Nos últimos dez anos praticamente não houve discussão sobre segurança no trânsito que não mencionasse a necessidade do controle rigoroso da velocidade dos veículos. Radares foram instalados até mesmo em locais sem histórico de acidentes, geralmente acompanhados de novos limites de velocidade — quem nem sempre foram muito bem justificados. Um exercício simples de lógica elementar nos induz a crer que os radares ajudam a reduzir as mortes, afinal, eles controlam a velocidade e veículos mais lentos têm menos chances de se envolver em acidentes fatais. Mas... na prática, não é assim que funciona a segurança no trânsito.
Em São Paulo, por exemplo, o número de mortes vem diminuído gradualmente desde 2007 e teve uma queda mais expressiva a partir de 2015. A redução foi atribuída aos radares, mas como vimos anteriormente, em algumas vias com limites reduzidos e radares, o número de mortes aumentou ou não teve variação significativa. E em uma relação intrigante, o número de mortes