FlatOut!
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Tudo o que sabemos sobre o novo programa de Jeremy Clarkson, Richard Hammond e James May

Se você lê o FlatOut, então temos certeza de que você está bem ansioso para saber o que o trio do Top Gear, formado pelo falastrão Jeremy Clarkson, pelo hamster Richard Hammond e pelo lento-porém-adorável James May. No início de 2015, Jezza foi demitido da BBC depois de “envolver-se em um incidente físico” com um dos membros da equipe.

Falando a verdade, Clarkson deu um soco na cara do jovem produtor Oisin Tymon. O apresentador foi quem se entregou e as coisas poderiam ter acabado com uma indenização, mas a BBC aproveitou que aquele, definitivamente, não era o primeiro escândalo de Jeremy Clarkson e decidiu que era uma boa hora para deixá-lo ir.

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Ele foi. E seus colegas de programa, depois de gravar um constrangedor especial em dupla, decidiram acompanhá-lo. Assim, a BBC agora tem o nome Top Gear e todo o formato, que fez muito sucesso pelos anos em que foi exibido (2002-2015), enquanto Clarkson, Hammond e May levaram suas tralhas para a Amazon Prime, e estão trabalhando em um novo programa.

Há pouco tempo falamos aqui a respeito do “novo” Top Gear, que está previsto para estrear em maio deste ano e, ao que tudo indica, terá Chris Harris e Sabine Schmitz, a Rainha de Nürburgring, como apresentadores ao lado do DJ e colecionador Chris Evans, que foi o primeiro confirmado para substituir o antigo trio. Evans diz que no novo Top Gear “o astro será o carro” e, com gente como Harris e Schmitz, certamente o entretenimento está garantido – a própria Sabine já apareceu em Top Gear!

Mas a gente compreende se o que você quiser mesmo saber é o que Clarkson & Cia estão aprontando. Afinal, a verdade é que a BBC pode ter ficado como formato, o nome, mas o que realmente fazia Top Gear era a química entre os três apresentadores (especialmente nos momentos mais engraçados) e a liberdade editorial. E, claro, o orçamento, mas nem todo bom quadro precisa ser uma viagem épica para algum lugar inóspito ou uma corrida capaz de destruir uma rua inteira.

Pois bem, neste post, vamos juntar tudo o que sabemos até agora sobre o novo programa do ex-trio do Top Gear. E de Andy Wilman, o produtor que deu a nosso show automotivo favorito o formato e a base de fãs que tem hoje, mas seu nome não caberia no título.

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De acordo com o jornal britânico The Week, o novo programa (que ainda não tem nome) não deverá estrear antes de novembro de 2016. Sim, vai demorar um pouco mais do que o novo Top Gear. E há quem acredite que vai valer a pena. A imprensa britânica já começa a alimentar certa rivalidade entre as duas “metades” e, enquanto sites relatam que Chris Evans teria dificuldades em falar com a câmera e dirigir ao mesmo tempo (e até passou mal ao andar em um R8 ao lado de Sabine), Clarkson já tem décadas de experiência. E sabe muito bem o que fazer – seja usar metáforas mirabolantes para dizer aquele carro é o pior do mundo e o melhor do mundo ao mesmo tempo, seja gritar “POWEEEEERR” para a câmera.

Aliás, isto é apenas uma pequena parte do que será o novo programa. Nenhuma das duas partes, aparentemente, quer se aproveitar apenas das fórmulas já usadas no Top Gear. No caso de Evans, é para provar um ponto, mas para o antigo trio, tratam-se apenas das novas regras: o Stig, o Cool Wall e o quadro do “Astro em um Carro de Preço Razoável”, por exemplo, ficaram com a BBC.

De qualquer forma, foi por causa disso que Jezza e seus amigos decidiram assinar com um serviço de streaming. Quando ouvimos a notícia, ficamos felizes em saber que, entre os serviços, estava a Netflix  mas, de acordo com Wilman, “eles [os caras da Netflix] não disseram que não estavam tão interessados assim.”

E esta não é uma notícia muito boa para a gente, pois o Amazon Prime não funciona no Brasil. Na verdade, o programa só será exibido, em princípio, nos EUA, Reino Unido, Alemanha e Áustria. Sim, apenas quatro países. Por outro lado, existe a possibilidade de os segmentos de estúdio serem gravados em estúdios temporários nos países visitados pelo trio. Se isto acontecer, a platéia não será mais exclusivamente britânica. Não seria animal se eles viessem gravar no Brasil?

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Talvez…

Aliás, o que eles vão gravar? Ainda não há muitas informações a respeito do conteúdo. No que depender do comportamento de Jeremy Clarkson, Richard Hammond e James May no Twitter, no entanto, dá para esperar a mesma dose de sarcasmo e as mesmas tiradas de sarro que estamos acostumados a ver. Eles também andam postando algumas fotos dos novos membros da equipe de produção e do recém-inaugurado escritório.

Mesmo assim produção dos quadros já deve ter começado. Primeiro, porque Jeremy Clarkson já disse que tudo será feito do zero. Segundo, porque, de acordo com o que Clarkson disse à revista Broadcast, logo de cara serão três temporadas de 12 episódios. Se você acompanha o making of das séries da Netflix, sabe que eles costumam gravar uma temporada inteira e lançam todos os episódios de uma vez só. Andy Wilman diz que os fãs “poderão assistir ao programa onde quiserem”, então imaginamos que será assim.

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E qual é o tamanho do orçamento para tantos episódios? Oficialmente, nada foi revelado, mas o Financial Times fala em £ 160 milhões. O jornal ainda diz que esta é a maior soma já vista em um serviço de streaming, e nada menos do que o dobro da quantia gasta pela Netflix com House of Cards. Ou seja: dá para esperar algo verdadeiramente épico.