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Quem ganha e quem perde com os novos impostos americanos
O governo dos EUA introduziu recentemente uma tarifa de 25% sobre todos os carros fabricados no exterior. Isso significa que qualquer veículo fabricado fora dos EUA pode ter um aumento de preço nos Estados Unidos, incluindo aqueles fabricados no Canadá e no México. Até mesmo peças fabricadas no exterior para veículos fabricados nos EUA estarão sujeitas à tarifa, de acordo com uma declaração emitida pela Casa Branca; o que aumenta muito o escopo da ação. As tarifas entrarão em vigor a partir de 3 de abril.
A Casa Branca reconheceu que veículos produzidos sob o Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA) receberão considerações especiais. Especificamente, peças produzidas sob o USMCA não estarão sujeitas a tarifas até que o Secretário de Comércio estabeleça um processo para conteúdo não americano. Não está tudo definido, aparentemente.
Mas enfim: não basta então ser feito nos EUA; o conteúdo americano dele é importante também. Por isso, o menos afetado será a Tesla; cada um dos veículos da Tesla atinge mais de 80% em conteúdo doméstico total, algo que deve ser desconfortável politicamente, com o dono dela parte do governo atual.
O Model 3 Performance é o carro mais americano hoje: está no topo da lista, com 87,5% de sua fabricação e construção feitas domesticamente. Mas sim, o restante 20% (aproximadamente, em média) vai custar mais para a Tesla também. A Ford tem alto conteúdo americano em seus carros também: o seu campeão em conteúdo americano é o Mustang GT, com 80%; mas só o automático, já que o câmbio manual é alemão, e baixa o número para 73%.
A Honda está bem-posicionada também, com grande parte de suas ofertas fabricadas lá; a Honda, por esta medida, é mais americana que a General Motors ou a Stellantis. O seu campeão é o Passport, aos 76,5%, mas Odyssey, Ridgeline e Pilot, tem 74% de seu conteúdo fabricado nos EUA.
A marca americana em pior posição é a GM, com quase metade de seu conteúdo total sendo importado. A BMW é parecida com a GM nesse caso, também ao redor de metade do seu conteúdo sendo fabricado nos EUA. Mas VW importa 80% de sua produção, por exemplo.
Mas pior mesmo são produtos entusiastas de nicho: Miata, BRZ/GR86, GR Corolla, Hyundai Elantra N, BMW M3, todos eles tem apenas 1% de conteúdo americano. Vão tomar a maior paulada em preço, e já não estão vendendo lá muito bem, mesmo antes dela. Provavelmente um Miata vai agora ficar mais caro que um Mustang Ecoboost. Será? Tudo vai mudar, com certeza, no mercado americano.

O Brasil, parece, era o país do futuro mesmo. Só não do jeito que a gente queria. (MAO)
Audi RS3 de volta ao Brasil
Os sedãs e peruas Audi mais fortes, os “S” e “RS”, podem não ser exatamente carros esporte, mas sempre são sensacionais como carro normais, superpotentes. Se a BMW é famosa por sobresterço épico, os Audi são famosos por serem realmente potentes. Uma empresa de motores sensacionais, basicamente.
Um desses motores sensacionais é sem dúvida o cinco em linha turbo dos RS3. O sedã é basicamente um A3, mas equipado com este motor que significou a volta da marca aos cinco em linha que a fizeram famosa. O motor desloca 2,5 litros, e fornece 400 cv e 51 mkgf de torque a partir de 2.250 rpm. O câmbio é automatizado de dupla embreagem com 7 marchas, e a tração é permanente nas quatro rodas, a arquitetura sendo de motor transversal e tração dianteiras.
É um Audi pacato, um sedã de cinco lugares de uso normal, mas quando se crava o pé, uma revolução de som e força acontece. O motor é realmente forte para o pequeno sedã, e o seu som e vibração característicos dão a pimenta necessária para tornar este de outra forma pacato sedã em algo que dá fogo nas partes baixas dos indivíduos ao volante. Faz o 0-100 km/h em 3,8 segundos, e a velocidade máxima é limitada, pasme, a 280 km/h. Limitada: poderia andar mais! Barrabás.
