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O IPI reduzido está de volta
Lembra do IPI reduzido do início da década passada? Aquele estímulo do governo para reduzir os preços dos carros e alavancar as vendas? Pois ele está de volta: o governo federal publicou na última sexta-feira (25) um decreto que reduz o IPI dos veículos em até 25%, dependendo da categoria.
De acordo com o texto do decreto 10.979, a redução é de 18,5%, mas segundo o ministro da economia, Paulo Guedes, a alíquota é menor porque o IPI sobre veículos é calculado de forma diferente e, na prática, a redução do IPI deverá chegar aos 25%.
Contudo, não confunda redução de 18,5% com redução de 18,5 pontos percentuais. A redução de 18,5% é calculada sobre a alíquota original, ou seja: o carro 1.0 flex/etanol, sobre o qual a alíquota é de 7%, passará a recolher 5,7%. Os modelos com deslocamento entre 1.000 cm³ e 1.500 cm³ pagarão 8,965% em vez de 11% como anteriormente, enquanto os modelos com cilindrada entre 1.500 cm³ e 3.000 cm³ irão recolher 14,67%, mas somente se tiverem sete lugares ou mais (incluindo o motorista). Para os modelos de até seis lugares, a alíquota será de 8,965%.
Nesse segmento a mudança foi mais significativa, pois até a publicação do decreto, os modelos com motorização de 1.500 cm³ a 2.000 cm³ recolhiam 11% e os modelos com cilindrada superior a 2.000 cm³ recolhiam 25%. Agora, estes veículos com motorização superior a 3.000 cm³ e até seis lugares (incluindo o motorista) terão alíquota de 14,67% — a mesma para veículos de 1.500 a 3.000 cm³ de sete lugares ou mais. Ou seja: os carros de sete lugares com motores de até 2.000 cm³, como o Jeep Comander, o Chery Tiggo 8 e o Volkswagen Tiguan, terão um acréscimo no valor recolhido como IPI, o que deve elevar sensivelmente seus preços.
Os modelos a diesel também irão recolher menos IPI: antes submetidos à alíquota de 25%, eles agora irão recolher 12,225% de seu valor. (Leo Contesini)
Mercedes-AMG SL terá versão SL43 com motor 2.0 do A45 AMG
Apesar de apresentar apenas duas versões da nova geração do SL, a Mercedes-AMG declarou que o roadster ganhará uma versão E Performance futuramente, o que significa que ela terá um powertrain híbrido no topo da gama.
Agora… o que a Mercedes não falou é que o AMG SL também terá uma versão de entrada posicionada abaixo da SL55. Ela será batizada AMG SL43, mas ela não terá um V6 como o AMG C43 ou o AMG E43. Em vez disso, ela será equipada com o motor M139, o mesmo 2.0 usado pelo A45 AMG.
A versão já foi flagrada em testes no início deste ano, mas apuramos com uma fonte ligada à marca que o modelo será mesmo batizado SL43 e terá o motor 2.0 turbo de quatro cilindros. Infelizmente não há detalhes sobre torque e potência do motor, mas os números não deverão ficar muito distantes do que já vemos no A45 AMG, isto é: potência na casa dos 420 cv e torque na faixa dos 50 kgfm. Além do motor M139, o AMG SL43 será a única versão do SL com tração apenas na traseira.
O modelo ainda não tem data para chegar, mas, considerando que ele já tem nome oficial e o modelo E Performance ainda não tem, é seguro dizer que o SL43 chegará ainda no primeiro trimestre de 2022.
O powertrain do SL43, aliás, poderá antecipar os dados de torque e potência do próximo Classe C AMG — que terá apenas motores de quatro cilindros, segundo a confirmação da Mercedes, o que significa que o C43 deverá compartilhar o powertrain com o SL43, enquanto o C63 deverá usar uma verão do M139 aplicada a um sistema híbrido leve.
