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Zero a 300

A volta da Abarth ao Brasil (com 3 modelos!) | o fim do Subaru STI | o adeus a Vic Elford e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Fiat Abarth de volta ao Brasil – Pulse Abarth será o primeiro carro

A Fiat anunciou neste último domingo (13) o retorno da marca Abarth ao Brasil. O primeiro modelo, como já era esperado, será o Pulse Abarth. Ele foi revelado uma ação da Fiat durante o Big Brother Brasil nesta última noite de domingo, mas chegará às lojas somente no último trimestre, a partir de outubro.

O modelo seguirá a mesma linha escolhida pela Volkswagen para o Polo GTS, terá elementos esportivos, mas não será um modelo purista como o Sandero RS, por exemplo — o que está longe de ser ruim, considerando o momento do mundo. Aliás, relançar uma marca esportiva em plena crise — especialmente no Brasil — por si é um ato merecedor de respeito e aplausos. Além disso, o Pulse é um daqueles crossovers que estão mais próximos dos hatches do que dos SUV, então o modelo tem potencial.

Por que eu digo isso? Primeiro, porque a Fiat tem em seu time alguns engenheiros verdadeiramente entusiastas. Foram eles, por exemplo, que se preocuparam em modificar a relação de direção e a carga de suspensão, além do remapeamento da ECU do motor no Palio Sporting, um modelo que, para muitos pilotos de teclado, era apenas um “esportivo de adesivo”.

E agora essa atenção ao refinamento dinâmico está de volta no Pulse Abarth. Isso, porque além do motor exclusivo da versão, o 1.3 turbo de 185 cv (ou seja: 53 cv a mais que o modelo 1.0 turbo) ele também terá suspensão rebaixada e recalibrada e freios redimensionados. E como usa assistência elétrica para a direção, podemos apostar em uma recalibragem na resistência da direção, também. A transmissão, claro, será automática porque estamos no Brasil de 2025 e as coisas têm de ser assim hoje em dia. Mas, como disse, é melhor um esportivo com essa abordagem do que nenhum esportivo.

O Pulse Abarth será vendido em toda a rede Fiat, mas haverá entre 20 e 50 lojas selecionadas para ter um “espaço Abarth”, com assistência especializada nos esportivos, além de um showroom diferenciado com os modelos da marca.

E mais: a Fiat anunciou que, além do Pulse abarth, ela também irá lançar mais dois modelos da divisão no Brasil. O segundo certamente será o crossover fastback que ela vem planejando — e que deverá ocupar o lugar do Nivus GTS que a Volkswagen não quis fazer. Já o terceiro modelo é uma incógnita, mas ninguém iria reclamar de um Argo Abarth, não é mesmo? (Leo Contesini)

 

Morreu Vic Elford aos 86 anos de idade.

“Quick Vic” Elford

Victor Henry “Quick Vic” Elford faleceu este domingo, 13 de março de 2022. Piloto inglês, tinha 86 anos, e vinha lutando com um câncer há um ano.

Vic Elford venceu o Rally de Monte Carlo, as 24 horas de Daytona, a épica Targa Florio nas montanhas da Sicília, as 12 horas de Sebring, os 1.000 km de Nurburgring. O presidente da França o nomeou Cavaleiro da Ordem Nacional do Mérito, por parar no meio da corrida em Le Mans para resgatar o piloto de um carro em chamas.

Para quem se acha rápido hoje, saiba que Vic Elford foi cronometrado em Le Mans a 380 km/h, há quase exatos 50 anos atrás. Venceu o Campeonato Europeu de Rally e ficou em 4º em seu primeiro Grande Prêmio de F1. Seu nome é para sempre ligado à Porsche, por ser um dos grandes protagonistas de sua era de ouro nos anos 1970, correndo em tudo, de 911 a 917. Vic Elford viveu mais vidas interessantes em seu tempo aqui que uma dúzia de nós.

