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Zero a 300

Um Mercedes do futuro | o Corolla do futuro | um novo VW Taos e mais!

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Volkswagen muda o Taos para recuperar o espaço (e o tempo) perdido

O Volkswagen Taos talvez tenha sido o maior erro estratégico de uma grande fabricante nos últimos anos. É por causa dele que a Volkswagen não tem uma picape média monobloco, e teve de estender a produção da Saveiro até hoje. Ele foi criado para substituir o Tiguan Allspace de cinco lugares, com motor 1.4 TSi, que foi uma solução provisória da Volkswagen para entregar algo que pudesse fazer frente ao Compass. Provisória, porque o Tiguan é um carro mais caro de fabricar que o Taos — ele é feito sobre a derivação A2 da plataforma MQB, enquanto o Taos seria desenvolvido a partir da variação de entrada da plataforma, a A1.

Mas… como diz o ditado, o povo não é bobo. Quando a Volkswagen trocou o Tiguan pelo Taos, ficou claro que aquele era um downgrade. O modelo nunca emplacou como o esperado. Pior: seu desenvolvimento custou o atraso no desenvolvimento da picape monobloco da marca — que chegou a ser mostrada na forma do conceito Tarok no Salão do Automóvel de 2018, mas, como nos contou uma fonte interna na época do fim da produção do Gol, só vai conseguir chegar ao mercado em 2027.

Por sorte, a Volkswagen acertou em cheio com o T-Cross e, principalmente, com o Nivus, o que lhe dá uma base para reestruturar a linha de modelos para os próximos anos. Enquanto isso, o Taos passa de solução a um novo improviso: ele acaba de receber um facelift igual ao que já havíamos visto lá fora, com a missão de recuperar o espaço e o tempo perdidos. É um momento diferente do mercado — o Compass está envelhecido, embora ainda seja o queridinho do mercado junto do Corolla Cross. Os chineses estão ocupando cada espaço deixado pela concorrência. O Taos estava encolhendo — vendeu só 11.000 unidades em nove meses — menos de 1.300 carros por mês, que o coloca na 47ª posição no ranking de vendas de 2025.

A mudança faz ele parecer um carro novo, embora seja um mero facelift (que me remeteu ao último facelift do Fiesta “Rocam”). A base é a mesma, o motor é o mesmo, e o câmbio também. Mas a dianteira foi redesenhada com faróis mais finos e grade mais alta, com tomadas de ar maiores no para-choques — é o mesmo estilo de design do Tera e da nova geração de produtos da Volkswagen. Na traseira, aquela barra de LED que liga as lanternas agora ilumina também o logotipo da Volkswagen, um detalhe de gosto questionável, assim como aquelas grades iluminadas que a marca vem usando em seus carros novos.

O interior melhorou. No lançamento foi ele que passou a sensação de downgrade do Taos em relação ao Tiguan, mas agora ele tem novos revestimentos e um novo sistema multimídia de 10,1 polegadas com tela “flutuante”, como no T-Cross e no Nivus. O volante volta a ter botões físicos, marcando o retorno da lucidez dos fabricantes, e os bancos, portas e painel recebem novos acabamentos com costuras contrastantes. Na versão Highline, há um novo pacote que inclui áudio com subwoofer e teto solar panorâmico.

De série, o Taos 2026 mantém seis airbags, controle de estabilidade, alerta de colisão com frenagem automática, cruise control adaptativo e o sistema Travel Assist, que mantém o carro centralizado na faixa e ajusta a velocidade conforme o tráfego. As versões Comfortline e Highline continuam sendo as únicas disponíveis, com preços ainda não divulgados — mas, considerando os valores atuais de R$ 206.990 e R$ 231.990, é seguro dizer que virão reajustados. A meta da Volkswagen é ambiciosa: dobrar o volume de vendas, saltando de 1.200 unidades mensais para algo perto de 2.000. Será suficiente, ou a primeira impressão vai mesmo permanecer e assombrar o Taos até o fim de sua história?


Audi terá um rival para o Mercedes Classe G

A história começou em 2023. O então chefe de design da Audi, Marc Lichte, deu a entender que havia espaço para “um terceiro competidor” no segmento ocupado por Mercedes G-Wagen e Land Rover Defender. Ele tinha razão: Mercedes e Land Rover vendem tudo o que produzem e são lucrativos. Lichte, contudo, deixou a marca logo depois. Quem assumiu seu lugar? Massimo Frascella — o mesmo designer que projetou o atual Land Rover Defender. Coincidência?

Claro que não. Segundo o pessoal da Autocar, a Audi está preparando um SUV que ainda não tem nome, mas internamente é tratado como o “G-Class killer”. E mais: ele será o carro que vai coroar a nova fase da marca, um laboratório sobre rodas que deve antecipar as linhas e tecnologias dos próximos Audi. “Fiquem atentos”, disse Gernot Döllner, CEO da Audi, à revista — o tipo de frase que todo executivo usa quando quer colocar o projeto em pauta na mídia.

O curioso é que esse projeto surge justamente quando a Audi promete simplificar sua linha e cortar excessos. Mas o próprio Döllner explicou que isso faz parte da estratégia — do grego stratēgía. “Ter uma linha de produtos focada, mas com modelos de nicho para mostrar tecnologia e fortalecer a marca é o equilíbrio ideal”, disse. Traduzindo: é um carro caro que vai vender pouco, mas vai ser lucrativo e vai ser falado.

