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Ford confirma o fim do Fiesta, do S-max e do Galaxy na Europa.
A Ford confirmou oficialmente a notícia que demos ainda ontem, do fim iminente do Fiesta. O carro será descontinuado em junho de 2023. Em seu lugar, ficará uma versão elétrica do Ford Puma. O que é o Puma? Um SUV pequeno, claro. Um vídeo de despedida foi lançado para marcar o evento.
Mas não foi só isso: a empresa diz que passará pela maior transformação de sua história. Inclui o reposicionamento no mercado como uma marca mais “aventureira”. Significa também o fim de suas minivans. Lembra delas? Aqueles carros que eram grandes por um motivo lógico, o de carregar mais gente e carga que um carro normal? A Ford tem dois modelos a venda que estão prontos para serem defenestrados: o S-Max e o Galaxy. O ano de 2023 será o último de ambos.
O fim dessas vans é pelo pecado de não terem rodas grandes o suficiente para ocuparem toda lateral do carro, molduras pretas nos arcos de rodas, e um capô mais pronunciado: o código de desenho do SUV. Este gosto atual por esses três detalhes visuais coletivamente chamados de SUV pode parecer maluquice, mas na verdade é apenas reflexo da estética atual em voga; e uma que é alegremente cultivada pela indústria por motivos óbvios.
O Ford Galaxy foi lançado na Europa em 1996, produto de joint venture entre a Ford e a Volkswagen (Sharan e SEAT Alhambra). A segunda geração, baseada no Mondeo e sem a VW, veio em 2006. Mais de 820 mil Galaxys foram vendidos na Europa. O S-max, mais “esportivo”, veio em 2006 também; aproximadamente meio milhão deles foram vendidos desde então.
Com isso, o maior automóvel da Ford passará a ser o Kuga, que para surpresa de ninguém, é um SUV. O Mondeo acabou desde o início deste ano. A lista de falecimentos nesta nova fase da indústria europeia em preparação para a singularidade elétrica não para de crescer. (MAO)
Veja a nova “ELECTRIKHANA” de Ken Block
A nova série de vídeos do stuntman-drifter-youtuber-influencer-esporadicamente piloto de rali Ken Block é chamada de ELECTRIKHANA, uma assim não muito sutil junção de sua série anterior, Gymkhana, com… bem, eletricidade?
Para quem passou os últimos 50 anos numa viagem até Urano, os vídeos de Block são eventos midiáticos youtúbicos famosos, onde ele destrói milhares de pneus e carros numa cidade ou locação fechada para tal, de forma que pareça um passeio maluco feito de uma só vez, com 4 pneus girando em falso, muita fumaça, e impossivelmente loucas manobras diversas. É visualmente incrível, e a violência do carro e das manobras fazia um contraponto muito legal à precisão com que elas eram realizadas.
Sempre gostei de assistí-las. Então esta nova Electrikhana, que acontece em Las Vegas, agora em parceria com a Audi (no lugar de seu parceiro anterior, a Ford), é um evento que requer nossa atenção, como todos os anteriores. Promete um sensacional espetáculo, e um impossível de não se parar para assistir.
Começa mostrando um Quattro S1 de rali, mas é claro que não será carro usado: agora é o tal Hoonitron S1, uma gaiola elétrica criada especificamente para ele, usando o desenho clássico como inspiração. O carro tem dois motores elétricos que somam 1400 cv, e tração nas quatro rodas, claro.
Todos os elementos que fizeram Block famoso estão ali, menos um: o barulho de motor. Mas ainda assim, mesmo para os que não tem fetiche algum com barulho de carro, obviamente está faltando algo. A violência do movimento está toda lá, mas de alguma forma aquele zumbido de drone não transmite esta violência em vídeo. É justamente o contraponto da violência do barulho do motor de alta potência gritando, e a precisão das manobras, que fazia todo o exercício interessante. Sobrou só a precisão.
Se tornou o Audi dos espetáculos de Drifting: preciso, limpo, confiável, veloz, sem drama e silencioso. E, se posso dar minha humilde opinião aqui, mais chato. Pessoalmente achei que não faria diferença alguma o carro elétrico no show de Ken Block. Estava errado. (MAO)
Mercedes-Benz Sprinter faz 25 anos no Brasil
O Mercedes-Benz Sprinter. Para quem não prestou atenção neste veículo de carga por ele ser, bem, um veículo de carga, não percebeu o quão revolucionário foi em seu lançamento por aqui, há exatos 25 anos atrás.
Era um carro capaz de carregar uma tonelada ou mais, mas ainda assim, andava e se comportava como um veículo normal. Como um automóvel, não um caminhão. Sim, era grande, alto e desajeitado em locais apertados; mas fora deles, ágil, com resposta e controle simplesmente inacreditáveis para sua categoria. Por se monobloco, usar pneus radiais, e ter suspensões cuidadosamente acertadas para um comportamento e resposta exemplares, mostrou uma nova era neste tipo de coisa para nós, brasileiros.