Minha história preferida dele, porém, é uma menos conhecida. Mas que mostra que era um cara de uma época diferente, que não se incomodava em passar uma quantidade enorme de horas atrás do volante de um Porsche; e um cara que, numa época em que isso não era comum, apreciava engenharia avançada. E não ligava para nenhuma opinião sobre um carro a não ser a sua própria.

Em 1967, todas as publicações especializadas repudiavam a nova invenção da Porsche, o Sportomatic: essencialmente uma embreagem automática Saxomatic em um câmbio manual, mas com um conversor de torque para arrancada e suavização de operação. Helmuth Bott, o famoso engenheiro da Porsche, queria saber se ela aguantaria a mais dura prova que existia: a Marathon de la Route. Essencialmente uma viagem de Liège na Bélgica até Nurburgring, 84 horas de voltas no circuito (no anel sul e o norte), e depois voltar ao ponto de partida. Uma prova chata para espectadores, longa demais, e terrivelmente cansativa para os pilotos. Mas uma oportunidade de ouro para Bott: em nenhum outro lugar conseguiria tanto tempo com o carro rodando no limite.

Assim, dois 911S de rali, mas com o câmbio Sportomatic, foram preparados para prova. Vic Elford, claro, venceu a prova em um deles. Nove mil, seiscentos e quarenta km no Nurburgring, à média de 117 km/h. Em 1967. Imagine isso. E usando um câmbio semiautomático produzido em série, sem modificações.

Elford achou o Sportomatic sensacional. Disse: “É absolutamente maravilhoso. Menos fadiga, e totalmente confiável. Funciona de verdade!”. Gostou tanto do Sportomatic que comprou um 911 com ele para seu uso. Apenas uma pequena parte de sua vida, esta história, claro, mas uma que marcou a imagem dele para mim.

Isso, e sua explicação sobre o que era a Targa Florio, neste vídeo abaixo, onde diz “Dois anos atrás, treinando aqui num Porsche, eu acertei um carro de serviço da Alfa Romeo. E no ano passado, há… ano passado eu acertei um morador.

Um grande cara, que genuinamente amava automóveis, e ainda estava ativo e aparecendo em público em eventos da Porsche, até que a doença que o acabou vitimando o impediu. Descanse em paz “Quick Vic”. (MAO)

 

Noventa mil milhas: o Ferrari Enzo mais rodado do mundo

A vasta maioria dos Ferrari Enzo saíram da loja para uma garagem climatizada, onde debaixo de uma capa, estão até hoje, vendo o tempo passar, imóveis. Seus donos preferem não arriscar; o carro ganha valor a cada ano que passa, e mantê-lo pouco rodado é uma forma de garantir isso.

Mas não foi o caso deste carro em questão. É chamado MM Enzo: Most Miles Enzo, o Enzo mais rodado que existe. E a sua história é algo realmente incrível. Daquelas difíceis mesmo de acreditar, e uma que nunca será repetida, como são as histórias parecidas da maioria dos outros Enzo. Pelo menos, daqueles que ainda não pegaram fogo.

No início dos anos 2000, um entusiasta chamado Richard Losee comprou um Ferrari Enzo 2003. Diferente da maioria, não guardou o carro. Logo no começo, emprestou seu Enzo à Road & Track americana para um teste completo. A revista colocou os primeiros 2400 km no odômetro.

Em algum momento durante esses primeiros anos de propriedade, Losee decidiu que queria tentar colocar o maior número possível de milhas no seu Enzo. Colaborou com a Road & Track, para torná-lo um carro de teste de longo prazo! O esquema acrescentou mais 16.000 km rodados, e Losee logo levou o Enzo a mais de 30.000 milhas (48.000 km).

Em 2006, porém, quando Losee entrou no evento “Fast Pass Charity” da Patrulha Rodoviária de Utah, uma tragédia: acelerando em busca da velocidade máxima em um trecho de 22 quilômetros de estrada fechada, o carro por algum motivo levanta voo a mais de 300 km/h. Fica totalmente destruído, e Losee quase vai desta para melhor; muito tempo de recuperação em um hospital foi necessário para ele voltar à vida normal.

