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Lançamentos Salão de Genebra 2016

Esta é a Amarok V8 turbodiesel que a Volkswagen deveria ter feito

A Volkswagen Amarok é uma boa picape, isto não é segredo para ninguém: bonita, tem boa mecânica e é tão robusta quanto as líderes do mercado. No entanto, o segmento que é liderado pela veterana Toyota Hilux e traz nomes como Chevrolet S10, Mitsubishi L200 e Nissan Frontier é um terreno naturalmente complicado para uma picape alemã.

Sabe o que poderia mudar isto? Um motor V8, escutem bem o que estamos falando. Com um V8 debaixo do capô, ao melhor estilo americano, certamente todo mundo iria querer uma Amarok. Claro que, com um V8 debaixo do capô, ela ficaria bem mais cara e iria para outra categoria mas, bom… isto é só um detalhe, não?

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Falando sério, agora: foi exatamente uma Amarok com motor V8 que a preparadora alemã MTM anunciou como sua atração para o Salão de Genebra, que começa nesta semana em… Genebra, na Suíça, obviamente. Pois é — não só de super sedãs vivem as preparadoras alemãs, viu?

Agora, como estamos falando de uma Volkswagen e não de uma Chevrolet, Ford ou Dodge, o motor não tem muito a ver com os clássicos V8 americanos com comando no bloco e lenta embaralhada. Trata-se de um V8 a diesel TDI de 4,2 litros — o mesmo usado por alguns modelos do Grupo VW, como o Audi A8, o Volkswagen Touareg e o Porsche Cayenne. Os motores V8 TDI não são vistos como esportivos, mas são muito bons para cruzar uma Autobahn a quase 250 km/h sem gastar muito combustível — e ouvindo um ronco bem agradável ao fundo.

É o que a gente chamaria de “gosto adquirido”

Então, de certa forma, até que esta Amarok tem motor de super sedã. Mas seu apelo é outro, tanto que a preparadora MTM a batizou como Amarok Passion Desert. Dá para entender a razão para a escolha só de olhar a cor de areia da carroceria, não é?

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Sim, a Amarok Passion Desert parece realmente apaixonada pelo deserto, mas não é só por causa da pintura fosca. Os para-lamas foram alargados com peças preto-fosco, os faróis receberam máscara negra e faixas de LEDs, a grade e os emblemas forma todos escurecidos e os costumeiros acessórios off-road como estribos e santantônio estão presentes.

A suspensão também foi elevada, e as rodas BBS de 20×10 polegadas foram calçadas com pneus de uso fora-de-estrada da Cooper de medidas 305/50. Atrás delas, freios a disco Brembo de 405 mm de diâmetro na dianteira e 356 mm de diâmetro na traseira.

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O que importa mesmo, porém, é o motor. No Audi A8, são 350 cv a 4.000 rpm, com 81,6 mkgf de torque entre 1.750 rpm e 2.750 rpm — suficientes para ir até os 100 km/h em 5,5 segundos. Já na Amarok Passion Desert, são 410 cv e impressionantes 94,6 mkgf de torque entre 2.000 e 3.000 rpm. A força é moderada por uma caixa Tiptronic de oito marchas.

Assim, a Amarok preparada é capaz de chegar aos 100 km/h em seis segundos, com velocidade máxima declarada de 240 km/h. A ideia, aparentemente, é transformar a Amarok em uma rival para a Ford F-150 SVT Raptor, que tem um V8 de 6,2 litros supercharged de 450 cv.

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No entanto, ao melhor estilo alemão, a Amarok Passion Desert encara tudo de uma forma mais urbana e refinada. O interior, por exemplo, usa uma bela combinação de Alcantara cinza e laranja, com direito a padrão de costura “matelassê” nos estofamentos.

O detalhe é que não se trata de um simples conceito: a MTM vai usar o Salão de Genebra para lançar as modificações em um pacote que vai custar, na Alemanha, €200 mil — o equivalente a cerca de R$ 865 mil em conversão direta. Ah, e você ainda precisa levar a sua Amarok para fazer a conversão.