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Zero a 300

35% de álcool na gasolina | Fiat Titano chega por R$ 220.000 e mais!

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Câmara dos Deputados aprova projeto para aumentar teor de álcool para 35% – sem estudo técnico

Sabe como você faz para acabar com qualquer chance de discussão sobre um assunto? Você pega a sua proposição e vincula ela a um valor universalmente aceito. Dessa forma, quem for contra a sua proposição, será contrário a esse valor. É o truque mais velho da história das discussões. Se você colocar “salvam vidas” no final, automaticamente ganha o apoio irracional e irrestrito da maioria absoluta das pessoas. “Salvam vidas” é o exemplo extremo, mas qualquer resultado positivo atrelado à sua proposição serve.

Foi exatamente o que a bancada ruralista do Congresso Nacional fez ao propor um aumento absurdo do teor de etanol na gasolina e de biodiesel ao diesel. Eles batizaram o projeto de lei de “combustível do futuro”. Assim, quem não aceitar o “combustível do futuro”, é retrógrado. Afinal, o futuro é tudo o que nos resta. O presente é consumido em tempo real e o passado já era. Quem é contra o futuro é, de certa forma, contra a vida. Contra a felicidade, o bem-estar, o conforto, a satisfação e tudo de bom que a humanidade almeja. O futuro é a esperança, afinal.

Só que gente grande sabe que o verdadeiro mal nunca vem na forma de uma criatura assustadora. Ele chega como uma sereia: te encanta e então te afoga. Ou, na versão realista, ele vem na forma de um político que diz: “é para seu próprio bem”, como se 150.000.000 de adultos não soubessem se cuidar sozinhos.

É assim que a bancada ruralista acha que vai conseguir aprovar um projeto que beneficia alguns grupos de pressão e de interesse, em detrimento da economia popular. Nós, o povo, vamos pagar mais pela autonomia dos carros, vamos gastar mais com manutenção dos carros, porque esses grupos, tão altruístas, querem nos proteger do futuro tóxico das emissões sujas.

O projeto é o seguinte: o “combustível do futuro” prevê o aumento do teor de etanol para até 35%. Hoje ele pode variar de 18% a 27,5%, mas a regra é 27% para as gasolinas comuns e 22% para as gasolinas de alta octanagem. A proposta visa aumentar o teor de etanol para 22% a 35%. Além disso, o diesel também teria um teor maior de biodiesel, passando dos atuais 14% para até 20% em 2030 e até 25% depois daquele ano. A proposta original previa 30% de etanol, mas na Câmara o texto foi modificado para aumentar o teor para 35%.

O efeito prático do aumento do teor do etanol é, sem dúvida, o aumento do consumo — ou seja: redução da autonomia, que se traduz em maior custo por quilômetro rodado, ainda que o valor nominal do litro possa ficar mais barato. No caso dos motores diesel é ainda pior, pois o biodiesel aumenta o depósito de resíduos no sistema de combustível, podendo causar obstruções nos componentes.

A justificativa do projeto, para aumentar o teor de etanol, é a “descarbonização” dos combustíveis brasileiros, uma vez que biodiesel e etanol têm menor emissão de CO2 por quilômetro rodado. O projeto de lei original sequer escondia o interesse dos produtores de biocombustíveis, citando a necessidade de se ampliar o uso de biocombustíveis para aumentar a capacidade produtiva nacional.

Como a gasolina se tornou a gasolina que conhecemos hoje?

Para piorar a história, o projeto foi aprovado sem um parecer técnico favorável por parte do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Os deputados sequer sabem se o projeto é viável, mas o aprovaram assim mesmo. E ao abrir o alçapão no fundo do poço, você encontrará o placar da votação do projeto: 429 votos a favor e apenas 19 contra — além de três abstenções. Ou seja: a maioria absoluta dos deputados (que deveriam representar os interesses dos eleitores) aprovaram um projeto sem saber se ele pode prejudicar a frota brasileira, que atualmente tem uma idade média de 10,3 anos.

O projeto tramita em caráter de urgência, então tem até 45 dias para ser deliberado pelo Senado, que certamente deverá aprová-lo após a articulação das lideranças, como aconteceu no Congresso.

 

Fiat Titano chega por R$ 220.000 com motor 2.2 diesel

Se tem alguém que sabe vender picape no Brasil, esse alguém é a Fiat. O problema é que até agora eles só venderam picapes compactas, como a Strada e a Toro, líderes de suas respectivas categorias. O desempenho, aparentemente, trouxe confiança para a Fiat entrar em um segmento onde ela nunca atuou no Brasil (lá fora ela vendeu a Mitsubishi L200 como Fiat Fullback). Foi assim que a Fiat Titano entrou nos planos da marca e, agora, começa a ser vendida por R$ 220.000.