Incrivelmente, Losee emergiu dessa experiência com o desejo de reconstruir o Enzo melhor do que antes. O projeto, que teve ajuda da Ferrari North America restaurou o carro completamente após 30 meses de trabalho. E agora, recebeu dois turbos para mais de 800 cv.

Losee leva o carro para o Bonneville speed week, onde chega a 379 km/h, mas depois disso, o carro some de vista do grande público. Mas emergiu novamente recentemente, com uma conta no Instagram chamada @dryl8k. Recentemente, a conta registrou a passagem da marca de 90.000 milhas rodadas, ou 144 mil km. Aparentemente, um acordo entre Losee e este usuário epermite que ele continue a rodar com o carro, que pretende passar das 100 mil milhas rodadas em breve.

Nem precisava: já é o Enzo mais rodado, sem dúvida. Agora me digam: será que o valor deste carro vai diminuir por isso? (MAO)

 

Encontro de Águas de Lindóia terá leilão de clássicos presencial — e nós estaremos lá!

Anote aí na agenda: no feriadão de 21 de abril acontecerá mais uma edição do Encontro Brasileiro de Automóveis Antigos em Águas de Lindóia/SP, e o FlatOut estará presente no evento. Além da exposição e da tradicional premiação, o evento também terá um leilão presencial de clássicos, realizado pelo pessoal do Circuito de Leilões de Carros Antigos e Clássicos.

O leilão faz parte da programação oficial do evento e ainda está na fase de inscrições — ou seja: se você quer vender seu clássico ou antigo, esta é uma boa oportunidade. A inscrição vai até a próxima sexta-feira (19) e custa R$ 450. Em caso de venda, a comissão do leiloeiro é de 5%.

O leilão é aberto a qualquer tipo de carro antigo — desde modelos premium e esportivos dos anos 2000 até clássicos consagrados dos anos 1940, 1950 e 1960. “O leilão é aberto a todos, teremos moto Jawa, Opala, Fusca, os grandes hits nacionais, e teremos também os importados como Mustang, Impala, Porsche e até um Humvee militar”, diz José Paulo Parra, organizador do leilão.

Para participar, basta entrar em contato com o pessoal do Circuito de Leilões pelo site oficial www.circuitodeleiloes.com.br, onde o processo de inscrição é feito totalmente online. Em caso de dúvidas ou busca por mais informações, os contatos são [email protected] ou (16) 99777-8030. (Leo Contesini)

 

Esta geração do Subaru WRX não terá versão STI

Sempre que a Subaru lança um novo WRX, esperamos que seu irmão de maior desempenho, o WRX STI, logo também apareça. Com a introdução do novo WRX no ano passado, imaginamos que até o fim deste ano, apareceria um novo STI. Infelizmente estávamos errados. A Subaru divulgou um comunicado confirmando que não haverá versão STI do WRX desta geração. Diz ela no comunicado:

À medida que o mercado automotivo continua se movendo em direção à eletrificação, a Subaru está focada em como nossos futuros carros esportivos devem evoluir para atender às necessidades do mercado em mudança e os regulamentos e requisitos para gases de efeito estufa, veículos com emissões zero, e Economia Média de Combustível Empresarial (CAFÉ).

Como parte desse esforço, a Subaru Corporation está explorando oportunidades para a próxima geração do Subaru WRX STI, incluindo eletrificação. Enquanto isso, um WRX STI com um motor de combustão interna não será produzido com base na nova plataforma WRX.”

Isto não significa o fim; um híbrido é uma possibilidade aqui. Ou mesmo, um elétrico. O que já se sabe depois deste comunicado é que esta geração do WRX fica sem STI.

O que pode ter acontecido é contenção de despesas; todo mundo sabe a miríade de problemas que a indústria enfrenta hoje. Esperar um pouco antes de sair gastando dinheiro numa versão deste tipo é, na verdade, algo inteligente. (MAO)


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