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O último Nissan GT-R

A gente já está careca de saber que o Nissan GT-R seria descontinuado. Mas a partir de hoje o carro passa a ser algo definitivamente do passado. Sim, o último GT-R R35 foi fabricado, e depois dele, nada.
Após 18 anos de produção, e cerca de 48.000 unidades produzidas em Tochigi desde 2007, é o fim de Godzilla, o carro que a Nissan chama de GT-R R35. O último exemplar é uma edição Premium T-Spec na cor Midnight Purple, destinada a um cliente no Japão.

O R35 em muitas formas é um avatar do mundo de hoje, quase 20 anos atrás. É um carro que usava tecnologia em conjunção com pneus grandes modernos, para ser extremamente veloz em toda situação; pesado, potente, com tração nas quatro rodas e com transmissão automática DCT, fez o Nurburgring Nordschleife em 7:38,54 minutos, em condições pouco favoráveis de pista úmida, antes do lançamento.
O carro era tão inacreditavelmente rápido que a Porsche acusou a Nissan de exagerar o desempenho do carro, dizendo que conduziu um teste de um GT-R e registrou um tempo mais lento de 7:54 minutos; a Nissan riu, disse que os pilotos da Porsche eram fracos, e prontamente cravou 7:29,03 minutos em outra tentativa. Uma lenda imediatamente se formou.

Foi um dos primeiros caros esporte no esquema atual; o desempenho é via motor forte e o peso alto, junto com pneus modernos, ajuda sobremaneira no grip, o que faz carros muito velozes de verdade, em toda situação. Sim, em pista o peso destrói pneus e freios e quando ele finalmente derrapa, é uma catástrofe a velocidades inigualáveis. Mas um pouco desse último problema é mitigado com controles eletrônicos de estabilidade. De qualquer forma, o GT-R R35 é a definição do produto revolucionário e visionário: mudou o mundo do carro esporte. Goste ou não, é o que ele fez.
O R35 sempre teve o mesmo motor: o sensacional V6 “VQ” da Nissan, em sua versão mais extrema, chamada “VR”. Feito à mão com cuidado, este V6 sensacional tem 3,8 litros, e dois turbos. Foi colocado à venda pela primeira vez com 471 cv; o último GT-R Nismo tinha 600 cv. Também sempre teve o mesmo chassi: transeixo traseiro e tração nas quatro rodas. Embora o design possa não ter mudado muito ao longo de sua vida, o carro evoluiu mecanicamente, claro. Também virou, no fim, em exclusivo e caríssimo supercarro feito em poucas unidades.

Novas regulamentações europeias sobre ruído forçaram a Nissan a retirar o GT-R do mercado em julho de 2021. Padrões mais rigorosos para impactos laterais na Austrália acabaram com o supercarro naquele continente em novembro de 2021. Claro: o GT-R é um carro de quase 20 anos de idade. O mundo mudou muito desde que o R35 apareceu em 2007; era por exemplo incrivelmente pesado então; hoje 1700 kg não espantam ninguém. Agora no Japão, onde ainda estava disponível, acaba também.

A Nissan diz que esta é apenas uma despedida temporária. O CEO e presidente Ivan Espinosa garante aos entusiastas que o Godzilla ressurgirá: “Aos muitos fãs do GT-R em todo o mundo, quero dizer que esta não é uma despedida definitiva do GT-R; nosso objetivo é que o nome GT-R retorne um dia.” Antes, o novo GT-R seria elétrico; mas não apostaríamos nisso, hoje em 2025. Vamos ter que esperar para ver. (MAO)
SP2 ganha etapa brasileira do Hot Wheels Legends

Thiago Marco Baptista Pereira Araújo dos Santos foi o grande vencedor do torneio mais comprido nome de um dono de SP2 na história 5º Hot Wheels Legends Brasil, que aconteceu no último sábado, dia 23 de agosto, em São Paulo. Com seu VW SP2 1974, Thiago irá agora disputar a final regional para América Latina, concorrendo com candidatos do Chile, Colômbia, Peru e México, que acontecerá em novembro.

