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O VW ID 1 pode se tornar um novo Up!
Será que é o começo do fim da estranha nomenclatura “ID” da VW? Planejada como a nova forma de se nomear os carros da marca no futuro elétrico, a ideia básica parece simples o suficiente: ID1 é o menor VW, e conforme o carro cresce, o número também. Mas a lógica foi subvertida já de início, com a nova Van de passageiros de tema retrô chamada ID Buzz. “Bus” (ônibus) é o nome que os americanos davam à antiga Kombi, e “Buzz”, por sua vez, um termo idiomático americano em voga que traduz aproximadamente como “uma atmosfera de excitação”. Bus, Buzz, elétrico… ID Buzz! Sacou? Ein, ein, ein? A gente merece.
Agora, segundo uma reportagem da inglesa Autocar, o veículo outrora planejado para ser chamado de ID 1, o menor dos VW elétricos, vai também mudar de nome; será o novo Up!. Se ganhará ou não o aposto ID ainda é uma incógnita.
O Up! original, apesar de não ter sido exatamente o sucesso pretendido nem aqui no Brasil, nem lá na Europa, está rapidamente se tornando cult: um carro adorado tanto pelos seus usuários fiéis, quanto pelos conhecedores e entusiastas, mesmo que o grande público o ignore.
Os preços no mercado de segunda mão indicam claramente isso, agora que o carro é parte do passado, depois de permanecer à venda na Europa por nada menos que 12 anos. Não é para todo mundo, o Up!, mas morno ele não é: ou se ama, ou se odeia; receita básica de algo memorável.
Então, para tentar capitalizar um pouco desta fama cult, segundo a Autocar, o ID 1, “canalizará o espírito do Volkswagen Up” e poderá até levar seu nome quando chegar em 2026. Deverá ser lançado depois do ID 2, que famosamente custará € 25.000 (R$ 134.250), e ser rival do próximo Renault Twingo e o novo Citroën e-C3, ambos carros que devem custar menos que € 20.000 (R$ 107.400).
“O ‘ID 1’ estará próximo do Up no que diz respeito ao uso desse carro”, disse Kai Grünitz, um executivo da VW com responsabilidade no projeto. “Não há tantas possibilidades de projetar um veículo pequeno em termos de sua aparência. Será um carro que se enquadra no DNA de design e funcionalidade, e da marca Volkswagen, mas a um preço mais baixo.”
O carro final também não estará equipado com capacidade de carregamento rápido de 200kW ou com uma bateria que lhe permita percorrer longas distâncias, porque é concebido como um carro urbano puro. Lembrando que o Volkswagen e-Up, quando a produção chegou ao fim em Bratislava, na Eslováquia, tinha autonomia de 260 quilômetros.
Questionado pela Autocar se o substituto do Up! poderia dar lucro neste preço, Grünitz sugeriu o que podemos imaginar: não é veículo para ser lucrativo, e sim uma porta de entrada para a linha elétrica da VW. A resposta honesta, então, seria “não”. (MAO)
Mercedes-Benz da Argentina comemora a Sprinter número 400.000
A fábrica da Mercedes-Benz Argentina no subúrbio de Buenos Aires chamado Virrey del Pino, comemorou no fim de 2023 um marco importante: produziu o Sprinter de número 400.000. A unidade era um Combi 20+1.
A fábrica, cujo nome homenageia o mais importante argentino a ser empregado pela marca alemã, Juan Manuel Fangio, produz o Sprinter nacional desde 1996. Todos os Sprinter que recebemos no Brasil desde então, vieram de lá, e representam uma vultuosa percentagem deste volume de produção. Desde 2020, é exportado para os EUA também, na versão chassi-cabine.
