uma critica recorrente ao bugatti veyron e que continua aplicada ao chiron e sua superlatividade por que ele precisa de 16 cilindros quatro turbos e dez radiadores para produzir 1 500 cv se ha outros hipercarros por ai que chegam muito perto disso com a metade de cilindros e turbos por que ele precisa de pneus especiais e uma chave extra para ativar o modo de velocidade maxima enquanto o koenigsegg faz o mesmo sem exigir tudo isso bem a melhor forma de descobrir estas respostas e perguntando a bugatti [gt40 content tag= superesportivo widget= 1 ] foi exatamente o que o britanico henry catchpole do carfection fez ele encontrou se com o piloto de testes da marca franco germanica com nome italiano no qg da bugatti e produziu um video que se nao responde diretamente estas perguntas ao menos nos direciona para uma melhor compreensao da maquina veja por exemplo o inicio do video antes mesmo de conhecer o carro andy wallace o piloto leva catchpole a uma sala onde o powertrain do carro esta exposto sem nada ao seu redor começar a explicaçao com uma apresentaçao solo do motor significa que ele e o componente mais importante do carro e que justifica tudo o que esta ao seu redor no veiculo finalizado [youtube id= x9svmbzzxaw width= 620 height= 350 ] mesmo em video o w16 e seu cambio impressionam pelo tamanho o porte mastodontico do powertrain e percebido pela proporçao do motor e da caixa ao lado dos dois britanicos e justamente sobre esta impressao que começa a explicaçao ele e assim grande por uma questao de durabilidade diz wallace antes de explicar que e possivel atingir 1 500 cv com motores menores porem a vida util do powertrain fica reduzida um exemplo extremo disso e o amg project one que produz 1 035 cv com um v6 de 1 6 litro com um unico turbo e assistencia eletrica mas tem vida util de apenas 50 000 km logicamente e possivel extrair muito mais potencia de um motor de 16 cilindros quadriturbo mas a bugatti nasceu e morreu com a reputaçao de ter motores inquebraveis — e eles de fato disputam corridas de classicos ate hoje quase 100 anos depois quando a marca foi relançada pela volkswagen os alemaes sabiam que o nome por si nao seria suficiente para faze la vingar o novo carro precisava ter as caracteristicas que fizeram a bugatti famosa em seu passado esportividade opulencia durabilidade tudo de forma superlativa [gallery columns= 2 link= file size= medium ids= 188866 188867 188869 188870 ] por isso nao bastaria fazer um motor w8 biturbo ou mesmo o w12 do nardo ele tambem nao poderia ser complexo somente por ser entao a volkswagen juntou dois w8 biturbo e criou um inedito w16 quadriturbo dezesseis cilindros para produzir 1 000 cv depois 1 200 cv e agora 1 500 cv o mesmo conceito de overengineering se aplica ao cambio que e maior e mais robusto que o do veyron e como efeito colateral de seu tamanho e peso colabora com a distribuiçao de massa — no chiron 45% se apoia sobre o eixo dianteiro e 55% sobre o traseiro um feito e tanto para um carro com um motor de 16 cilindros o motor alias tem conjunto rotativo mais forte que o do veyron porem o peso total foi mantido o mesmo para compensar o peso extra dos componentes internos reforçados a bugatti usou mais materiais compositos como o sistema completo de admissao e os suportes do motor com isso o motor tem o mesmo peso que o do veyron porem tem o cg mais baixo devido aos componentes de composito no topo e os componentes reforçados na parte mais baixa e possivel ver alguns detalhes esmerados que diferenciam um produto high end como o chiron de luxo comum pense nos relogios ha modelos como o rolex submariner ou o breitling navitimer indiscutivelmente luxuosos e razoavelmente caros em qualquer lugar do mundo por sua qualidade de construçao mas ha uma infinidade de maquinas que adicionam uma complexidade artistica que valoriza exponencialmente o produto se fosse um relogio o chiron seria um franck muller aeternitas mega 4 com sua complexidade proposital para transformar a engenharia em arte os dutos de admissao por exemplo poderiam ser simples peças de carbono mas a bugatti fez questao de estampar seu logotipo eb em um alto relevo extremamente sutil que so aparece se voce abrir o capo e debruçar sobre o motor procurando estes detalhes os suportes do motor de carbono idem eles poderiam ser de fibra de carbono bruta com as camadas dispostas sem preocupaçao em combinar o sentido das fibras como aquela que vemos nas entranhas dos carros de f1 desmontados ou acidentados — afinal estes suportes ficam invisiveis e servem apenas para segurar o motor no lugar mas no chiron eles sao polidos com acabamento reluzente como a pintura do carro pode parecer exagero ou apego aos detalhes mas pense da seguinte forma se voce comprasse um movel de madeira nobre nao seria mais reconfortante saber que a lamina do fundo aquela que ficara contra a parede e feita do mesmo material nobre em vez de uma madeira mais simples — ou seja que ela tem a mesma qualidade do restante da peça ainda que ela jamais seja vista estes suportes sao o fundo de madeira nobre laminada alias o subchassi traseiro que segundo a