“Este carro está na família há mais de 30 anos e ficou parado por um bom tempo. Então tivemos a ideia de transformá-lo neste modelo que ele é hoje. Foi um trabalho artesanal muito suado, especialmente por ele manter detalhes originais e elaborarmos a parte mecânica. Então, vencer o Hot Wheels Legends Brasil, em meio a tantos carros incríveis, é um sonho sendo realizado”, comemora Orlando Cunha, representante enviado pelo proprietário do carro vencedor Thiago Marco.

O concurso, claro, preza não veículos originais, e sim carros extremos; afinal de contas o objetivo finar é virar um Hot Wheels. O SP2, raro e exótico para os americanos, e ainda por cima modificado de forma radical, tem grandes chances aqui.

Se passar pela final regional América Latina, o VW SP2 1974 de Thiago irá disputar o título de próxima lenda Hot Wheels na final global do concurso. O grande vencedor da final global será imortalizado com uma miniatura oficial em escala 1:64 da marca.

Olhando a fauna que aparece nesses encontros, o SP2 do Thiago nem parece tão radical: além das rodas e da frente preta, parece um SP2 normal; mas atrás há um escapamento 4×1 que se estende até o bairro vizinho, e um motor VW preparado. No interior, bancos e volante esportivo, mas o carro é até discreto para os padrões do concurso. O que não é ruim. Parabéns ao Thiago Marco Baptista Pereira Araújo dos Santos e as oficinas que participaram do projeto, e boa sorte em representar o Brasil na próxima etapa do concurso. (MAO)
O Mercedes-Benz 190E 2.3-16 de Senna

Aqui no FlatOut gostamos muito do Mercedes-Benz 190E; mesmo as versões mais simples, desde que com câmbio manual, são uma delícia de dirigir. A versão esportiva 2.3-16 é o ápice do carro: um cabeçote DOHC 16v desenvolvido para competição pela Cosworth, chassis ainda mais focado. A única coisa ruim nele é o trambulador: diferente do 190E normal, a caixa com primeira dogleg é menos satisfatória subjetivamente; a alavanca parece uma colher num balde. Nada é perfeito, né?
Tembém tem um pedigree impecável, o 190E 2.3-16. Mesmo no início, antes de ser multicampeão no DTM: ontem mesmo falamos dos recordes de velocidade em longas distâncias que ele bateu em Nardo na Itália, antes mesmo de ser posto à venda.

Mas tem mais: em maio de 1984, o jovem Senna, então estreando na Fórmula 1 com um Toleman, foi convidado pela Mercedes para participar de uma corrida comemorativa para marcar a inauguração do novo circuito de Nürburgring GP-Strecke. Na largada estavam 20 dos maiores nomes do automobilismo da época, incluindo Niki Lauda, Alain Prost e Carlos Reutemann. Todos corriam no novo 190 E 2.3-16, carros idênticos. Senna surpreendeu o mundo: largando em terceiro, ele superou Lauda e Prost, ganhando a corrida!

Pois bem, nosso herói decide, depois dessa corrida, que queria um desses carros para seu uso no dia-a-dia. Senna encomendou seu 190E 2.3-16 diretamente da fábrica em 1985. Ele o pegou em Stuttgart com seu amigo Mauricio Gugelmin, dirigindo-o até sua residência em Esher, Inglaterra. Senna o dirigiu por dois anos, acumulando pouco menos de 45.000 quilômetros, antes de vendê-lo em 1987, na expectativa de se mudar para Mônaco e ingressar na McLaren.

Agora, você tem a chance de comprar exatamente este carro. Será a estrela de um leilão da RM Sotheby’s em Londres, em novembro. O carro é na cor Smoke Silver Metallic e interior em couro preto, e possui a documentação original, certificando a compra de Senna. Tem direção no lado direito, claro; Senna morava na Inglaterra, lembre-se.