A empresa no final do ano passado introduziu o novo motor OM654 para o mercado local argentino, já que o propulsor era usado em todos os veículos de exportação, unificando a linha. O motor OM654 é um quatro cilindros turbodiesel com 1950 cm³, e nas Sprinter 417 e 517, fornece 163 cv e 40,8 mkgf de torque. A Sprinter ainda é uma das poucas Vans grandes de tração traseira, e o câmbio é manual de seis marchas. (MAO)
Ora 03 em cosplay de Porsche GT3 RS
Aqui o carro se chama GWM Ora 03; uma mudança que torna Ora, originalmente uma marca, aqui um modelo GWM. Defenestra também, por motivos óbvios, os nomes mais divertidos (não pelos motivos certos) usados lá fora: Ora Good Cat e Ora Funky Cat.
O desenho deste elétrico chinês é meio que retrô no tema Porsche e VW; o que obviamente iria em algum ponto cutucar o senso de humor de alguns tuners mundo afora. Parece que nem demorou nada: a empresa tailandesa Lumga Design criou um bodykit com referências de estilo de o Porsche 911 GT3 RS. Sério!
A Lumga Design está sediada no distrito de Lam Luk Ka, na Tailândia, e cria kits visuais para vários modelos chineses, incluindo o BYD Dolphin e o MG 3. Ainda assim, nada se destaca tanto quanto o Good Cat/Funky Cat/Ora 03 na versão “GT3 RS”.
O destaque do bodykit é o para-choque redesenhado que apresenta entradas de ar muito maiores, mas puramente decorativas, um splitter sob o capô. Essas características, em combinação com as guelras laterais características do GT3 nos para-lamas dianteiros, fazem este carro realmente engraçado. Pelos motivos certos!
Nenhuma alteração de desempenho aqui, claro: é só visual a brincadeira. O bodykit está disponível para encomenda através de uma empresa chamada Amotriz, ao preço de 42.000 bahts tailandeses, ou algo em torno de R$ 6000, na Tailândia. Parece que na Tailândia, onde o kit está disponível há um ano, é um imenso sucesso, com donos personalizando o desenho e pintura de maneira variada. (MAO)
V8 Dodge vive em 2024, nos Durango
O V8 OHV da Dodge/Chrysler supostamente morreu em 2023, mas não pode se dizer que foi silenciosamente. Em 2024 não esperávamos mais séries especiais de despedida do motor, mas elas continuam aparecendo. Agora é a vez do V8 de despedir da perua SUV Durango, da Dodge: é o (respire fundo) Dodge Durango Last Call SRT 392 AlcHemi.
O estranho nome é uma aliteração de Achemy, alquimia, a antiga “ciência” da idade média que pretendia transformar qualquer material vagabundo em ouro. O SRT 392 AlcHemi vem com freios Brembo amarelos, gráficos especiais com detalhes em amarelo e detalhes em amarelo no interior. As rodas são pintadas de preto Satin Black, e tem 20 polegadas. Emblemas pretos e peças internas de fibra de carbono fazem parte do pacote, também. Mantendo um tema metálico, as opções de cores externas são essencialmente não-cores, ou seja, preto, dois tons de cinza ou branco.
Trata-se de um pacote de aparência, então todo o resto permanece o mesmo, inclusive o já saudoso V8 OHV Hemi, aspirado, com 6,4 litros, 475 cv e 65 mkgf de torque. A tração é nas quatro rodas, e a transmissão é automática de oito velocidades.
A empresa, também, em seu comunicado à imprensa, confirmou que o tratamento Last Call eventualmente chegará ao Durango Hellcat, que ainda continua em produção em 2024. Sim, com todos os seus supercharged 710 cv. E mais: a Dodge confirmou que estas versões Last Call do Durango também existirão para o ano modelo 2025! Parece que as notícias da morte do V8 foram exageradas: ele ainda vive, nos Durango pelo menos.
O SRT 392 AlcHemi terá uma tiragem de 1.000 unidades, e o pacote adiciona US$ 3.595 (R$ 17.579) ao preço sugerido de um Durango SRT 392, que é de US$ 64.490 (R$ 315.356). A produção começa em abril, com as primeiras entregas previstas para maio, nos EUA. (MAO)