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O “Shaguar” de Austin Powers vai a leilão
Austin Powers é um personagem que não só foi um sucesso cinematográfico: é parte da cultura mundial. Uma paródia de James Bond que consegue não denegrir ele, ser engraçadíssima, e hoje tão famosa quanto o artigo original. Groovy baby, yeah!
Pois bem, o carro de Austin Power sempre foi um só, em todos os filmes. E só existe um: a produtora nunca viu necessidade de mais de um, então toda vez que você vê um nos filmes, é este carro. E nem preciso falar: quem não sabe que é um Jaguar E-type roadster de 1967? Não, péra: um “Shaguar”. “Shag”, para quem não sabe, é gíria bem inglesa para o ato sexual.
Um E-Type pintado como se fosse uma bandeira do Reino Unido não deveria ser nada de mais. Mas o Shaguar, ligado como está ao personagem, é talvez o mais famoso dos Jaguar, e um ícone. Será leiloado sábado, dia 18 de janeiro, em um leilão da Mecum Auctions em Kissimmee, Flórida, e deve valer, pelo menos (dedo mindinho direito no canto da boca) UM MILHÃO de dólares! Uahahahahahahaha!
Mas o interessante aqui é o motivo que o dono do carro, um produtor de Hollywood especializado em fornecer carros para filmes, está vendendo o Shaguar. Diz ele que por muito tempo, emprestava direto o carro para a Jaguar-Land Rover, que o levava para eventos no mundo todo. Em troca, eles faziam a manutenção e reforma do carro. Então o custo de mantê-lo era praticamente zero. Um esquema sensacional. Mas acabou “uns dois anos atrás”. O dono não diz que é esse o motivo da venda, mas parece claro que é.
Impossível não lembrar da situação da Jaguar hoje, e fazer a ligação com o motivo do fim desta parceria. Tá, a gente sabe que a Jaguar não vendia mais, mesmo com toda sua história e tradição. E que por isso, resolveram mudar completamente. Mas se a Jaguar só é Jaguar agora pelo nome e abandonou totalmente seu passado, a gente se importa com ela?
Claro que não: já contamos aqui no FlatOut como, depois da segunda guerra, Sir William Lyons mudou o nome de sua “SS cars” para Jaguar; mas ela continuou significando o mesmo, sedãs e carros esporte de primeira linha, à preços de carros de segunda linha. O nome era só um nome; o que a marca vendia é que fez sua fama. Entenderam a diferença? Se não faz mais isso, já perdeu significado; chamando Jaguar, Shaguar, ou José Mojica. O nome, não importa.
Ah, e se o que a marca significa não vende mais… bem, esta marca deve morrer então. Jaguar nunca será Tesla, pois Tesla significa uma coisa, Jaguar outra. Né? Oh, MAO, behave! (MAO)
Cadillac entra na F1
Parece que agora vai; achávamos que depois da desprezada que deram na Andretti, a GM e sua parceira iriam mandar a F1 às favas, mas parece que ter orgulho próprio hoje não é uma qualidade. E quem persevera, como sempre, consegue tudo a seu tempo. A notícia hoje é que a entrada da General Motors na F1 foi finalmente aprovada. A equipe Cadillac de Fórmula 1 entrará na temporada de 2026 como a 11ª equipe da série. Será a primeira equipe americana de F1 com o apoio de um grande fabricante daquele país.
Não que o país esteja totalmente fora da F1; começou com o nobre esforço da Scarab de Lance Reventlow em 1960, mas foi um fracasso; depois houve os Gurney-Eagle, e não custa lembrar que se não fosse o esforço de “Total Performance” de Henry Ford II nos anos 1960, não existiria o Ford-Cosworth DFV V8, o motor de maior sucesso da história da categoria. Tecnicamente, americano, ainda que seja inglês na verdade.
A GM prometeu produzir seus próprios motores de F1 para este Cadillac F1 até o final da década, embora inicialmente use um trem de força de uma outra equipe separada. Não está claro qual será a equipe.
Inicialmente, como sabemos, era para ser um Andretti-Cadillac, e de fato parece que a Andretti Global ainda fará parte do quadro, embora talvez não no nome. Parece que Michael Andretti deixou o cargo de CEO da Andretti Global para colocar a GM no grid em 2026, com Dan Towriss se tornando o novo presidente-executivo da Andretti Global.
