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VW libera mais potência via assinatura mensal

O novo gêiser de grana preferido do mundo empresarial moderno é o sistema de assinatura; paga-se mensalmente por algo ad infinitum, garantindo uma quantidade previsível de dinheiro, todo mês. Pelo menos teoricamente: aqui no FlatOut foi a maneira que arrumamos para permanecermos vivos; mas ninguém está ficando milionário não… Funciona de verdade para entidades como a Amazon, e serviços de software.
Mas existe uma diferença básica entre prover um serviço diário (aqui no FlatOut, notícias comentadas, matérias e vídeos em formato mais longo) e cobrar por ele, do que é a nova ideia brilhante dos fabricantes de automóvel: vender carros com hardware que não funciona a não ser que você pague uma assinatura.
Depois da BMW, que ofereceu assinatura para liberar o funcionamento de seus bancos aquecidos, agora é a vez da VW. A empresa está oferecendo aos clientes na Inglaterra um “upgrade de potência opcional” para aumentar a potência de sua linha de carros elétricos ID.3 de cerca de 148 cv para 168 cv. O upgrade de 20 cv custa £ 16,50 (R$ 121) por mês, ou £ 165 (R$ 1210) anualmente. Como alternativa, os clientes podem pagar £ 649 (R$ 4755) por uma assinatura vitalícia.

Embora financeiramente seja apenas uma escolha para os clientes, moralmente abre uma caixa de pandora de onde só coisa ruim sai. Quando compramos um carro, temos todas as suas funções, bem, funcionando, e ele é nosso em perpetuidade, a não ser que o vendamos. A VW faliu e não existe mais? A gente se vira para mantê-lo rodando. Compramos algo físico, que podemos usar, guardar, vender. É diferente de serviços né? Essas assinaturas são coisas esquisitas de verdade.
Um jornalista americano foi além e disse que: “eu a vejo como uma quebra fundamental do contrato moral entre fabricantes e clientes”, citando que “se você tivesse um BMW de 13 anos pelo qual nunca pagou a assinatura do banco aquecido e a fiação elétrica pegasse fogo, queimando seu BMW completamente, nenhum tribunal nos Estados Unidos responsabilizaria a BMW. Esses bancos aquecidos são problema seu. Você os possui. Mesmo que não estejam ligados. Mesmo que você nunca tenha recebido um momento sequer de calor deles.”
Quer saber onde isso pode chegar? Fabricantes americanas já estão argumentando na justiça que os clientes não são os donos integrais dos veículos pelos quais pagaram, citando softwares e licenças de software na tentativa de restringir o “direito de reparo” de seu próprio veículo. Isso ocorre porque não é possível se possuir um código protegido por direitos autorais, de outra pessoa. Se o código está no software do seu caro, não é seu, é apenas licenciado para você. É mole?

Esperamos, sinceramente, que a mania não se espalhe; seria mais um motivo para abandonarmos os carros zero km. E ninguém quer isso. Dá vontade de comprar uma D20 antiga, que não precisa nem de eletricidade para funcionar, e pronto: nunca mais comprar outro carro. Onde a gente foi parar! (MAO)
Motores BMW nos Mercedes-Benz

Não temos prazer nenhum em continuar com as más notícias, mas por favor não atirem nos mensageiros: nós não as criamos, apenas temos a missão de reporta-las. A francamente incrível notícia de hoje é que a Mercedes-Benz está considerando montar motores BMW em seus carros. Além disso, mais essas: Inferno congela! Gatos e cachorros fazem as pazes! Flamengo e Fluminense agora são um só time, com sede na Móoca em SP, e chamado Flumengo.
Tá, as três últimas notícias acima não são verdadeiras. Mas a primeira, pode ser: de acordo com um boato divulgado pela publicação alemã Manager Magazin, a marca de três estrelas está em negociações com a BMW para a compra de motores de quatro cilindros para sua linha a partir de 2027.
O motor é provavelmente o B48 2.0 turbo usado em praticamente todos os modelos atuais da BMW. Preencheria uma lacuna na linha da Mercedes como um motor PHEV ou range extender, de acordo com a Autocar. O B48, fabricado em Steyr, Áustria, também oferece mais flexibilidade, pois foi projetado para ser usado em configurações longitudinais e transversais, tornando-o adequado para uma ampla gama de modelos compactos e médios da Mercedes. Nenhuma das duas comenta o assunto, o que coloca mais fogo na fogueira do boato.