Ainda sobre o C63, a mudança para os motores de quatro cilindros passou a fazer algum sentido depois que a Mercedes confirmou o retorno de um carro para substituir, ao mesmo tempo, Classe C e Classe E cupê e roadster. Considerando que esse carro, na prática, será o CLK, é de se esperar que ele seja equipado com os mesmos motores da Classe E. Nesse caso, o futuro CLK63 poderá manter o V8 biturbo de 4 litros, ocupando o espaço que outrora foi do C63 V8. (Leo Contesini)
Último Elise vai para Elisa
Num mundo onde as notícias são cada vez piores em todas as frentes, uma notícia dessas é de restaurar a fé na humanidade. Como todos sabemos, a Lotus finalmente descontinuou o Elise recentemente. Corrente desde 1996, o Elise foi o seu carro de maior sucesso, e o motivo da empresa ainda existir. E o último carro fabricado, para felicidade de todos os fãs da marca, foi para a pessoa que deu o nome ao carro: Elisa Artioli.
Neta de Romano Artioli, o fundador da nova Bugatti dos anos 1990 (a que criou o EB110 em Campogaliano na Itália), e o salvador da Lotus, Artioli colocou o nome de sua neta mais nova no Lotus tipo 111: era o Lotus Elise. Elisa Artioli era uma menininha sorridente então; hoje é uma mulher sorridente, que mantem uma conta no Instagram muito popular, chamada @iamlotuselise .
Numa carta de despedida ao modelo, disse Elisa: “Era 12 de setembro de 1995 e esperávamos ser revelados ao mundo porque, até aquele momento, ninguém nos tinha visto. E, sobretudo, ninguém sabia que debaixo do pano que cobria o novo carro, não haveria qualquer pessoa, mas Elisa, então com 2 anos de idade. Estava atrás do seu volante, mostrando orgulhosamente minha camiseta com os dizeres “Eu sou Elise” e dali não quis mais sair. Me senti no meu mundo, como me sinto hoje: quando estou com você, sinto que estou em casa.”
O novo Elise de Elisa é um Sport 240, pintada em um fantástico tom dourado com detalhes em preto, inspirado na Elise Cup 260 de alguns anos atrás. A Lotus também ofereceu uma Final Edition Cup 250, para ela, mas Artioli optou pela variante mais orientada para as ruas: “moro nos Alpes italianos, e as ruas lá nem sempre são perfeitas”, disse ela.
Elisa Artioli é formada em arquitetura, mas recentemente fundou uma empresa, a Delightful Driving, que organiza rallies de carros esportivos em toda a Europa. A notícia do fim da produção do Elise, claro, a deixou emotiva. “Quando soube que a Lotus ia retirar o Elise de produção, fiquei muito triste”, diz ela. “Até me perguntei: isso vai mudar minha vida?”
Romano Artioli vendeu a maior parte de sua participação na Lotus em 1996; apesar de seu nome aparecer no modelo de maior sucesso que a Lotus já fez, Elisa não tem vínculos oficiais com a empresa. Mas independentemente do que acontecer com Lotus, no futuro, Elisa sabe o que fará. “Eu vou manter meus dois Elise e nunca os venderei. Vou mantê-los para sempre. Mesmo porque, quando estou em outro carro, fico entediada muito rápido. Não consigo manter o foco.”
É portanto, mais que uma ligação emocional e familiar para ela. Entende perfeitamente que, depois de experimentar um Lotus de verdade, nada mais parece nem remotamente parecido. Boa sorte com seu novo Elise, Elisa; good luck and godspeed. (MAO)
Mazda pode reviver motor 2-tempos
Todo mundo sabe as vantagens do motor dois-tempos: como não tem válvulas ou comando, é bem mais simples, menor e mais leve que um quatro-tempos com potência equivalente. Os nossos DKW-Vemag eram famosos por ter apenas sete peças móveis no motor: três pistões, três bielas e um virabrequim. E era leve o suficiente para ser carregado facilmente por uma pessoa.
Mas como era na maioria das vezes lubrificado misturando-se óleo com gasolina, queimando-o junto da gasolina, gerava um nível de emissão no escapamento completamente incompatível com o mundo moderno: a partir de 1990 entrou num processo de extinção. Algumas empresas como a Orbital na Austrália tentaram novas soluções, mas sem sucesso: hoje, onde não é proibido, ainda é usado apenas em motocicletas pequenas e equipamentos portáteis de jardinagem.
