Bom dia, FlatOuters! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa seleção das principais notícias do Brasil e de todo o mundo. Assim você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!
E lembre-se: se você ainda não é assinante do FlatOut considere se tornar um. Além de nos ajudar a manter o site e o nosso canal funcionando, você terá acesso a uma série de matérias e vídeos exclusivos para assinantes – como conteúdos técnicos, histórias de carros e pilotos, avaliações e muito mais!
Mercedes-AMG GT XX bate recordes em Nardò

Quando a Mercedes-Benz desistiu dos motores Wankel nos anos 1970, resolveu que iria aproveitar o seu magnífico supercarro-protótipo C111 para bater recordes com outra forma de “propulsão alternativa”: o diesel.

Por isso aparece em 1978 um novo C111 movido a diesel: o C111 III. Além da carroceria especial com apenas 0,195 de coeficiente de arrasto, vinha com o turbo-diesel de cinco cilindros e 3 litros da marca, produzindo 230 cv. Bateu recordes de velocidade com diesel: 328 km/h em Nardò no mesmo ano, e também um consumo médio de combustível de 6,25 km/l a uma velocidade média de 325 km/h.

Depois decidiu ir mais além; o em 1979 aparece o C111 IV, com um V8 biturbo a gasolina de 4,5 litros e 500 cv. Estabeleceu outro recorde em Nardò, com uma velocidade média de 403,78 km/h.

O Mercedes-AMG GT XX, mostrado em junho passado, tem estilo e missão parecidos com os dos C111 do passado. O estilo (e cor) lembram o carro original, e sendo um elétrico, propagandeia as possibilidades desta forma de propulsão alternativa, como o Wankel e o diesel do passado. Mas é agora um supersedã de 1.340 cv e com coeficiente de arrasto aerodinâmico de 0,198. E a empresa repetiu os anos 1970 também com recordes em Nardò.

Sim: o super sedã estabeleceu um novo recorde de distância para carros elétricos, percorrendo 5.455 km em 24 horas. O protótipo atingiu uma velocidade média de 300 km/h e parou apenas para carga rápida de até 900 kW. Supera o recorde anterior de 3.915 km estabelecido pelo XPeng P7 no início deste mês. Tentativas anteriores de recorde incluem os 3.915 km alcançados pelo Xiaomi YU7 Max e os 3.715 km registrados pelo Mercedes-Benz CLA.

A conquista de 24 horas foi um dos vários novos recordes conquistados pela Mercedes-AMG durante uma extensa campanha de testes de oito dias no circuito de Nardò, com 12,5 km de extensão. Outros recordes quebrados pelo GT XX incluem marcas de resistência de 12, 48, 72, 96, 120, 144 e 168 horas, além de novos recordes de distância para 2.000, 5.000, 10.000, 15.000, 20.000 e 25.000 milhas.

O grande feito da prova toda é também percorrer 40.075 km, a circunferência do planeta Terra, em menos de oito dias (exatamente sete dias, 13 horas, 24 minutos e 7,10 segundos). É uma brincadeira legal com a famosa história de Júlio Verne, onde a volta ao mundo foi em 80 dias.

O recorde foi uma operação de guerra: 100 pessoas, 17 pilotos (entre eles, George Russel), e uma infraestrutura capaz de realizar carregamento a velocidades entre 850 kW e 900 kW. A bateria de célula cilíndrica do GT XX, desenvolvida internamente com a colaboração da divisão de motores de Fórmula 1 da Mercedes-AMG em Brixworth, tem um conjunto de 114 kWh imerso em óleo, utilizando refrigeração líquida direta com 40 litros de líquido de arrefecimento mantidos a temperatura constante.

Afirma-se que essa tecnologia de imersão em óleo proporciona transferência de calor superior em comparação com os sistemas convencionais, mantendo taxas de carga ultra-altas sem degradação e permitindo uma recarga teórica de 400 km em aproximadamente cinco minutos.
Embora capaz de atingir velocidades de até 360 km/h, o ritmo do protótipo da Mercedes-AMG foi definido por informações obtidas em simulações e testes iniciais de reconhecimento. De acordo com essas análises, 300 km/h ofereceu o equilíbrio ideal entre velocidade em pista e paradas para carregamento, proporcionando o tempo total mais rápido, afirma a Mercedes-AMG.

O Mercedes-AMG GT Coupé de 4 portas de produção que herdará o pacote mecânico do GT XX, completo com 1341 cv e 0 a 100 km/h em menos de 2,5 segundos, deve chegar ao mercado como ano/modelo 2027. (MAO)
VW Golf GTI volta ao Brasil

Finalmente, agora é oficial: VW Golf GTI volta ao Brasil. Importado da Alemanha, o amado hatchback-esportivo começa a ser vendido no dia 6 de setembro. O preço ainda não foi revelado, mas espera que seja alguma coisa acima dos R$ 400 mil, mas abaixo dos R$ 500 mil.

A VW diz que o programa de tropicalização está pronto, já que o carro tem lançamento próximo. Ajustes de motor para nosso combustível e emissões, e acertos de suspensão foram necessários. O motor 2.0 turbo virá com 245 cv e 37,7 mkgf. Como sabemos, o carro tem tração dianteira, e um transeixo manual DCT de sete marchas; lá fora o peso declarado é de 1444 kg. A Volkswagen declara uma aceleração de 0-100 km/h em 6,1 segundos.