Ela é oferecida em três versões, que seguem a nomenclatura/hierarquia das demais picapes da marca — Endurance, Volcano e Ranch. Todas elas são equipadas com o motor 2.2 turbo que também é usado pela Ducato e vem importado da Itália, com 180 cv a 3.750 rpm e 37,7 kgfm a 2.000 rpm, e o câmbio automático de seis marchas, sempre com tração 4×4.

As versões de topo, Volcano e Ranch, têm sistema multimídia com tela de 10″ e conectividade Apple Carplay e Android Auto — ambas com fio. As três versões têm direção hidráulica, suspensão duplo A na dianteira e eixo rígido e molas semi-elípticas na traseira, freios a disco na dianteira e a tambor na traseira — um conjunto padrão do segmento.

Em termos de capacidade, a Titano leva 1.020 kg ou 1.109 litros na caçamba e pode rebocar até 3.500 kg se o reboque tiver freios. Os ângulos de entrada e saída são de 29º e 27º, respectivamente, enquanto o vão livre é de 235 mm.

A versão de entrada é a Endurance, de R$ 219.990, que vem equipada com câmbio manual de seis marchas, cruise control com limitador de velocidade, assistente de partida em rampas, assistente de descida, assistente de reboque, airbags laterais e de cortina, rodas de 17 polegadas de aço e assoalho de vinil.

Na intermediária está a versão Volcano, de R$ 239.990. Ela traz a caixa automática de seis marchas, sistema multimídia com tela de 10 polegadas, câmera de 180 graus, sensores de estacionamento na traseira e câmera de ré, bancos e volante de couro, faróis de neblina, rodas de liga leve de 17 polegadas, quadro de instrumentos com tela de 4,2 polegadas, protetor de caçamba, capota e assoalho acarpetado.

Por último, no topo, está a versão Ranch, de R$ 259.990, que traz ar-condicionado de duas zonas, alerta de mudança involuntária de faixa, rebatimento elétrico dos retrovisores laterais, câmera 360º, sensor de chuva, bancos de couro com ajustes elétricos, sensor crepuscular, monitor de pressão dos pneus, sensor de estacionamento dianteiro, GPS, santantônio cromado, estribo, rodas de liga leve de 18 polegadas, sistema de chave presencial e faróis e lanternas de LED.

O FlatOut já andou no carro — fomos ao lançamento do modelo no Centro-Oeste — e logo teremos o vídeo com a avaliação do Juliano Barata. Fique de olho!

 

Ford oferece kit supercharger para dar 810 cv ao Mustang

No SEMA do ano passado a Ford apresentou um kit supercharger para o Mustang 2024, prometendo um aumento de potência para mais de 800 cv — e foi tudo o que a Ford antecipou na ocasião. Agora, depois de quase quatro meses, a Ford finalmente está lançando o conjunto e todos os detalhes.

O sistema usa um compressor do tipo twin-screw (parafuso duplo) desenvolvido em parceria com a Whipple, com 3,2 litros de deslocamento, uma nova borboleta de 92 mm, um intercooler de canal duplo, válvulas injetoras do GT500, e calibração exclusiva da Ford Performance. Com ele, o Mustang chega aos 810 hp e 84,8 kgfm, e a Ford ainda dá garantia de 36.000 milhas / 60.000 km. O preço? US$ 9.995 — cerca de R$ 50.000. Parece caro, mas considere que o Mustang GT parte de US$ 44.000 nos EUA e por cerca de 20% mais você tem quase o dobro de potência. Que tal?

 

Funcionário distraído causa recall na Honda americana

A Honda dos EUA está convocando 245 unidades Passport e Ridgeline fabricados ao longo de dois dias no ano passado por causa da distração de um funcionário. Soa bizarro, não? Mas a causa do problema é ainda mais.

Segundo a Honda, uma das bancadas usadas para montar as caixas de direção estava sem manutenção. Por isso, a caixa de direção estava mal-afixada à bancada, o que fez disparar um alerta sonoro. Depois de desligar o alarme, o operador deveria ter verificado o torque dos parafusos com um torquímetro, mas em vez de verificar os parafusos, ele verificou a própria peça da bancada que disparou o alarme.

Com isso, um dos pivôs da caixa de direção acabou afixado com o torque incorreto, o que pode causar seu desprendimento da caixa e a consequente perda de controle da direção, o que pode levar a um acidente. O incidente aconteceu nos dias 21 e 22 de setembro de 2023, então os 245 carros produzidos nestes dias estão envolvidos no recall — a Honda irá, na prática, procurar os carros que foram montados pelo funcionário trapalhão, pois ela estima que menos de 1% destes 245 carros estejam com o problema.