Nem só de lançamentos internacionais viverá o ano de 2020. Na verdade, o panorama de novidades para o nosso mercado está muito bem ocupado – em todos os segmentos e faixas de preço há alguma novidade a caminho. Algumas estão confirmadíssimas, enquanto outras já são dadas como certas.
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Nós separamos neste post algumas delas – as mais interessantes do ponto de vista entusiasta e as mais importantes para o mercado. Não incluímos reestilizações, mas neste quesito também estamos bem servidos: Audi A4 e Q7, Jaguar F-Type, Chevrolet S10 e Mitsubishi L200, por exemplo, são alguns dos carros que vão ganhar cara nova.
Confira, a seguir, os carros novos que estamos aguardando com mais ansiedade para o ano que acabou de começar.
Volkswagen Virtus GTS
Como dissemos no Zero a 300 de hoje, a VW optou por lançar primeiro o Polo GTS, revivendo os tempos de Gol GTS. O Virtus GTS, sua versão de três volumes, vai ficar para o mês que vem. A receita é exatamente a mesma: decoração inspirada no Polo GTI europeu, motor 1.4 turbo TSI de 150 cv, câmbio automático de seis marchas e melhorias nos freios e suspensão. Também esperamos as rodas de 17 polegadas inspiradas no Golf GTI.
Volkswagen Nivus
Não podemos esquecer do Nivus, o “SUV-cupê” derivado do Polo que, a nosso ver, virá como uma alternativa mais compacta e descolada ao T-Cross – ainda que seja menor que ele. Sua silhueta já é conhecida, tendo sido divulgada pela Volkswagen como teaser, mas sua identidade visual pode se afastar um pouco do Polo na dianteira. Os motores ainda são uma incógnita — fala-se em 1.6 16v e 1.0 TSI ou no 1.0 TSI nas configurações de 105 cv para o modelo de entrada e 128 cv para o modelo de topo. O que é praticamente certo é que ele não terá o 1.4 TSI. A ideia aqui é enfrentar as versões de entrada do Nissan Kicks, do EcoSport e do Renault Duster, além do Honda WR-V.
Volkswagen Tarek
Batizado com o nome de um buggy a diesel que participou do Rally Dakar nos anos 2000, o Tarek deve chegar ainda em 2020 para assumir o lugar do Tiguan Allspace com motor 1.4 — aparentemente a Volkswagen só optou por oferecer a carroceria longa com o motor de 150 cv enquanto o Tarek não fica pronto.
Mirando especialmente no bem sucedido Jeep Compass, o VW Tarek será equipado com o mesmo motor 1.4 TSI de 150 cv do Tiguan, acoplado ao câmbio automático de seis marchas ligado às rodas dianteiras. Vale lembrar que o Tarek servirá como base para o visual da futura rival da Fiat Toro, a Volkswagen Tarok. Mas esta, ao que tudo indica, ficará para 2021.
Atlas Cross Sport
O Volkswagen Atlas Cross Sport, versão “SUV-cupê” do grandalhão Atlas, enfim deve chegar em 2020 para substituir o VW Touareg, que tornou-se caro demais para nosso mercado. É simples de entender: enquanto o Touareg tem a mesma plataforma do Audi Q7 e do Porsche Cayenne, o Atlas é feito sobre a base modular MQB, o que reduz custos de desenvolvimento e fabricação.
Versões e motorização ainda não foram revelados, mas nos EUA o Atlas Cross Sport é dotado de um motor 2.0 turbo de 240 cv e 35 kgfm de torque ou de um V6 de 3,5 litros, 280 cv e 36,8 kgfm de torque. Não descartamos nenhuma das duas possibilidades, embora o motor V6 seja uma maneira de afastar mais o Atlas da opção imediatamente abaixo dele, o Tiguan Allspace e seu motor 2.0 TSI de 220 cv — especialmente porque somente o Atlas V6 tem tração nas quatro rodas.
