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V8 Hemi volta para a Ram 1500
Para surpresa de ninguém, a Stellantis americana, a empresa antes chamada de Chrysler Corporation, anunciou que sim, o V8 Hemi volta para as picapes Ram 1500 para 2026.
Tim Kuniskis é o executivo da empresa que trouxe o V8 Hellcat ao mundo; quando o V8 Hemi foi descontinuado a mando do antigo CEO Carlos Tavares, Kuniskis “se aposentou”. Quando Tavares foi defenestrado de seu trono, Kuniskis imediatamente voltou para a empresa, como CEO da Ram, e neste posto, começou a providenciar a volta do V8 que vemos agora.
Num excelente golpe de sorte para ele, a volta do V8 então é o primeiro ato do novo CEO da Stellantis, Antonio Filosa. Diz Kuniskis: “Todo mundo comete erros, mas a forma como você lida com eles define você. A Ram errou quando abandonamos o Hemi. Agora consertamos isso.”
O V8 aspirado OHV Hemi seria descontinuado em favor da nova família de seis em linha turbo de três litros, segundo os planos de Tavares. Mas nem chegou a realmente descontinuado: continuou nas Ram Heavy-Duty, e no Durango, e agora, volta para a Ram 1500.
O motor volta na versão de 5,7 litros, e produz os mesmos 400 cv e 51,5 kgfm de torque de antes. Kuniskis diz que foi a forma de voltar rápido: sem modificações. Assim, a calibração e o carro já estão homologados, e não é necessário recertificação.
Um obstáculo foi a nova arquitetura elétrica que a Ram introduziu no 1500 de 2025 para o Rev e o Ramcharger. O Hemi não foi projetado para essa plataforma, então Kuniskis criou uma equipe especial, codinome F15, que reduziu o tempo de adaptação para apenas seis meses.
O V-8 estará disponível nas versões Tradesman, Big Horn, Express, Warlock, Laramie, Rebel, Limited e Longhorn. Um novo emblema chamado de “Symbol of Protest Badge” identifica as picapes V8, instalado nos para-lamas dianteiros.
O que se comenta agora é que a TRX, com o V8 supercharged de 6,2 litros que na Dodge chamava Hellcat, vai voltar também. O motor continua em produção e está disponível no Durango Hellcat 2026. Tim Kuniskis e o V8 Hemi parecem ser a nova história épica de retorno desta indústria. Quando o cliente vota certo com o seu dinheiro, coisas boas acontecem! (MAO)
Honda Civic Type R se despede da Europa em série especial
Em uma coisa vamos estar melhor que os europeus: a gente ainda pode comprar Honda Civic Type R. OK, aqui é caro pacas, mas… pelo menos está disponível. E não é assim que o carro é barato na Europa; em alguns lugares como a Holanda, custa o mesmo preço daqui.
Mas na Europa, a Honda diz que está sendo essencialmente forçada a aposentar o carro. O discurso oficial diz que “a indústria está mudando, e nossa linha de modelos precisa evoluir junto com ela, de acordo com a legislação europeia”. Mas a gente sabe o que significa: legislação de emissão. O carro será descontinuado no fim deste ano no Velho Continente.
Mas antes de acabar, uma edição especial limitada, claro. É o Civic Type R Ultimate Edition. A edição especial vem apenas em Branco Championship, com listras vermelhas no capô e as laterais, e com teto exclusivamente na cor preta.
Há também uma asa traseira de fibra de carbono na Ultimate Edition. No interior, mais deste material (ou pelo menos, aparência dele): nas soleiras das portas e no console central. Os conhecidos tapetes vermelhos vem com um emblema metálico especial. Para deixar claro que este não é um Civic comum, projetores embutidos nas portas dianteiras exibem o logotipo do Type R em vermelho e branco, no chão, com a porta aberta. Vem também com uma caixa de presente contendo um chaveiro de carbono, um emblema numerado e uma capa para carro.
Mecanicamente, nada muda, e vamos falar sério, nem precisa. É o mesmo motor turbo de 2.0 litros e 330 cv. A potência é enviada às rodas dianteiras por meio de uma caixa manual de seis velocidades, permitindo uma aceleração de 0 a 100 km/h em 5,4 segundos. E um chassi que é reputado como sendo o ápice da tração dianteira, claro. Detalhes de preço e disponibilidade ainda não foram divulgados. (MAO)
Lotus melhora o Emira para 2026
O único carro da Lotus que a parece gerar algum interesse continua sendo o Emira; o carro esporte pode não ser mais leve como seus antecessores, mas ainda assim, é um exemplo do que a marca pode ser, unindo motores comprados com um chassi de capacidade invejável. Um Lotus tradicional, em outras palavras.