Aqui no Brasil virá, como é praxe, bem completo, já que é um veículo caro de luxo, e não um hatch de entrada como em outros lugares. Rodas de 18″ e pneus 225/40, grade e logo iluminados, piloto automático adaptativo, ar-condicionado de três zonas, assistente de condução com centralizador de faixas e alerta de ponto-cego, bancos dianteiros com aquecimento, iluminação ambiente com 30 cores, painel de instrumentos em tela de 10,2″, sistema multimídia com tela de 12,9″ com espelhamentos sem fios, teto-solar e sistema de som Harman Kardon.

Para felicidade dos fãs do modelo, o tecido xadrez vermelho nos bancos é equipamento básico; para os hereges há opção de couro preto. A gente queria muito saber qual será a porcentagem de escolha de cada estofamento. Querem fazer um bolão?

A faixa de hatch esporte está realmente cheia de opções aqui no Brasil; não esqueçamos que há também o Honda Civic Type R e o GR Corolla disponíveis aqui no Brasil; ainda que esses dois com desempenho superior e câmbio manual. Também estamos curiosos sobre as vendas dos três.

No final da semana que vem, quando for lançado oficialmente, saberemos o preço; mas já sabemos também quais as cores estarão disponíveis: Branco Puro (sólido), Preto Mythos (metálico), Cinza Moonstone (sólido) e Vermelho Kings (metálico). (MAO)
Infiniti pode fazer sedã esportivo com câmbio manual ao invés de elétrico

Quando os anos 1990 começaram, as marcas japonesas atacaram o mercado de luxo americano: a Toyota com a Lexus, a Honda com a Acura, e a Nissan, com a Infinity. A Lexus foi um sucesso como uma Mercedes-Benz japonesa; a Acura teve menos sucesso, mas conseguiu um espaço como uma opção entusiasta. A Infinity, apesar de como a Lexus ter um sedã V8 sensacional no seu início também, nunca conseguiu se fixar de verdade.

O que você faria, hoje, para fazê-la se destacar? A empresa parece estar pensando bastante nisso, já que as vendas estão muito abaixo das de uma década atrás, e há mais caos e incerteza no setor do que nunca. Parece que a ideia agora será abandonar o futuro elétrico em favor de sedãs esportivos e, para diferenciar-se com algo cada vez mais raro, câmbio manual opcional.
A Infiniti está preparando um Q50 de segunda geração para o mercado americano, que supostamente compartilhará a plataforma com o sedã Skyline do Japão e usará o motor V-6 biturbo de 3,0 litros do Nissan Z. No Z, esse motor produz 400 cv, mas parece que no novo sedã os rurbos serão solicitados a soprar uns 50 cv extras em cima disso. A tração será traseira e vai haver a transmissão manual do Z opcional. Hooray!

O boato, relatado pelo Automotive News, diz também que um Q50 Red Sport de segunda geração vai existir. O vice-presidente da Infiniti Américas, Tiago Castro, disse à AN que o Q50 redesenhado será “inesperado”.
A Infiniti descontinuou o Q50 após o ano-modelo de 2024, deixando a linha com apenas quatro veículos, todos crossovers e SUVs. A Infiniti encerrou seu único cupê, o Q60, em 2022.

A Infiniti planejava substituir o Q50 por um veículo elétrico, mas devido às mudanças nas condições de mercado, agora revê o plano. A previsão é de que ele comece a ser vendido no segundo semestre de 2027. (MAO)
Veloce12 Barchetta é restomod de Ferrari 550 Maranello

Que tipo de pessoa olha para um Ferrari 550 Maranello, ou mesmo a versão sem teto Barchetta Pininfarina, e acha que é comum demais? Aparentemente, esta pergunta é idiota no mundo de hoje, por a resposta é “todo mundo”. Mas ainda acho que vale ser feita, a pergunta, nem que seja para um segundo de autorreflexão antes de apresentarmos isso: um restomod de Ferrari 550 Maranello, conversível.

Não houve 550 Maranello conversível; existiu o Barchetta Pininfarina, que era aberto, sem teto. A 575M teve uma versão “Superamerica”, targa motorizada. Agora, a Touring Superleggera, empresa revivida, mostra esta versão modificada: Veloce12 Barchetta.
Se você lembrou, sim, há um ano Há um ano a Touring Superleggera mostrou o seu Ferrari 550 Maranello restomod, o Veloce12. Esta é a versão aberta. Diferente da “Barchetta” de Pininfarina, o modelo oficial da Ferrari na época, esta tem um teto conversível.

Assim como no Coupé, a potência é fornecida por um V12 de 5,5 litros aspirado com 485 cv e 57 mkgf, o mesmo do 550 Maranello original. O câmbio é manual de seis velocidades, a tração é traseira, e o carro faz o 0-100 km/h em 4,4 segundos, a caminho de 290 km/h.

Basicamente é um 550 Maranello zero km de novo, e neste caso, conversível. A suspensão é recalibrada, há novas rodas e pneus modernos, e freios Brembo maiores. A personalização do interior vai até onde sua imaginação desejar; a cabine revelada durante o Pebble Beach Concours d’Elegance no último fim de semana, é revestida em couro marrom e creme e adornada com interruptores e medidores personalizados. Um luxo danado.

A Touring Superleggera está produzindo 30 exemplares do Veloce12 Coupé, com preço a partir de US$ 758.000 (R$ 4.119.313) nos EUA, excluindo o custo do carro doador. A empresa não divulgou quantos exemplares do Veloce12 Barchetta serão fabricados, nem quanto custará. (MAO)