E agora, ele está de volta, depois de um hiato que parecia ter acabado com o cinco em linha por essas paragens. Dizia-se que os RS, e todos os Audi, seriam elétricos agora. Mas o cinco em linha voltou. Aleluia!
O carro é agressivo por fora também, com seus paralamas alargados e os detalhes cromados defenestrados a favor do preto e do fosco. A grade ficou maior, tendo elementos em formato colmeia e integrando os faróis. Na iluminação, conta com LEDs do tipo Matrix, que oferece três opções de luzes diurnas que podem ser selecionadas por meio da central multimídia.
O RS3 tem suspensão independente nas quatro rodas com amortecedores eletrônicos, e diferencial traseiro autoblocante. O carro é 10 mm mais baixo que o A3 Sedan convencional. mede 4.533 mm de comprimento, em um entre-eixos de 2.631 mm e pesa 1.565 kg. As rodas são de 19 polegadas, com pneus 265/30R19.
O RS3 volta ao Brasil em duas versões: Sedan e Track. As diferenças estão em detalhes: no Sedan os acabamentos como grade e capas de espelhos são em preto brilhante. O Track traz estes detalhes em carbono. O RS3 Sedan tem pinças de freio vermelhas, que passam a ser azuis no Track. Por dentro, o primeiro tem bancos esportivos, que passam a ser de carbono no segundo. Respectivamente, as costuras são vermelhas e verdes.
As primeiras unidades chegam no segundo semestre de 2025, nas pinturas sólidas Branco Arkona e Verde Kyalami; metálicas Amarelo Piton, Azul Ascari, Cinza Kemora, Preto Mito e Vermelho Progressivo; e perolizada Cinza Daytona. Os preços são de R$ 659.990 para o Audi RS3 Sedan, e R$ 714.990 para o Audi RS3 Track. Caro, sim. Mas um automóvel excepcional. (MAO)
Novo BMW M3 flagrado em testes
Enquanto o maravilhoso cinco em linha turbo da Audi volta ao Brasil, na Europa a BMW está preparando a nova versão de um rival: o novo M3 baseado no série 3 Neue Klasse. O site Carscoops publicou testes do carro em testes no sagrado solo de Nurburgring.
Por mais que o entusiasta chie e bufe (e Deus sabe que somos culpados disso), a BMW está empresarialmente em ótima posição hoje. Ao contrário de seus conterrâneos da Mercedes, Audi e VW, tem acertado no balanço da transição elétrica, e seus carros elétricos vendem bem até. E os outros carros, que repudiamos por serem sem graça, ou, no caso dos M por exemplo, focinhudos e/ou pesados demais, também parecem ser bem aceitos pelo público. Bom, se isso significa a continuação da produção do M2 manual, por mim tudo bem. Sinto falta de um 325i aspirado e manual mais barato? Claro, mas isso, aparentemente, é passado.

A BMW não tem medo de mudar. Em estilo, como fez com Bangle nos anos 2000 e agora com suas grades gigantes, e em mecânica. O M3 E30 original era um super-Chevette: um carro esporte em forma de sedã pequeno que era legal não por um motor potente, mas por ter comportamento sensacional em estrada truncada, e motor suficiente para isso. Na geração seguinte, era algo totalmente diferente, seis cilindros, GT, e potente como um 911 contemporâneo. Agora, o M3 vai mudar de novo, completamente.

O M3 elétrico. Os chefes da M sabem que o M3 EV será examinado como nenhum carro M antes dele, colocando a credibilidade da M em jogo. E como será ele? Usa a arquitetura Neue Klasse da BMW, que estreia no SUV iX3 no final deste ano e será lançada na série 3 em 2027, o M3 chegando um ano depois.

O carro deve vir com um trem de força elétrico de quatro motores com até 700 cv. A arquitetura de quatro motores promete: com controle de torque minucioso em cada roda separadamente, as possibilidades dinâmicas são infinitas. Se bem feito, e a BMW sabe fazer isso, será realmente impressionante em termos de velocidade em toda situação.
Com esta capacidades de vetorização de torque em toda roda, e uma nova unidade de controle central mantendo os motores e o chassi em sincronia, ele pode acabar sendo um elétrico realmente impressionante em pista, em termos de velocidade pura. Sim, você pode preferir um M3 E30, e eu também, mas pelo jeito, a evolução é só em velocidade hoje. Pelo menos, vai haver alguma evolução.