A empresa agora comemora os 25 anos do modelo, já em sua terceira geração por aqui. Diz que desde o lançamento em 1997, a Sprinter já acumula mais de 180 mil emplacamentos no Brasil. No mesmo mês em que faz aniversário no mercado brasileiro, a Mercedes-Benz também celebra o marco de 5 milhões de unidades da Sprinter fabricadas na Alemanha.
Produzido na Argentina, a Sprinter hoje conta em sua linha aqui com vários modelos interessantes. A linha Street, a que pode ser conduzida habilitação “B” de carro de passeio (Peso Bruto Total abaixo de 3,5 toneladas), conta com um motor de quatro cilindros turbodiesel de 1950 cm³, 150 cv e 34,7 mkgf. O Sprinter tradicional, com PBT de caminhão pequeno (416 e 516, quatro e cinco toneladas respectivamente) usam um motor 2.2 turbodiesel de 163 cv e 36,4 mkgf. O câmbio é manual de seis marchas.
As opções de carroceria são múltiplas, que vão desde chassi-cabine (caminhão) a furgões ou vans de passageiros. Tem 3 opções de entre-eixos: 3.250 mm, 3.665 mm e 4.325 mm, sendo que a última tem duas opções de comprimento total. Pode-se optar por teto padrão ou elevado. No elevado, posso confirmar que um cara de 1,92 m de altura pode andar dentro dele de pé sem se abaixar.
Para comemorar os 25 anos da Sprinter, a Mercedes-Benz quis mostrar não esta tradicional versatilidade que sempre existiu, mas seus novos sistemas de segurança de série: a saber, controle de tração, controle de estabilidade e o assistente de frenagem de emergência.
Os preços vão desde R$ 249.800 para o chassi-cabine do Street 315, até a a versão de passageiros da 516 de rodado duplo traseiro, longa, com capacidade para vinte passageiros mais o motorista, a R$ 310.000. Caro, mas literalmente muito carro pelo preço. (MAO)
Sauber é o parceiro da Audi na F1
A Audi anunciou sua entrada na F1 no fim de semana do GP da Bélgica em agosto, mas se recusou a nomear sua equipe parceira, apesar de estar claro há alguns meses que a Sauber havia fechado o acordo.
Agora a Sauber também confirmou que a Audi comprará uma participação na empresa, embora não tenham sido fornecidos detalhes sobre o momento da compra ou o tamanho da participação. “Esta parceria levará a equipe a novos patamares, garantindo ao mesmo tempo o futuro de longo prazo da empresa – uma entidade que possui uma força de trabalho comprometida, um dos principais túneis de vento da Europa e instalações de fabricação de classe mundial.” – disse a empresa.
A equipe Sauber continuará a competir sob o nome Alfa Romeo em 2023. Espera-se que isso mude para 2024/2025, após o término do atual acordo de patrocínio Alfa. Talvez corra com o nome Sauber nestas temporadas intermediárias. Em 2026, a Audi estreia oficialmente. (MAO)
O carro de Jean Bugatti retorna à sua casa
A Bugatti anunciou a comprou de cinco carros históricos da marca, da coleção de Hans Matti. A empresa promoveu uma sessão de fotos no Château Saint Jean em Molsheim, a casa ancestral da Bugatti Automobiles, e onde está a fábrica atual. É magnífico ver eles de volta onde foram feitos, mas especialmente o carro pessoal de Jean Bugatti, um tipo 49 desenhado por ele mesmo, com as iniciais “JB” na soleira de porta.
Além deste, há um Bugatti Type 51, considerado um dos mais originais que existem, usado por Louis Chiron. Um Type 37A notavelmente preservado também faz parte da coleção, assim como um clássico Type 35B. Completa a coleção um Type 35A aqui vem com o motor original, caixa de câmbio e eixo traseiro de um Type 36.
Hans Matti, o antigo proprietário destes carros únicos, dedicou décadas à preservação histórica desta marca tão lendária. Sua coleção incluía fotografias originais de época, artigos de revistas, livros e comunicações de fábrica. Matti é um dos especialistas mais experientes do mundo em carros Bugatti de Grand Prix.
Matti vendeu a coleção presumivelmente para preservá-la depois de sua própria partida. Todos nós partiremos, afinal de contas, então temos que cuidar de nosso legado, como ele fez. Restornar esses carros para Molsheim é definitivamente a coisa certa à se fazer. Só de ver o carro de Jean na frente de sua casa dá um frio no coração ao se lembrar de tantos acontecimentos que ele deve ter visto, estacionado precisamente no mesmo lugar das fotos. Parabéns à marca, e a Matti, pelo momento de reflexão histórica inescapável. (MAO)