bugatti forma praticamente um segundo monocoque tambem nao e visivel mas e igualmente feito de fibra de carbono com o mesmo esmero dos suportes e usa apenas 10 parafusos de titanio para se afixar ao monocoque do carro obviamente ha a parte tecnica no chiron os turbos sao 69% maiores que no veyron uma exigencia para nao amarrar o w16 de oito litros em altas rotaçoes assim permitindo que ele produza os 1 500 cv por esse motivo tambem o motor usa um sistema sequencial que mantem somente dois turbos ativos ate 3 800 rpm o chiron usa um coletor de escape duplo que conecta os oito cilindros de cada bancada aos dois turbos daquele lado do motor porem o coletor tem uma valvula ativada eletricamente que fecha a passagem para um dos turbos abaixo de 3 800 rpm por ser um motor com grande volume de deslocamento os gases sao suficientes para que o turbo atinja sua pressao maxima de trabalho a partir de 3 800 rpm quando os oito cilindros estao produzindo um volume maior de gases de escape a valvula se abre e os dois turbos passam a pressurizar o ar admitido isso e necessario porque para o atingir os 1 500 cv a 6 700 rpm o motor precisa de 1 000 litros de ar por segundo o sistema de quatro turbos sequenciais e uma forma de o turbo nao amarrar o motor ja no lado de fora ao lado do carro a atençao e voltada ao conjunto de freios e rodas as pinças de freio sao maiores e tem mais pistoes que a do veyron mas ainda sao mais leves porque foram impressas em 3d — pesam 1 8 kg e tem oito pistoes na dianteira os parafusos sao de aço o cubo de titanio e os discos de ceramica um fato curioso e que mostra a complexidade mecanica necessaria para se atingir 420 km/h sem drama sao os espelhos dos discos de freio eles tem as extremidades aletadas que funcionam como geradores de vortice para auxiliar o arrefecimento dos discos e o mesmo efeito das rodas aerodinamicas da bbs que vimos neste post porem no lado interno da roda segundo andy wallace enquanto os discos do veyron chegam a 1 100ºc de temperatura maxima na pista os do chiron ficam em 900ºc a dianteira ainda usa dutos adicionais de arrefecimento dos freios entre os farois e a grade — que ostenta o simbolo da bugatti feito de prata outro detalhe aerodinamico interessante esta no escape o veyron tinha quatro saidas centralizadas expostas enquanto o chiron tem seis as outras duas ficam no difusor onde ajudam a produzir mais downforce sim e um difusor soprado ao auxiliar a extraçao do ar sob o carro ainda apoiado nas rodas wallace explica todos os elementos envolvidos quando se quer dirigir um hipercarro de luxo a 420 km/h a tampa da valvula dos pneus pesa apenas 2 5 gramas mas a 420km/h a pecinha chega a 7 5 kg devido a aceleraçao centrifuga o mesmo efeito recai sobre o sensor de pressao e temperatura que pesa 440 gramas quando parado mas a 420 km/h chega a 131 kg e devido a efeitos multiplicadores como estes que o bugatti chiron e o veyron tem um modo especifico para atingir sua velocidade maxima a 420 km/h temperaturas dos sistemas pressao das linhas hidraulicas fluxo aerodinamico e praticamente todos os sistemas do carro trabalham em condiçoes criticas proximas do limite e por isso sao constantemente monitoradas pela rede de ecus do carro quando o modo top speed esta ativo ele serve nao apenas para ajustar os parametros do carro que o permitirao atingir a velocidade maxima mas tambem como uma rede de segurança para impedir que o carro ultrapasse determinada velocidade sem condiçoes para tal o modo e ativado por uma chave extra posicionada entre o banco do motorista e a soleira ao girar a chave as ecus do carro fazem uma auto verificaçao dos sensores e sistemas e caso tudo esteja ok assumem os parametros programados para este modo — ele reduz a altura da asa traseira reduz a altura de rodagem do carro e abaixa um par de flaps instalados na parte dianteira do fundo do carro para reduzir a downforce na dianteira equilibrando a de acordo com o necessario para atingir a velocidade maxima enquanto esta ativo o modo funciona somente em linha reta — os parametros aerodinamicos nao sao adequados para controlar o carro em mudanças bruscas de direçao como em um circuito de corridas por isso qualquer movimento no volante proximo dos 90 graus de giro ou a ativaçao dos controles de traçao e estabilidade ou abs desativa automaticamente o modo de velocidade maxima o mesmo acontece se os sensores detectarem um aumento brusco de temperatura e/ou pressao dos diversos sistemas do carro incluindo os pneus assim voce nao corre o risco de estourar um pneu a 420 km/h e acabar com seu bugatti chiron; quando a temperatura fica critica o carro desarma o modo e limita a velocidade a 380 km/h [youtube id= pkkv1vlhuvq width= 620 height= 350 ] e se voce esta se perguntando como a bugatti fez para medir a velocidade maxima do veyron e do chiron em ehra lessien ja que o circuito tem suas retas unidas por duas curvas inclinadas bem andy williams explica o carro era estacionado na saida da curva o modo de velocidade maxima era ativado e o carro tinha somente as retas para acelerar
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