O mais estranho é que a Mercedes acaba de lançar um novo motor de quatro cilindros, o M252. Atualmente, ele é oferecido na versão CLA e combinado com um sistema híbrido leve. Não, não é isso o mais estranho. O mais estranho é que, do jeito que as coisas estão, essa mudança filosófica incrível não fará diferença nenhuma.
Sim, nenhuma. Qual o sentido de haver vários 1.0 turbo de três cilindros idênticos, mas de várias marcas? Dezenas de fabricantes de quatro em linha 2.0 turbo para todos os efeitos práticos iguais? V8 biturbo de 4 litros? Como na F1 moderna, não há mais possibilidade de se mudar nada, não há criatividade, não há diferença. Genéricos. Mercedes com motor BMW? Pode mandar para cá, já é tudo igual de qualquer forma.
Não muito tempo atrás fizemos alguns vídeos com carros populares dos anos 1970/1980 aqui no Brasil, que ainda estão em uso: Fiat 147, Fusca e Chevette. Cada um deles profundamente diferente e pessoal, três coisas completamente diversas entre si. Tração dianteira e traseira, motor na frente e atrás, arrefecidos à água e a ar, etc.
Podíamos colocar o Corcel no balaio: outra coisa totalmente diferente. Dodge 1800? Totalmente diferente também. Esses carros provam que melhoramos muito na qualidade e capacidade dos veículos em si; mas em criatividade, despencamos uma ribanceira que, parece, não tem fundo. (MAO)
O novo Bentley Supersports

Segundo informações levantadas pela Autocar, a Bentley revelará em breve um novo Continental Supersports, com tração traseira e um motor V8 com mais de 640 cv. O carro servirá como vitrine para uma linha de novos carros de desempenho “extremo”.
O modelo vai reviver o nome Supersports, raramente usado, que apareceu pela última vez em 2017 em uma versão topo de linha do Continental da geração anterior, com um motor W12 de 6,0 litros e 700 cv.
A marca quer com ele lembrar que Bentley sempre foi uma marca que alia alto luxo e alto desempenho, inclusive em pistas. Se fôssemos cínicos, diríamos que “como se fosse só ela”, mas não vamos fazer isso. O fato é que este parece agora ser o tema da marca, com o recente conceito EXP 15 mostra.

O Supersports deve manter o motor V8 biturbo de 4.0 litros do GT Speed, mas a Autocar diz que a potência vai aumentar de 600 cv para cerca de 640 cv, enquanto o motor elétrico de 188 cv, montado na caixa de câmbio, vai ser defenestrado, fazendo um carro puramente a combustão interna. O Supersports terá tração puramente traseira, com o hardware de tração dianteira também jogado fora pela janela. Nice!
Algo que definitivamente não é tradição da empresa, mas será adotado para aumentar ainda mais o desempenho, é a redução de peso radical. A revista inglesa diz que que o carro será muito mais leve que o atual. Mas tente não rir: pesará cerca de 2.000 kg, em comparação com 2.459 kg do GT Speed.
Outras mudanças de desempenho incluem o uso de escapamentos Akrapovic, rodas leves personalizadas e freios de carbono-cerâmica. A redução de peso tem sido uma característica dos dois Continental Supersports anteriores, mas o novo carro deve levar essa abordagem a um novo patamar.

Este novo Continental Supersports deve ser um modelo de produção estritamente limitada. Acredita-se que sua produção esteja na casa das centenas e o preço deve começar em torno de £ 400.000, na Inglaterra. Acredita-se que o modelo esteja previsto para ser revelado ao público ainda este ano, antes do início das entregas no final de 2026. (MAO)
O novo Jeep Cherokee

O Jeep Cherokee, descontinuado em 2023, está de volta. O novo Cherokee 2026 é maior que o modelo que substitui, e tem um trem de força híbrido. Ele chega como uma adição à linha Jeep, e está posicionado entre o Compass e o Grand Cherokee.

O Cherokee conta com um novo trem de força híbrido de 350 volts da Stellantis, projetado especificamente para este crossover. É também o único trem de força disponível no lançamento, mas opções adicionais são esperadas em breve. Ele combina um motor 1.6 turbo de quatro cilindros com uma transmissão continuamente variável com dois motores elétricos, controlada eletronicamente. Não é plug-in (sem tomada aqui) e possui uma pequena bateria de 1,08 quilowatt-hora alimentada pelo motor e por frenagem regenerativa.

O sistema produz 210 cv e 31,8 mkgf de torque. A Jeep afirma que o Cherokee oferecerá mais de 800 km de autonomia, um consumo combinado de 15,9 km/l e que faz o 0-96 km/h em 8,3 segundos. O carro usa a plataforma STLA Large da Stellantis, e mede 4735 mm num entre-eixos de 2835 mm; 150 mm maior que o carro anterior. A empresa promete 30% a mais de espaço para carga.

O sistema 4×4 Active Drive I da Jeep, que inclui desconexão do eixo traseiro e quatro modos de condução: Automático, Esportivo, Neve e Lama/Areia, está presente aqui; a empresa diz também que o carro tem os melhores ângulos de ataque e saída da categoria: 19,6° e 29,4°, respectivamente.

Um painel de instrumentos digital de 10,25 polegadas e telas de infoentretenimento de 12,3 polegadas são itens de série no novo Jeep. Ele conta com o Uconnect 5, com Apple CarPlay e Android Auto sem fio de série. Um novo seletor de marchas rotativo libera espaço no console central, uma das muitas áreas onde a Jeep tentou maximizar o armazenamento.

O Jeep Cherokee 2026 estará à venda nos EUA ainda este ano, com as duas versões topo de linha, Limited e Overland, chegando primeiro. Custam lá US$ 44.490 (R$ 243.587) e US$ 47.990 (R$ 262.750), respectivamente. (MAO)