Os rumores apontam que esse novo SUV pode compartilhar plataforma com os modelos da Scout — a nova marca do Grupo Volkswagen que vai fabricar SUVs e picapes elétricos inspirados na velha International Harvester Scout, lá nos EUA. E não por acaso: o grupo já estuda produzir o novo Audi no mesmo complexo da Scout, nos EUA, para fugir das tarifas de importação e aproveitar o gosto (e o bolso) americano por utilitários grandes, quadrados e caros.


Mercedes faz um carro dos anos 1930 para os anos 2030

A Mercedes finalmente abandonou o visual de balada chinesa dos seus carros mais recentes e resolveu olhar para seu próprio passado em seu mais novo conceito, o Vision Iconic Concept. O modelo é uma clara referência a carros art dèco dos anos 1930, como o SSK Count Trossi, porém planejado para os anos 2030. Uma viagem de 100 anos que, curiosamente, resultou no melhor mercedes dos últimos tempos, ainda que seja apenas um conceito.

O design bebe direto da “era dourada do automóvel”. O capô longo, as laterais com os respiros tipo “brânquias” e a traseira curvada remetem a clássicos como os SSK e até mesmo o 300SLR — embora a grade, batizada pela marca como “Iconic Grille” seja mais próxima do primeiro.

Por dentro, o Vision Iconic tem um bom e velho volante circular (algo raro nos conceitos modernos), com quatro raios em X, também como o SSK. O painel é transparente e tem forma elíptica como os carros dos anos 1930. Os instrumentos são projetados nesse painel elíptico, e imitam mecanismos de relógios de luxo — um deles, aliás, serve como assistente de IA. O banco único é forrado em veludo azul e o piso tem marchetaria.

Apesar da nostalgia, o carro promete condução autônoma de nível 4 e um sistema de “computação neuromórfica”, que imita o funcionamento do cérebro humano e, segundo a marca, gasta 90% menos energia que os sistemas atuais. Há ainda direção “by wire” nas quatro rodas e uma pintura solar capaz de gerar até 12.000 km de autonomia por ano só com luz do sol — e sem limitar a cor da carroceria.

Claro, isso tudo no papel, porque o conceito não está nem perto de ser real (ele é um modelo renderizado, se não está óbvio) e também não há confirmação de que o Vision Iconic vá virar um modelo de produção. Apesar disso, a Mercedes registrou recentemente novos cupês de duas portas com as marcas AMG e Maybach. Além disso, o atual Classe S já está em seu quinto ano de mercado, e as gerações da Mercedes não costumam durar muito mais que sete anos. Quem sabe o novo Mercedes Sonderklasse não traz ao menos alguns elementos estéticos desse conceito? Ou mesmo um novo Maybach Excelero, agora de forma oficial.


Acredite: isto é um Toyota Corolla segundo a própria Toyota

Quem também está reinventando um ícone é a Toyota. A marca irá levar ao Salão de Mobilidade do Japão 2025, a um novo conceito com o nome Corolla, mas com formas e proporções que rompem completamente com tudo o que o reconhecemos do sedã nos últimos 10 ou 15 anos.

O carro, mostrado de forma parcial na campanha “To You, Toyota”, é um sedã elétrico futurista, claramente inspirado na nova geração do Prius, sem uma grade convencional e com faróis de LED ocupando toda a largura da dianteira, criando o que a marca chama de uma evolução do visual “hammerhead”.

Visto de lado, o conceito mantém a silhueta de um quatro-portas, mas com volumes limpos. As portas parecem convencionais, mas os vincos e a linha de janelas descendente dão um ar quase de cupê. Há uma tomada de carga disfarçada no para-lama dianteiro e um pequeno duto na base do para-brisa, enquanto a traseira é definida por um spoiler integrado e lanternas horizontais com iluminação pixelada. O nome “Corolla” aparece grafado na traseira em letras grandes para que a gente entenda que isso é mesmo um Corolla, apesar de não parecer.


Dakota começa a ser produzida na Argentina

A Ram Dakota começou a sair da linha de produção em Córdoba, na Argentina, com o motor 2.2 turbodiesel de 200 cv e 45,96 kgfm — o mesmo da Rampage —, combinado ao câmbio automático de oito marchas e tração 4×4 com reduzida. O modelo, como já dissemos anteriormente, chega para brigar com Toyota Hilux, Ford Ranger e Chevrolet S10 e, embora use a mesma base da Fiat Titano (que parece existir somente no catálogo da marca, considerando a não-presença dela nas ruas), tem mais potencial que a irmã por ter a identidade da Ram, o que certamente pesa na hora da venda.

O visual é próximo do que vimos há alguns dias, quando pedi à IA para remover a “escuridão” dos teasers. Faróis delgados, com LEDs integrados, grade robusta e lanternas traseiras novas com o logotipo em relevo. Roda diamantada de 17 polegadas e estribos laterais completam o visual. A caçamba leva 1.200 litros e ainda puxa até 3,5 toneladas.

Dentro, a Dakota tenta impressionar: painel digital e central multimídia de 12,3 polegadas, bancos de couro, carregador por indução, conectividade sem fio e recursos de condução semiautônoma. A cabine lembra a Changan Hunter, mas com a identidade da Ram.

Quanto ao preço, Juliano Machado, VP da marca na América do Sul dá uma pista: “Estamos entrando numa faixa do segmento com pouca concorrência”. No Brasil, a Dakota deve chegar em fevereiro de 2026, partindo de R$ 270.000.