Bom dia, FlatOuters! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa seleção das principais notícias do Brasil e de todo o mundo. Assim você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!
O Zero a 300 é uma matéria aberta, patrocinada pelos assinantes do FlatOut. Sua assinatura, além de garantir nossa linha independente e a produção do canal do YT, também te garante acesso a todo o nosso acervo de matérias, guias de compra, vídeos exclusivos, descontos de parceiros e acesso ao grupo secreto, com eventos exclusivos.
O novo Nissan brasileiro

Deixa ver se eu entendi. O Kicks vendia bem, mesmo ficando velho, pois tinha preço competitivo. Aí a Nissan lançou aqui um novo Kicks, maior, mais moderno, mais bonitão, mas também mais caro. Então o Kicks velho continuou em produção; vende hoje na mesma loja, junto com o Kicks novo, agora chamado Kicks Play. Aí então um novo-velho Kicks (significando aqui barato) vai ser lançado com o nome de “Kait”. É isso?
Parece que sim. Afinal de contas, o novo CEO Global da Nissan, Ivan Espinosa, anunciou que o Nissan Kait será o terceiro SUV nacional da marca. Espinosa disse também que “o Nissan Kait irá completar a linha Kicks”. Entendi, mas ainda acho uma história meio confusa, essa. Não? Não era melhor ter dado um novo nome para o novo-Kicks? Enfim…

A confirmação do nome aconteceu durante conversa com jornalistas no Japan Mobility Show, antigo Salão do Automóvel de Tóquio. O início de produção está previsto ainda para este ano na fábrica de Resende (RJ). A empresa revelou também a imagem que abre esta nota, que revela na verdade só o que já estava revelado: o nome.
O modelo chega para disputar espaço em um dos segmentos mais concorridos do mercado: o dos hatchbacks baratos atingidos pelo raio suvizador. Sim, eles mesmos: Fiat Pulse, Volkswagen Tera e Renault Kardian. O velho Kicks, agora renomeado Kicks Play, deve ser descontinuado, apesar de não haver ainda confirmação oficial disso. Claro, né?

O Nissan Kait é o segundo SUV do plano de investimentos de R$ 2,8 bilhões que a marca está realizando no Brasil. Desenvolvido para o público local, o modelo também será exportado para mais de 20 países. O primeiro fruto desse ciclo foi, claro, o novo Nissan Kicks, lançado no mercado brasileiro em julho deste ano. (MAO)
O novo motor Jeep quatro em linha, no novo Cherokee

A Stellantis apresentou um novo motor turbo de quatro cilindros, uma nova versão do motor usado aqui em Compass e Rampages. Chamado Hurricane 4 Turbo, é um dos primeiros motores produzidos em massa a utilizar um sistema de ignição por jato turbulento passivo (TJI). Com dois litros apenas, ele entrega 328 cv e incríveis 46,6 mkgf de torque. A Stellantis afirma que 90% deste torque está num patamar entre 2.600 e 5.600 rpm, com 100% disponível entre 3.000 e 4.500 rpm. Barrabás.
O sistema TJI utiliza uma pequena pré-câmara em forma de copo no topo de cada cilindro para iniciar a ignição. Uma vez aceso, o combustível em combustão se expande para a câmara de combustão principal, onde ocorre uma queima mais rápida e completa. A Stellantis afirma que o motor consome 10% menos combustível, produzindo 20% mais potência do que o atual motor de quatro cilindros de 2.0 litros da marca.

O motor — com bloco, cárter e cabeçote em alumínio — utiliza injeção de combustível direta e indireta, possui duas velas de ignição por cilindro e um turbocompressor de geometria variável que gera até 35 psi de pressão. A taxa de compressão é de 12:1, funcionando com gasolina comum de 87 octanas. O intercooler é ar-líquido, e há eixo contra rotativo para fazê-lo suave como um seis em linha.

O motor pretende substituir o V6 aspirado da empresa, com vantagens de potência e economia. Fará sua estreia no Grand Cherokee reestilizado para 2026, que chegará ao mercado ainda este ano. Ele virá com uma grade redesenhada, faróis remodelados e para-choques dianteiro e traseiro modificados. No interior, o Grand Cherokee recebe uma tela de infoentretenimento maior de 12,3 polegadas com uma tela opcional de 10,3 polegadas para o passageiro.

Um quatro em linha turbo pode substituir um seis cilindros aspirado? Depende; nesta aplicação, e sem experimentar, vamos chutar que sim. O Cherokee não é exatamente um carro esporte, e sim uma perua familiar de luxo com capacidade off road; olhando a ficha técnica o quatro em linha turbo parece um progresso. A confirmar, claro, quando experimentarmos o carro. (MAO)
Toyota também sabe fazer FJ60 restomod!

