FlatOut!
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Project Cars

Por Douglas Furlan, Project Cars #523

Olá, pessoal!

Demorei, mas estou de volta! Depois de um bom tempo curtindo o carro, venho aqui novamente para compartilhar mais informações sobre o possante. E olha que ele não pinga óleo, hein — mas o bloco vive melado com o “suor” do óleo (risos).

Pra quem ainda não me conhece, sou Douglas Furlan, proprietário do Fusca 1972, que era originalmente um 1300 e hoje está com um 1700 aspirado. É o famoso Cerejinha, como o chamamos com carinho.

Nas vésperas de uma corrida, levamos o carro ao dinamômetro. Descobrimos que ele estava rodando muito magro: veio 1.10 de sonda a 5.000 rpm. Tivemos que tirar o pé para evitar uma quebra. A 4.000 rpm, registramos 54 cv, mas logo depois uma arruela de inox caiu dentro do coletor — e foi parar direto no cilindro aberto. Sem como tirar na hora, tivemos que desmontar tudo. Por isso, nem sabemos exatamente a potência real naquela ocasião.

Fizemos um novo acerto na rua mesmo e fomos pra pista, refinando os ajustes na hora.

Em março de 2022, escrevemos uma matéria para a revista inglesa Hayburner, edição nº 41. Foi uma baita honra ver o Cerejinha estampado por lá. Seguem algumas imagens da publicação!

Depois disso, o carro passou por algumas atualizações importantes. A principal foi a instalação de uma gaiola de proteção, doação de um antigo carro da Speed Copa Fusca, que era de Londrina e acabou sendo comprado pelo Bernardo Albanesi — um carioca que compete na Copa Fusca GT Oil em São Paulo. Como ele montou um novo carro, “sobrou” essa gaiola…

…um verdadeiro presente! Como os bancos e o posicionamento de alguns componentes eram diferentes, fizemos as adaptações necessárias para encaixar no meu carro.

O resultado foi ótimo: ganhamos mais rigidez estrutural e conseguimos baixar o tempo em Interlagos. A melhor volta agora é 2:24.6! Também participamos do campeonato Grip Cup no Kartódromo Aldeia da Serra, no segundo semestre do ano passado, e terminamos em 2º lugar — mesmo com uma prova a menos.

Trocamos o câmbio, que havia quebrado, e aproveitamos pra instalar o da Variant, com relação 8×33 e diferencial blocado por porcas. O carro ficou ainda mais divertido de guiar — até zerinho ele faz agora!

No início de 2023, começamos a enfrentar uma queda de potência. Um lado do motor praticamente não funcionava mais. Fomos investigar e descobrimos problemas sérios nos dois cabeçotes: um quebrou a sede de válvula, o outro trincou entre as câmaras de combustão. E agora?

Encomendamos cabeçotes novos, com válvulas maiores. Já estão prontos! Nas próximas semanas, vamos recolocar o motor no carro e voltar ao dinamômetro. A expectativa é ganhar mais potência e torque para baixar ainda mais nosso tempo de volta!

E, nesse meio-tempo, conseguimos um baita apoio: a Tropical Multiloja, de Manaus, que nos acompanha há mais de um ano. Gratidão total a eles!