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Mercedes-AMG One bate recorde em Nurburgring
A notícia de hoje é a confirmação da notícia de ontem: o Mercedes-AMG One realmente bateu o recorde de carros de rua em Nurburgring. Percorreu os 20,8 quilômetros de Nürburgring Nordschleife em 6 minutos e 35,183. Antes disso, o Porsche 911 GT2 RS da Manthey Racing detinha o título com um tempo de 6 minutos e 43,0 segundos.
O recorde foi quebrado em 28 de outubro de 2022, e como sempre, foi uma saga complexa. Quando a equipe começou, o Nordschleife ainda tinha trechos úmidos, inclusive na linha ideal em algumas áreas. Quando as condições finalmente melhoraram, a Mercedes tinha menos de uma hora restante na pista só para si. O piloto Maro Engel só conseguiu fazer quatro voltas rápidas.
Engel já estabeleceu um novo recorde antes do tempo acabar, mas as condições da pista continuaram melhorando. Ele saiu para uma última volta e conseguiu ser ainda mais rápido.
A Mercedes diz que contratou um Notário, um chefe de cartório alemão (imagine isso) para confirmar que o AMG One era um veículo de especificação de produção. Um cara poderia fazer um milhão de perguntas sobre isso. É virtualmente impossível que alguém de fora descubra algo errado se a empresa quisesse roubar. Eu digo truco: esse jogo antigo de recordes nessa pista tem mais sujeira debaixo do tapete que a sala de Don Corleone.
Mas divago; o fato é que o sarrafo subiu mais um pouco, e agora o tempo a ser batido é da AMG. A luva está novamente no ringue, e tudo mais.
Lembrando: O Mercedes-AMG One tem 1.049 cv de um V6 de fórmula 1 com apenas 1,6 litros, e quatro motores elétricos. Faz 0-100 km/h em 2,9 segundos, 0-200 km/h em 7,0 segundos, e chega a 352 km/h. Engel chegou a 338 km/h no curso de sua volta vitoriosa. (MAO)
McLaren Senna bate recorde de Interlagos.
Todo mundo lembra do Senna. O McLaren, não o Ayrton; sei que lembram dele também. O supercarro para usar em pista da marca inglesa é uma fera com um motor V8 biturbo de 4,0 litros, e 800 cv; faz 0-100 km/h em 2,7 segundos e chega a 335 km/h. Tem também aerodinâmica ativa na frente e atrás que pode gerar até 800 kg de downforce. Um carro de rua, sei.
Mas oficialmente, é possível de ser homologado e emplacado, então é um carro de rua aos olhos da lei. O que mostra que realmente essas leis são mais cegas que um morcego de dia, mas não importa: se é de rua, pode bater recordes de carro de rua. E é exatamente o que ela fez no circuito mais importante do país de Ayrton Senna: Interlagos.
No evento UK Motors Academy Porto Seguros, organizado pelo importador da McLaren no Brasil, o piloto profissional Ricardo Mauricio fez um tempo de volta de 1m37.856, 5,1 segundos mais rápido que o recorde da volta anterior.
O McLaren Senna vem colecionando recordes de pista: é dele o melhor tempo também no Motorsport Park do National Corvette Museum, no Virginia International Raceway, em Laguna Seca, Hockenheim e Sachsenring, nas mãos de uma variedade de pilotos.
Ao todo, o Ricardão Ricardo Maurício deu um total de 25 voltas, incluindo voltas de entrada e saída dos boxes. No entanto, não precisou de todo esse tempo: já bateu o recorde anterior na sua primeira tentativa. Sua volta mais rápida, porém, foi a sexta. (MAO)
Esta é a Royal Enfield Super Meteor 650
Ah a Royal Enfield. Desde que esta marca inglesa exilada na India veio para o Brasil, imediatamente virou a queridinha dos motociclistas de uma certa idade, mas que não conseguiam se ver em cima de uma Harley-Davidson. As Royal Enfield, sabe, são motos com cara de motocicleta mesmo. Tanque, motor, assento plano, farol redondo e boa.
A estrela da marca é sem dúvida a bicilíndrica 650; uma moto com cara de coisa dos anos 1970, mas com ciclística e qualidade atual. É um sucesso da meia idade; um monte de amigos meus grisalhos correram comprar uma. E mesmo descontando-se a imagem, o preço é bem justo para uma moto 650 deste porte. É linda, muito boa, e barata; me espanta que não faça ainda mais sucesso.