Ford Escape
A Ford está em uma situação complicada com o Ford Fusion praticamente morto e uma linha de carros de passeio acessíveis que se resume ao Ka e ao EcoSport. Já não existem mais Fiesta e nem Focus; a Ford Ranger atende a um nicho específico; o Edge ST e o Mustang atuam como halo cars. Com isso, os concessionários já ficam preocupados, afinal, não dá pra sobreviver vendendo somente o Ka e a Ranger.
O Ford Escape é um dos dois modelos que a Ford irá lançar para tentar reverter esta situação quase vergonhosa. Vendido como Ford Kuga em certos mercados, ele usa a plataforma do Focus e até se parece bastante com ele, incluindo nas proporções e identidade visual. Até agora, fala-se em uma única versão, equipada com um conjunto híbrido composto por um motor de 2,5 litros mais um motor elétrico, totalizando 225 cv. O Escape ficaria no lugar do Fusion de topo, beliscando os R$ 180.000, mas ainda muito distante do EcoSport. Para preencher este gap, virá o…
Ford Territory
Há mais certeza quanto ao Ford Territory do que em relação ao Escape – ele já apareceu no Salão do Automóvel e está no site da fabricante, na seção de futuros lançamentos. O projeto desenvolvido na China tem um visual mais próximo dos Ford vendidos nos EUA. E, apesar de ter porte semelhante ao do Escape – e também posicionar-se na investida dupla contra o Jeep Compass – o Territory será mais simples em termos de acabamento.
Isto não quer dizer, porém, que ele será pobre em equipamentos. Ao contrário: custando entre R$ 120.000 e R$ 140.000 (valores estimados), ele trará desde o modelo básico itens como central multimídia com tela sensível ao toque, quadro de instrumentos digital, assistentes eletrônicos de condução e carregador de celulares por indução. Mecanicamente ele contará com um motor 1.5 turbo de 140 cv, mas não um EcoBoost baseado no 1.5 Dragon de três cilindros, e sim um projeto derivado da Mitsubishi.
Fiat Strada
A bem sucedida Fiat Strada já é um projeto muito antigo e, por mais que venda bem, não pode ficar para sempre na primeira geração. Embora o nome de sua sucessora ainda não seja confirmado, muito sobre ela já se sabe: ela usa uma plataforma mista, com elementos do Fiat Mobi (incluindo colunas “A” e portas), do Argo e do furgão Fiorino.
Esteticamente ela terá a nova identidade visual da Fiat, incluindo uma dianteira inspirada pela dupla Mobi/Argo, enquanto a traseira trará elementos da Toro, como o “santo-antônio” embutido atrás das colunas B/C e o formato das lanternas traseiras.
A mecânica não deve trazer muitas novidades – a linha de motores da Fiat está bem consolidada. A “nova Strada” deverá ter o motor 1.3 Firefly, com 109 cv e 14,2 kgfm de torque. Espera-se o lançamento para o mês de abril.
Chevrolet Tracker
Depois da renovação do Onix, 2020 trará enfim o novo Chevrolet Tracker, que utilizará a mesma plataforma – e, de maneira similar, possui certo caráter global: ele será fabricado na China e no Brasil (por aqui, na mesma fábrica de onde saem Montana, Cobalt e Spin.
Embora ainda não se possa confirmar, é bem provável que o Tracker se valha do mesmo motor 1.0 turbo do Onix, com 116 cv e 16,8 kgfm de torque. Mas, ao que tudo indica, apenas o Tracker contará com uma versão de maior deslocamento, com 1,2 litro e algo entre 130 cv e 140 cv.
Honda Fit e City
Apresentada no final ldo ano passado, a nova geração do Honda Fit não deve levar muito mais tempo para chegar ao Brasil – embora a fabricante não tenha se pronunciado oficialmente, insiders dizem que há chances de vê-lo por aqui ainda em 2020, embora mais para o fim do ano. Como ele é um carro importante, optamos por incluí-lo no campo das possibilidades.