O comunicado de imprensa oficial da F1 não menciona o nome Andretti, mas cita Towriss como o “CEO do negócio de automobilismo da TWG Global”, que por acaso inclui a Andretti Global. A Cadillac, no entanto, afirma que “Mario Andretti, o último campeão americano de F1, atuará como diretor no conselho da equipe”.
A GM planeja usar a infraestrutura da Andretti, bem como a sua própria, para dar suporte à equipe. A parceria entre a Andretti e a GM ainda é fundamental para o projeto, mas externamente isso pode não parecer claro. Estranho, e meio humilhante para os Andretti, não? (MAO)
Agora é oficial: o Toyota Celica vai voltar
Chega de boato; agora é oficial. O Toyota Celica vai voltar. A Toyota finalmente confirmou que o carro está em desenvolvimento. O anúncio veio do vice-presidente executivo da Toyota, Yuki Nakajima, durante um evento público no Japão.
A confirmação foi uma espécie de revelação improvisada. Quando o presidente da Toyota, Akio Toyoda, foi questionado diretamente sobre a possibilidade de um novo Celica, ele brincou evitou a pergunta, redirecionando-a para Nakajima. De acordo com o Best Car, Nakajima respondeu: “Para ser honesto, não há nenhum sinal disso agora. No entanto, há muitas pessoas dentro da empresa que estão esperando ansiosamente pelo Celica. Então… não tenho certeza se é aceitável dizer isso em um fórum público, mas estamos fazendo o Celica!”
Se você acaba de voltar de uma viagem de 80 anos a Urano, vale explicar o que é um Celica: lançado em 1970, era um cupê baseado no Toyota Carina (um tamanho maior que o Corolla), meio como um Mustang japonês, inicialmente de tração traseira. Depois mudaria para a plataforma do Corolla, e viraria tração dianteira com ele; mas não antes de receber um derivado de seis cilindros em linha, o Celica Supra, que viraria um modelo separado que existe até hoje. O Celica acabou em 2006; então é este legado que vai voltar.
Como será este novo Celica? A melhor aposta é num cupê baseado no Corolla, claro; a linha culminaria num GR Celica que é um GR Corolla por baixo. Como já noticiamos aqui, um animé da Toyota deu teaser de um Supra Mk6 também (além de um novo MR2), o que nos faz sonhar com o retorno de uma plataforma RWD para Celica e Supra, mas isso talvez tornasse o GR86 irrelevante. O novo GR86 se chamará Celica? Não seria uma má ideia, e uma versão de seis cilindros virando o novo Supra. Mas tudo isso é adivinhação; vamos ter que esperar para ter certeza. De qualquer forma, são ótimas notícias vindas da Toyota! (MAO)
Dafra lança a SYM NHX 190 no Brasil
A Dafra apresentou a SYM NHX 190; uma moto que compete na concorrida faixa de motocicletas de uso até 200 cm³; aquela dominada desde tempos imemoriais pelas várias encarnações da Honda CG.
Na mesma família da aventureira SYM NH 190, a mecânica já é conhecida da linha NH, mas agora vem numa moto de desenho agressivo, “urbana”; é mais altinha que uma CG então. O motor é um monocilíndrico de 183 cm³ e arrefecimento líquido, com 18 cv a 8.500 rpm e 1,6 mkgf a 7.500 rpm, e câmbio de seis marchas. Vem com iluminação full LED, painel digital e carregador USB, como se espera hoje nesta categoria.
O quadro e as suspensões são derivados da NH 190,mas obviamente têm acerto específico. As rodas são de liga leve de 17″ na dianteira e na traseira, e os freios são a disco com ABS. A partida é elétrica, e a moto tem entre-eixos de 1.400 mm e altura do selim de 787 mm. Carrega 11 litros de combustível (mais dois litros de reserva, e pesa, sem fluidos, 140 kg.
Parece ser uma opção interessante, de design moderno e porte que aparenta maior do que é. A moto já está disponível em todos os lugares onde se compra uma SYM; o preço inicial é a partir de R$ 18.990. (MAO)