curitiba), em novembro de 2010.

foto 2

Para esta empreitada chamei o meu amigo, Fabiano Rudnick, pra dividir o volante comigo e me passar os macetes da pista. Nem preciso dizer que foi uma experiência inesquecível — o sorriso no rosto demorou algumas semanas para sair. Na minha estreia na pista fiz 1:49.944 e meu camarada Fabiano virou 1:49.908.

foto 3

Depois desta ida à pista, o carro estava ficando cada vez mais racing e menos street, quando apareceu em meu caminho um lindo jogo de pinças AP Racing de seis pistões por um preço extremamente atraente. Não tive dúvidas. Arrematei e adquiri também um jogo de discos de freio dianteiros da M3 E46, sem nem imaginar o que viria pela frente na hora da instalação. Estas pinças são utilizadas em carros de endurance, ou seja, as pastilhas precisam durar muito tempo, e isso faz com que elas sejam extremamente largas e, por isso exigem pinças mais largas.

foto 5

Aí surgiu o primeiro problema: nenhuma das rodas que eu tinha encaixariam sobre estas pinças. Pior: poucas rodas disponíveis no mercado davam certo. Acabei trocando minhas rodas por outro modelo e utilizei espaçadores para poder. Confesso que nunca gostei do visual com aquelas rodas, por isso continuei a busca e acabei encontrando um jogo de rodas de 17 polegadas que caíram como uma luva no carro, mantendo os espaçadores.

No próximo post contarei como foi trágico meu segundo track day e as evoluções do carro a partir de então. Até lá!

Por Fabio Baggio, Project Cars #123

0pcdisclaimer2