Agora a marca mostra mais uma variação da 650; depois da “Standart” Interceptor e da “Café Racer” Continental GT, agora vem a versão ainda mais geriátrica “Custom”: a Super Meteor 650.
O motor é o mesmo bicilíndrico paralelo de 648 cm³ com 47 cv a 7.250 rpm. O câmbio de 6 velocidades também é o mesmo. O estilo é uma piscadela para as Harley, mas bem mais sutil. A Super Meteor 650 recebe um garfo telescópico invertido na frente, uma roda de 19 polegadas na frente e uma roda de 16 polegadas na traseira. A altura do assento é de 740 mm. O peso declarado é de 241 kg em ordem de marcha.
É uma Custom, para quem não quer realmente uma custom, ou uma Interceptor para quem gosta de jaqueta preta com tachinhas. Mais um sabor para uma motocicleta deliciosa. (MAO)
Bugatti Mistral é um roadster capaz de 420 km/h
A Bugatti divulgou alguns dados de um carro sobre o qual não tinha falado muito: a versão “conversível” do Chiron, o Mistral. É a última variação do Chiron, e provavelmente o último dos monstrengos com um W16 de oito litros e quatro turbos.
Já existiu um Mistral no passado; o Maserati Mistral, um cupê italiano de 1963, com um seis em linha de quatro litros. “Mistral” na verdade é é um vento forte e frio de noroeste que sopra do sul da França para o Golfo de Lion, no norte do Mediterrâneo. O Maserati Mistral tinha 225 km/h de final; mas o Mistral 2023 poderá colocar mais 200 km/h em cima da velocidade final do Mistral 1963. Não é à toa: tem também 10 cilindros a mais, o dobro da cilindrada e quatro turbos! Barrabás…
O Veyron 16.4 Grand Sport Vitesse atingiu 408,84 km/h em 2013. Agora, a Bugatti está confiante de que o Mistral superará isso facilmente. Emilio Scervo, diretor de tecnologia da Bugatti Rimac, diz que o novo roadster foi projetado para atingir uma velocidade de pelo menos 420 km/h.
O último carro de estrada W16 que a Bugatti fará, este espetacular roadster de 1.577 cv será limitado a apenas 99 unidades. Quer um? Chegou tarde; todos eles já foram encomendados, apesar do preço-base de 5 milhões de euros. As entregas aos clientes estão programadas para começar em 2024. (MAO)
RAM cria picape exclusiva para Chris Stapleton
Não estou nada familiarizado com a música caipira americana, então me desculpem se cometer alguma gafe; a notícia aqui é que um certo músico caipira chamado Chris Stapleton e a divisão Dodge Ram da Stellantis colaboraram em uma picape de aparência retrô.
Chama-se “The Traveller”, em homenagem ao álbum de estreia de Stapleton de 2015. Recua os braços do relógio 40 anos, até a virada dos anos 1980, com toques das picapes Ram, que então eram Dodge Ram, dessa época.
Isso porque aparentemente o Sr. Stapleton adorava sua Dodge Ram Palomino de 1979. E o pouco que sei desse povo brejeiro e bucólico inclui o fato de que eles realmente gostam de suas picapes. Dizem que é só elas começarem a ficar autônomas de verdade para as músicas caipiras começarem a cantar as mazelas de um sujeito que foi abandonado pela sua RAM, e não mais apenas pela esposa. Tá, provavelmente nem toda música caipira é sobre abandono conjugal. Mas o que sei eu desse assunto?
Divago; o fato é que toda a decoração da nova RAM reflete a decoração da antiga RAM de Stapleton; das cores hoje diferentes e interessantes, ao ornamento de capô que é um bode chifrudo estilizado, o “Ram” em inglês.
Dentro, aparentemente as camisas de flanela de Stapleton foram picotadas e viraram insertos diversos nos estofados. Pelo menos foi o que entendi. (Nota do Editor: na verdade, o tecido apenas emula uma camisa usada em capa de disco. E o MAO sabe disso; está tentando ser engraçadinho). As rodas também tem desenho único, e emulam as rodas antigas.
O carro permanecerá único, um presente da marca para o cantor. O que certamente soa como uma decepção para os fãs do indivíduo em questão. Mas o fato é que foi criado apenas para celebrar a longa parceria de Ram com a Stapleton, bem como comemorar a exposição “Chris Stapleton: Since 1978”, no Country Music Hall of Fame and Museum, que fica, claro, em Nashville, Tenesse. (MAO)