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Supercharger e 760 cv: este é o novo Shelby Super Snake, o Mustang pronto para encarar o Hellcat

Depois que a Ford aposentou o eixo rígido traseiro na sexta geração do Mustang, muita gente pode ter achado que não faltava mais nada ao pony car. Menos a Shelby American, que ontem anunciou a criação do Mustang GT Shelby Super Snake. Com até 760 cv, o Super Snake vem cheio de peçonha para agradar a quem procura um Mustang capaz de enfrentar o Dodge Challenger SRT Hellcat, que vem de fábrica com 717 cv a 6.000 rpm.

Essa não é a versão mais nervosa do Mustang de sexta geração, um carro de 4,78 m de comprimento, 2,72 m de entre-eixos, 1,92 m de largura e 1,38 m de altura. A Hennessey criou o Mustang HPE750, que tem 785 cv a 7.000 rpm, com o mesmo motor 5.0 V8 do Super Snake, mas com turbocompressor. Ele atingiu a velocidade máxima de 335 km/h, segundo a empresa.

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Mas não tem a mesma tradição dos Shelby. Nem o mesmo emblema legal com uma naja na grade dianteira e na lateral. Nem o mesmo preço: enquanto o HPE750 sai por US$ 59.500, incluindo o Mustang GT de base, o Shelby Super Snake cobra US$ 49.995. Sem o Mustang GT, que custa mais US$ 32.300. Em outras palavras, cada unidade do carro custa no mínimo US$ 82.295 – e serão apenas 300 em 2015. Isso dá pouco mais de R$ 250 mil, com um câmbio de hoje, de R$ 3,06 por dólar. Pouca coisa a menos do que um Chevrolet Camaro SS no Brasil.

O novo Shelby Super Snake não terá mudanças apenas no motor, mas também na suspensão, freios e sistema de arrefecimento. Ele será o primeiro a permitir que o dono o equipe com uma transmissão automática, uma concessão aos negócios, provavelmente. Só fica a dúvida sobre quantos dos 300 carros deste ano sairão com essa opção.

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A primeira mudança é a adição de um compressor mecânico da Ford Performance ao V8 5.0 Coyote. A transmissão, automática ou manual de seis marchas, não muda, a não ser pelo diferencial traseiro, mais longo, de 3,73:1, e por um trambulador de engates curtos. Tanto ele quanto as juntas homocinéticas, o pacote de suspensão (não especificado), e o escapamento (feito pela Borla) recebem a marca Ford Performance. As rodas são da Weld Racing, modelo Super Snake, de 20 polegadas, com tala maior nas traseiras e pneus Michelin Pilot Super Sport.

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Externamente, o que muda, além da adição dos emblemas da cobra naja e das tradicionais faixas de corrida, são um capô de fibra de carbono com scoop. O material também é empregado no difusor dianteiro, saias laterais, difusor traseiro, aerofólio, painel das lanternas traseiras e capas de retrovisor. A grade dianteira é mais baixa e é pintada de preto anodizado.

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Por dentro, os apoios de cabeça são personalizados, assim como os tapetes, a capa do motor e as soleiras das portas. O carro ganha um painel de instrumentos adicional, de fibra de carbono, com três mostradores.

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Os freios dianteiros são Wilwood, de seis pistões, na dianteira, e os traseiros não sofrem modificação. A não ser que o cliente opte pelo sistema de quatro pistões, também da Wilwood. O pacote de opcionais é o que permite que o Super Snake pule dos 660 cv do modelo de entrada para os 760 cv da versão mais equipada.

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Para isso, o compressor Ford Performance é trocado por um Whipple ou Kenne Bell, de maior capacidade, com intercooler e sistema de arrefecimento do motor de melhor desempenho. O diferencial e a transmissão recebem kits especiais de arrefecimento, assim como os freios, com um kit de dutos. O ajuste de suspensão é feito adicionamente por placas de cáster/câmber e é possível usar um braço de controle ajustável na suspensão traseira. Bancos de competição, com cintos de cinco pontos, também podem ser encomendados.

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O Super Snake está só começando sua carreira. Pode esperar por novos carros da série quando a Ford lançar o GT350 e o GT500. O motor do GT350 será um V8 5.2 de 534 cv a 7.500 rpm. Nas gerações anteriores, as duas versões também mereceram um Super Snake para chamar de seu. Ainda mais a sexta geração, chamada tanto pela Ford quanto pela Shelby de a mais capaz entre todos os Mustang já fabricados.