Agora, para 2026, a Lotus realizou diversas atualizações técnicas que aprimoram seu desempenho em pista e, ao mesmo tempo, aumentam o conforto no dia a dia. É uma série de melhorias pequenas, mas que mostram que, talvez, a empresa tenha reajustado seu foco para prestar atenção nele. O que seria uma ótima noticia, em vários níveis.
Todos os novos Emiras apresentam linhas de arrefecimento redirecionadas que melhoram o fluxo para o radiador de óleo da transmissão e o radiador principal. A nova tubulação também reduz o peso do veículo, o que é sempre uma vantagem. Na versão com motor 2.0 turbo AMG, a Lotus também recalibrou a transmissão de dupla embreagem de oito velocidades para trocas mais suaves e rápidas. Há também duas novas cores: Verde EOS e Roxo Haze metálico.
O Emira, com motor V6 e câmbio manual também recebeu algumas atualizações. Agora, ele se chama V6 SE e é o novo carro-chefe do modelo. O V6 de 3,5 litros do Toyota Camry, equipado aqui com supercharger Edelbrock para 400 cv, é o mesmo de antes, mas a Lotus otimizou os amortecedores e fez “ajustes sutis no alinhamento das rodas” para melhor dirigibilidade e conforto.
A transmissão manual de seis marchas do Emira V6 SE foi aprimorada em sua qualidade de trocas com um novo suporte de compressão para a caixa de câmbio. A empresa afirma que a atualização resultará em “trocas de marcha mais precisas”.
O Lotus Emira Turbo tem preço inicial na Inglaterra de £ 79.500 (R$ 602.014), enquanto o V6 SE custa £ 96.500 (R$ 730.747). A empresa já está aceitando pedidos, e o carro deve chegar nas lojas em setembro. (MAO)
Honda CB350 H’ness chega na Argentina
Lembram da CB360 bicilíndrica dos anos 1970? Com design característico das quatro em linha, mas com um delicioso e girador bicilíndrico mais barato, fez muito para popularizar a marca Honda mundialmente. Sua sucessora, a CB 400, com outro bicilíndrico famoso, foi um sucesso ainda maior aqui, fabricada em Manaus em tempos de fronteiras fechadas.
Pois bem, para todos nós saudosistas dessas motos, existe uma opção bem legal agora para lembrar delas em uma moto moderna. É a nova CB 350 H’ness recém-lançada. Mas dois problemas me impedem de ir imediatamente à um concessionário da marca e encomendar uma: primeiro, foi recém-lançada não aqui, mas ao sul de nossas fronteiras, na vizinha Argentina. E segundo, negando tradição da marca, é uma monocilíndrica.
Na verdade, é menos uma reedição da CB 360 e mais uma versão Honda da popular indiana Royal Enfield 350 Hunter. Com visual de linhas clássicas e monocilindro moderno, é basicamente a mesma fórmula da moto indo-inglesa. Não é surpresa que é importada da Índia para o país vizinho.
O motor então é um monocilíndrico de 349 cm³, com injeção eletrônica, arrefecimento a ar e transmissão de cinco marchas. São 20,7 cv e 3,1 mkgf de torque. A embreagem é assistida e deslizante. Segundo a Honda, o motor tem entrega de torque eficiente desde baixas rotações, o que favorece a condução urbana e em estrada.
A moto vem com ABS de dois canais, e o sistema ESS (Emergency Stop Signal), que aciona o pisca-alerta em frenagens de emergência. Os freios em si consistem em disco dianteiro único de 310 mm com pinça dupla da Nissin, e disco traseiro também. A suspensão dianteira é do tipo telescópica Showa, com 106 mm de curso. A traseira tem dois amortecedores com regulagem de pré-carga. O painel é analógico com display digital integrado e toda a iluminação é em LED, incluindo piscas fixos. A moto pesa 181 kg, tem entre-eixos de 1,391mm, rodas de 19 polegadas na frente e 18 atrás, e o selim está a 800 mm do chão.
Existem três opções de cor: Matte Marshal Green Metallic, Pearl Nightstar Black e Precious Red Metallic. O modelo já está à venda na Argentina, com preço sugerido de $ 9.550.000 pesos (R$ 45.300). (MAO)