Mas felizmente, não só de elétricos viverá o M3. O carro de plataforma CLAR de hoje será remodelado com o estilo Neue Klasse, e seu seis em linha ganhará assistência híbrida leve para ir além dos 550 cv do atual M3 CS. Não disse que a BMW, empresarialmente, sabe muito bem como fazer o certo? Vai ter M3 para todos os gostos. Ou quase. (MAO)
Mitsuoka M55 Zero Edition está de volta
Ah, a Mitsuoka. O infalível provedor de mash-ups que, por definitivamente nunca se levar muito à sério, é o deleite de quem gosta de carro de uma forma mais aberta e sem preconceitos. Sim, alguns deles são horrendos; mas nunca menos que divertidíssimos.
A empresa está se aproximando de seu 60º aniversário, então claramente há demanda por suas criações. Um exemplo é o intrigante M55; a estranha mistura de Honda Civic e Dodge Challenger. Devido à demanda popular, a peculiar edição especial de tiragem limitada retornou.
O M55 Zero Edition original esgotou em 10 dias, então a Mitsuoka está fazendo uma 1ª edição subsequente com mais opções de personalização. Enquanto seu antecessor era restrito a uma única cor e nível de acabamento, agora vem em 10 acabamentos diferentes. Está disponível em versões a gasolina e híbrido, com uma escolha entre uma caixa de câmbio manual de seis velocidades ou um CVT.
A empresa diz que não é inspirado em Dodge: seria uma homenagem à quarta geração do Skyline (C110). Mas a gente não é cego, e vê Dodge Challenger dos anos 1970. O Skyline era baseado em Dodge? Vai saber.
O nome do carro é uma homenagem ao 55º aniversário da empresa, que foi celebrado em 2023. Enquanto a Zero Edition foi limitada a 100 unidades, a 1ª Edição será montada em 250 exemplares. Não é barato: os preços começam em 7.568.000 ienes (R$ 289.413). A Mitsuoka já aceita pedidos e construirá e entregará os carros em 2026. Será que dá para encomendar um baseado no Type R? Um cara pode sonhar… (MAO)
Rally Clássico São Paulo 2025 começa dia 5 de abril
Os ralis de regularidade em estrada de carros antigos e/ou especiais podem não ser provas de velocidade como em pista, mas são formas sensacionais de reunir entusiastas para usar os carros como se deve, dirigindo nas ruas. E ainda por cima, é uma competição séria, que exige habilidade e coordenação entre piloto e navegador, para completar os trechos nos tempos requeridos.
O Campeonato Rally Clássico São Paulo, é uma prova deste tipo. Criada por gente que gosta de colocar carro na estrada, e não ficar parado do lado deles somente. É um campeonato, que terá várias provas durante o ano, troféu e premiação, e um campeão do torneio no fim. Tudo com supervisão da FASP – Federação de Automobilismo de São Paulo, e com premiação oficial, consagrando campeão paulista no final do ano.
O Rally não exige experiência tão pouco conhecimento sobre o assunto, basta um piloto e um navegador, e há categoria para a maioria dos carros, até ano 2015. Um ambiente tranquilo e divertidíssimo, e uma oportunidade para tirar o carro da garagem e pôr na estrada em um clima de competição amigável.
Este ano o pessoal, tentando popularizar o campeonato, baixou bastante o preço de admissão, para R$ 489 por prova. Os assinantes do plano Flatouter tem um desconto sensacional, e pagam R$400, ou, na primeira participação, R$ 350. Este desconto para a primeira participação é para incentivar quem nunca fez rali, experimentar! E quem já participa do rali, basicamente ganharia a assinatura anual de graça com esses descontos, e ainda sobra algum! Imperdível.
Agora, estão abertas as inscrições para a primeira prova deste ano, a se realizar dia 5 de abril. A chegada é em Indaiatuba, e o FlatOut estará participando com o MAO e seu Chevette. Esperamos você lá!
Inscrições: https://rallyclassico.com.br/inscricoes/, no @rallyclassico, ou com o Pedro no @pedrocandido18