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Project Cars Project Cars #03

Project Cars Trip #03: uma viagem de 6.000 km pelos templos automobilísticos da Europa

Olá, amigos Flatouters! Me chamo Rodrigo Savazzi, tenho 32 anos, sou funcionário público e moro em São Caetano do Sul, no ABC Paulista. Primeiramente gostaria de começar agradecendo a todos vocês que votaram e ajudaram a escolher DUAS propostas minhas (esta, e meu Subaru Forester S Turbo) de uma só vez para figurar entre tantos projetos incríveis no Flatout, espero poder corresponder à altura!

Nos próximos posts, pretendo levá-los comigo através da Europa para lugares incríveis e, quem sabe, convencer a alguns de vocês que o sonho de acelerar nas Autobahnen, correr em Nürburgring ou dar uma volta de Ferrari em Modena pode estar mais perto do que parece.

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Só um aperitivo do que está por vir

Mas, como diria o poeta, tudo tem um princípio. E no meu caso no princípio havia um Subaru Impreza…

Corta para 2009!

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O Impreza alguns anos antes de chegar às minhas mãos. Matéria da antiga revista Oficina Mecânica HOT

Nesta época eu tinha um Subaru Impreza GL 93 AWD, que saiu de fábrica como aspirado mas que já havia chegado em minhas mãos como turbinado. Nos nossos felizes anos de convivência ele ganhou uma turbina maior (troquei uma Biaggio .42 por uma Master Power .50), injeção programável HIS, freio a disco nas rodas traseiras, um câmbio doado por um Legacy 2.2 e mais alguns upgrades menores. Era um carro muito rápido, divertido, e, como na época eu tinha outro Impreza (um SW original para uso diário – sim, sou um maníaco por Subaru…), ele só era usado para passeios eventuais, finais de semana e em track-days.

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Duas das últimas fotos do Subaru

No final daquele ano, eu casei e mudei para uma cidade vizinha e fui morar em um apartamento com apenas uma vaga na garagem, então o Impreza turbo teve que continuar morando na casa dos meus pais. Por causa disso, cada vez usava menos o carro e foi aí que começaram os problemas…

Todo mundo que é do meio sabe o que acontece com um carro quando ele quase não roda. Depois de uns meses, cada vez que eu ia tirá-lo da garagem era uma dor-de-cabeça diferente: bateria descarregada, pneus vazios, linha de combustível rachada por causa do álcool e por aí vai. Depois de um ano o pobre Impreza só saía da garagem direto pra oficina às vésperas de algum track-day e depois voltava pra garagem.

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Um dos Track Days em Interlagos

Essa situação toda foi me deixando cada vez mais desanimado até que, na metade de 2011, eu decidi vendê-lo. Não foi uma decisão fácil, mas já não mais valia a pena manter um carro que havia rodado apenas 300 km no último ano.

Carro vendido, R$ 21.000,00 na mão. E agora? Pagamos dívidas? Guardamos para outro carro? Num bate-papo em casa embalado a salgadinhos e cerveja com minha esposa e alguns amigos surgiu a ideia: e se usássemos o dinheiro da venda do Impreza para viajar? E se a viagem pudesse ser um resumo dos nossos maiores sonhos automotivos? Naquela empolgação que só o álcool pode nos proporcionar, começamos a listar os objetivos:

– Dirigir a mais de 200 km/h numa Autobahn (uma cerveja),

– Dar um rolê em Mônaco (duas cervejas),

– Cruzar os Alpes pelo Passo Stelvio, seguindo o roteiro do Top Gear (três cervejas,)

– Conhecer o museu da Ferrari (quatro cervejas),

– F#$%-se o museu, eu quero é dirigir uma Ferrari! (vodca entra na jogada…),

– F#$%-se a Ferrari, eu quero é pilotar em Nürburgring! (a partir daí não há mais registros…)

Passada a empolgação inicial (e a ressaca), começou o planejamento mais sério. Ajustados os dias disponíveis para viajar de cada um, o orçamento e mais alguns detalhes, o grupo de viajantes acabou se resumido a eu, minha esposa e mais um grande amigo meu.

A definição do roteiro foi rápida: desembarcaríamos no Velho Continente em Frankfurt, na Alemanha, e, a partir dali, faríamos um grande círculo pela Europa, passando por mais países e territórios do que uma partida de WAR (10 no total – Alemanha, Áustria, República Checa, Suíça, Itália, Vaticano, Principado de Mônaco, França, Holanda e Bélgica), rodando cerca de 6.000 km em 25 dias. (No final o odômetro acusou exatamente 6.536,2 km.) Alguns destinos menos, digamos, “gearheads” entraram na lista, como conhecer a Torre Eiffel, o Coliseu, um museu aeroespacial francês, cidades medievais da República Checa, a Torre de Pisa e até visitar um campo de concentração nazista (Sachsenhausen, nos arredores de Berlin), mas nem vou falar deles aqui, afinal esse é o Flatout e não o TripAdvisor…

Roteiro preliminar

Passagens compradas, hotéis reservados e carteira de motorista internacional na mão, só faltava definir o carro. Teria que ser espaçoso, confortável, razoavelmente divertido de dirigir, preferencialmente com câmbio manual, econômico (afinal, seriam mais de SEIS MIL km!) e capaz de ultrapassar 200 km/h. (Lembram do primeiro item da lista lá de cima? Então…) Acabamos optando por um Passat Variant 2.0 TDI Bluemotion, que depois, graças ao peculiar sotaque do navegador, foi apelidado carinhosamente de “Maria”.

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Mapas, guias e a PID – Permissão Internacional para Dirigir

E por enquanto é só. No próximo capítulo descreverei as primeiras impressões de como foi dirigir pela Europa, curiosidades encontradas pelas estradas e alguns probleminhas que tivemos com a lei…  E como este ProjectCars (ou ProjectTrip, se preferirem…), acabará sendo diferente dos outros, por ter um fim definido, já elaborei um roteiro aproximado de como será, mas gostaria de ouvir a opinião de vocês pelos comentários para dar mais ênfase no que vocês querem ler por aqui. Obrigado e até mais!

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Por Rodrigo Savazzi, Project Cars #03

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