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Automobilismo

Mauro Forghieri, o herdeiro técnico da Ferrari

A Fórmula 1 passava por uma revolução silenciosa naquele início dos anos 1960. A criação do Campeonato Mundial de Construtores e a ascensão das equipes garagistas britânicas a partir de 1958 estava provocando uma transferência de poder e uma mudança cultural na categoria. Depois de praticamente dominar os primeiros anos da Fórmula 1, as equipes italianas — em especial a Ferrari —, se viram ameaçadas por Cooper, Lotus, BRM e Brabham, que se tornaram competitivas ao reinventar o jeito de se fazer carros de Fórmula 1. A engenharia da Scuderia seguia um estilo mais tradicional de se fazer carros de corrida: o projeto começava pelo motor, e o carro era ajustado ao regulamento. Tudo era feito nas oficinas das equipes por engenheiros, mecânicos e artesãos. Já os ingleses seguiam um estilo mais industrial, terceirizando os componentes dos carros — algo que, mais tarde, transformaria a Inglaterra no centro do mundo da Fórmula 1. Esse confronto de estilos não era apenas uma constatação