O mercado de restomod de velhos Toyota Land Cruiser nos EUA é um realmente notável; os carros, sejam eles de geração FJ40 (o nosso Bandeirante) ou do famoso FJ60 dos anos 1980, é grande e variado. Mas quase invariavelmente, esses restomods ganham motores GM, os V8 da família LS na maioria das vezes.

A Toyota resolveu fazer algo diferente então, para mostrar o que é possível. Criou, para o SEMA Show deste ano, um Land Cruiser FJ60 com a moderna motorização Toyota. Ao invés do seis em linha aspirado do carro original, a Toyota instalou um motor V6 biturbo de 3.4 litros moderno. Este motor normalmente equipa a Toyota Tundra.

São nada menos que 395 cv, e 66 mkgf de torque. Os engenheiros da própria divisão de automobilismo da Toyota, a Motorsports Garage, criaram uma carcaça de embreagem para que o novo V6 pudesse ser acoplado à transmissão manual original de cinco marchas do FJ60. Para que tudo se encaixasse perfeitamente, o cárter foi modificado, e um novo escapamento sob medida foi criado, claro.

A Toyota também deu a este FJ60 um toque especial em termos de estilo e capacidade off-road. Ele está mais alto graças à suspensão elevada em 1,5 polegadas e aos pneus de 35 polegadas. A pintura prateada é uma reprodução de uma cor da Toyota de 1986. Há um emblema “turbo” na traseira. Enquanto isso, o som na cabine é aprimorado por um moderno sistema de áudio JBL.

Basicamente é um restomod de Toyota Land Cruiser FJ60, mas feito sem olhar o dinheiro. Pois há um motivo para todos usarem o V8 LS da Chevrolet: é mais leve, barato, e potente que o novo V6 turbo, com certeza. Mas não é um motor Toyota; para quem acha sacrilégio um motor de marca diferente do carro original, uma diferença crucial. (MAO)
A nova Triumph Trident 800 2026

É fácil imaginar que a nova Triumph Trident 800 2026 seja apenas uma versão de maior cilindrada da Trident 660 já existente. Mas não: é uma nova moto, diz a marca inglesa. E muita gente já está dizendo que pode ser o melhor equilíbrio entre desempenho, preço e praticidade de toda a linha da empresa.

Como no ano passado a Triumph criou a Tiger Sport 800 como complemento à Tiger Sport 660, a nova Trident não é lá uma surpresa. A Triumph diz que os seus concorrentes são a Yamaha MT-09 e a Kawasaki Z900; mas não fala nada da Street Triple 765R, que parece próxima também…
O motor é o tricilíndrico de 798 cm³ da Triumph, que estreou na Tiger Sport 800. Baseado no motor da Trident 660, mede 78 x 55,7 mm, 33 cm³maior que o da Street Triple. A potência da Trident 800, porém, é 40% maior em comparação com a moto menor, graças a outras alterações, incluindo uma taxa de compressão mais alta (13,2:1 em vez de 12:1) e um sistema de admissão e escape completamente diferente. Enquanto a Trident 660 possui um coletor de admissão que conecta todos os três cilindros a um único corpo de borboleta, a Trident 800 tem três corpos de borboleta individuais.

O escape é novo, com um silenciador no lado direito em vez do design sob o motor da 660, e internamente o motor possui um novo virabrequim e pistões para proporcionar a maior capacidade, juntamente com alterações nos comandos de válvulas, bielas e eixo balanceador. O resultado é uma potência declarada de 113 cv a 10.750 rpm, apenas 5 cv a menos que a Street Triple 765 R, e muito superior aos 81 cv da Trident 660.

A suspensão dianteira é uma unidade Showa SFF-BP invertida de 41 mm, com ajuste de compressão e retorno, recursos ausentes na versão 660. O amortecedor traseiro Showa também recebe ajuste de retorno, além do ajuste de pré-carga já existente. A Trident 800 também apresenta uma seção traseira redesenhada, incluindo um banco bipartido com novo design na carenagem traseira, em vez da peça única da 660.
Os freios também foram aprimorados, com a 800 recebendo pinças radiais duplas de quatro pistões em vez das pinças axiais de dois pistões da Trident 660. Há também uma unidade de medição inercial que monitora inclinação, rolagem e guinada para fornecer à Trident 800 ABS e controle de tração em curvas.

A moto tem entre-eixos de 1400 mm, e as rodas de alumínio são calçadas com pneus 120/70-R17 na frente, e 180/55-R17 atrás; a altura do selim é de 813 mm. A moto pesa 198 kg, com todos os fluidos. Preço e disponibilidade ainda não foram divulgados. (MAO)