Agora parece que a Mazda está pronta para reviver os dois-tempos, ainda que sem as vantagens de baixo peso e complexidade: em um motor com tecnologia quatro-tempos. Óleo separado da combustão no cárter, válvulas de admissão e escape; um compressor para aumentar a pressão de admissão. O objetivo aqui é usar a sofisticação e a velocidade da eletrônica moderna para superar as limitações dos projetos anteriores. Tal como o motor Skyactiv-X de quatro tempos da Mazda, pode funcionar tanto com ignição por compressão controlada por faísca (SCCI), como motor de ignição por faísca convencional. Para isto, tem injeção direta e um compressor tipo Rootes acionado por correia. A ideia é usar o SCCI em carga baixa e média, com excepcional economia, e ignição normal por faísca em alta carga.
O variador de fase dos comandos (VVT) permite sangrar alguma pressão pelas válvulas antes do ar ser comprimido no curso de compressão, reduzindo efetivamente a taxa de compressão. O VVT também permite que ambas as válvulas sejam abertas para limpar o escapamento do motor, com a pressão do compressor forçando os gases a saírem pelo escape. Como a injeção é direta, é só ar admitido neste caso, diluindo a poluição no escape.
A Mazda pediu patente no sistema, o que não significa que veremos tais motores no futuro, nem onde eles serão aplicados. Mas é um primeiro passo, definitivamente. (MAO)
Spielberg prepara um novo filme de Frank Bullitt
“Bullitt” é um filme chato. Se não fosse a incrível e icônica perseguição do Mustang GT 390 o detetive interpretado por Steve McQueen por um Charger preto, nas ruas e ladeiras de São Francisco (Califórnia, não Niterói), ninguém lembraria dele, garanto. Mas por causa dela, é um ícone da indústria do cinema e do automóvel; a Ford inclusive não se cansa de fazer versões “Bullitt” de seu seminal Mustang.
Steven Spielberg é aparentemente um fã do filme. O lendário diretor parece estar preparando uma história original centrada em torno do tenente Frank Bullitt. De acordo com o site Deadline, Spielberg chegou a um acordo com a família de McQueen pelos direitos do personagem e já contratou o escritor Josh Singer para montar um roteiro.
Refilmagens ou novas histórias com personagens velhos podem ir para qualquer lado, de sucesso ao fracasso. Certamente teremos uma perseguição de carros aqui, mas um Charger e um Mustang atuais teriam o mesmo apelo? Frank Bullitt está velho e ainda anda num GT 390? O filme se passa em 1972 mesmo? Quem pode saber? Só esperamos que esta icônica perseguição seja tratada da forma que merece, com tensão psicológica, e closes de atores dirigindo de verdade. A ver. (MAO)
Preparador dos EUA oferece “S10” de 750 cv
A Ford tem seu Raptor e a RAM tem seu TRX, mas a GM não tem nenhum produto rival. Mas não tema: os preparadores da SVE (Specialty Vehicle Engineering) está oferecendo nos EUA uma picape para suprir a demanda de quam quer um Raptor com logotipo Chevrolet.
Com um V8 LS de 5,3 litros e compressor centrífugo, com 750 cv e 84 mkgf de torque, é mais potente que o RAM ou o Ford. E, considerando que está montado em uma picape Colorado (derivada da nossa S10), é menor e mais leve também.
Chamado de Xtreme, apenas 50 unidades serão fabricadas. Todas elas usarão o mesmo bloco de alumínio L83, um virabrequim forjado, e o compressor centrífugo. O SVE também aumenta a altura em 4 polegadas, e adota freios a disco de seis pistões com 13,6 polegadas
Os únicos sinais óbvios de que isso é muito mais do que um Colorado mais alto têm a ver com toques exteriores sutis. Os emblemas Xtreme são encontrados em cada lado, incluindo na grade dianteira e na tampa traseira. Na parte de trás, ponteiras de escape quádruplo que marcam muito claramente esta picape como algo diferente.
Os compradores podem personalizar ainda mais o interior com estofamento de couro atualizado com costura vermelha e branca. Os logotipos Xtreme V8 Supercharged também podem ser adicionados aos apoios de cabeça. Nenhum preço foi anunciado, mas cada Xtreme virá com uma garantia limitada de três anos ou 36.000 milhas (58 mil km). (MAO)
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