Vem com a nota fiscal de fábrica, documentos de registro e recibos de imposto em seu nome. O valor estimado é entre € 255.000 e € 290.000 (em torno de 1,8 milhão de reais). Caríssimo, mas parece difícil encontrar algo com um pedigree tão perfeito. Mais que um carro, virou uma relíquia sagrada da religião que se forma em volta do piloto. (MAO)
Cadillac confirma Perez e Bottas como dupla na F1

A Cadillac confirmou nesta segunda-feira seus dois pilotos para a estreia na Fórmula 1 em 2026: Sergio Pérez e Valtteri Bottas. A nova equipe será a 11ª do grid, fruto da parceria da General Motors com a TWG Motorsports, e terá como chefe esportivo Graeme Lowdon, ex-Marussia.
O time optou por experiência: juntos, Pérez e Bottas somam 527 largadas e 16 vitórias na categoria. O mexicano chega após encerrar sua passagem pela Red Bull no fim de 2024, onde foi peça importante nas conquistas do Mundial de Construtores em 2022 e 2023. Já Bottas reassume um cockpit depois de atuar como reserva da Mercedes nesta temporada, função que assumiu após sua saída da Sauber no fim do ano passado.

A Cadillac vê na dupla bagagem suficiente para ajudar a moldar uma equipe do zero e torná-la competitiva. Pérez destacou que o projeto é “uma oportunidade de construir algo que, com o tempo, poderá brigar na frente”, enquanto Bottas ressaltou que é raro ter a chance de participar da criação de uma nova equipe na F1 — a última vez que isso aconteceu foi em 2010 quando Manor/Virgin, HRT e Caterham/Lotus entraram em cena.
Além da aposta esportiva, a presença da Cadillac marca um movimento estratégico da GM, que vê na Fórmula 1 uma vitrine global e uma forma de reforçar sua tradição no automobilismo — que anda meio esquecida, apesar do Corvette e da Cadillac trazerem resultados consistentes no endurance nos últimos anos. A expectativa é que a equipe seja um ponto de referência para o público americano — e, com dois veteranos no comando, que chegue ao grid já com consistência. (Leo Contesini)
Corvette Z06 e ZR1 podem pegar fogo

A Chevrolet acaba de emitir um recall para as variantes Z06 e ZR1 do Corvette C8, todas equipadas com o V8 Gemini de virabrequim plano. O problema é realmente sério: um vazamento de combustível durante abastecimento que aumenta o risco de incêndio. Uma googlada a respeito disso vai retornar imagens terríveis de carros queimados em postos de gasolina nos EUA.
Documentos de recall da NHTSA obtidos pelo CorvetteBlogger indicam que todos os modelos Chevrolet Corvette Z06 2023-2025 e Chevrolet Corvette ZR1 2025-2026 estão incluídos no recall. Um porta-voz da General Motors confirmou o recall e disse à Road & Track que ele se concentra no “problema de vazamento excessivo de combustível durante o reabastecimento”. O ZR1X ainda não chegou nas lojas; ainda bem, pois certamente estaria no rolo também.
O problema gerou uma ordem dde “Stop Sale”, parada de vendas dos carros até segunda ordem. Isso significa que qualquer estoque de Corvette atualmente nas concessionárias não será movimentado até que o problema seja resolvido, e a GM ainda não anunciou uma solução comprovada.

O documento de recall afirma que a GM está planejando instalar uma proteção para desviar o combustível derramado de potenciais fontes de ignição. A posição do bocal de abastecimento, atrás junto ao motor, gerou especulações: carros assim, como Ferraris e McLarens parecem ter mais acidentes deste tipo. O Porsche 911 abastece na frente, longe do motor, e os Corvettes antigos de motor dianteiro abastecem atrás, também longe do motor. Mas isso, claro, é só especulação.
Ainda assim, aposto e ganho que a próxima geração do Corvette, se manter o motor traseiro, vai ter tanque na frente, longe do motor. Melhor garantir, né? (MAO)