Ainda não é certa a motorização a ser adotada no Brasil. No Japão o Honda Fit será oferecido apenas com tecnologia híbrida, mas por aqui ele terá o novo motor 1.0 turbo de três cilindros e 120 cv que também irá equipar o City.
Apresentado em novembro de 2019, o novo Honda City também pode dar as caras no Brasil este ano. O carro adota a mesma plataforma do novo Fit – que tem entre-eixos de 2.589 mm, 11 mm mais curto que o anterior, mas promete mais espaço interno graças ao reposicionamento do conjunto mecânico. Lá fora ele é vendido apenas com o já citado motor 1.0 turbo de três cilindros e 120 cv. Há quem diga que ambos possam manter o motor 1.5 atual, mas achamos isso pouco provável porque ele precisa de uma resposta à altura para o Chevrolet Onix Plus, que já está entre os carros mais vendidos no país. Além disso, a Nissan trará o novo Versa neste ano, que também irá disputar a atenção do público com o City.
Kia Rio
Algo bem mais concreto vem da Coreia do Sul: o Kia Rio, que não deve levar mais que duas semanas para ser lançado oficialmente. A Kia já deu todas as informações a seu respeito, incluindo versões e preços. A princípio, o hatch será vendido em duas versões, ambas importadas do México e ambas equipadas com motor 1.6 flex de 130 cv – o mesmo usado pelos Hyundai Creta e HB20 e pelo Kia Soul – acoplado a uma caixa automática de seis marchas.
O Kia Rio LX, de R$ 69.990, será equipado com central multimídia com touchscreen de sete polegadas, retrovisores elétricos, câmera de ré, hill holder, volante com comandos, sensor de pressão dos pneus, banco do motorista com ajuste de altura, ar-condicionado manual, faróis de neblina e controles eletrônicos de tração e estabilidade. Por R$ 79.990, o Kia Rio EX trará todos os equipamentos presentes no LX, mais ar-condicionado automático, cruise control, luzes diurnas de LED, retrovisores com rebatimento elétrico e repetidores dos piscas, acabamento de couro no volante e grade dianteira em preto brilhante. Com isto, ele poderá ser um bom rival para o VW Polo – ainda que tenha levado tempo demais para chegar ao Brasil. Vai ser interessante ver a reação do público.
Citroën C5 Aircross
Seguindo sua estratégia de focar-se em utilitários descolados, a Citroën vai substituir as minivans C4 Picasso e Grand Picasso pelo C5 Aircross, que alia a mesma pegada do C4 Cactus com uma carroceria maior e a mesma plataforma do Peugeot 3008 – com quem também divide o motor 1.6 turbo de 180 cv, acoplado a uma caixa automática de seis marchas. Como o 5008, ele virá importado da França, e deverá custar na faixa dos R$ 140.000.
Peugeot 208
Falando em Peugeot, a novidade da fabricante será o 208, que virá da Argentina e terá a missão de renovar o interesse pela marca no Brasil, inaugurando enfim a nova identidade visual da Peugeot por nossas terras. A fabricante promete um impacto tão grande como o que o Peugeot 206 trouxe no fim da década de 1990.
Se este será o caso, não sabemos – e também não há certeza sobre motores ou versões. Acredita-se que o novo 208 aproveitará os motores 1.2 e 1.6 usados atualmente, e a chegada da versão elétrica e-208 ainda é uma incógnita. Mais detalhes deverão ser revelados nos próximos meses.
Nissan Versa
O Nissan Versa renovado também está com data marcada para chegar ao Brasil: junho de 2020. Posicionado acima do modelo atual, que passará a se chamar Nissan V-Drive, o novo Versa tem uma plataforma nova, visual bem mais atraente e esguio, e uma versão atualizada do motor 1.6 utilizado pela geração atual – no novo Versa mexicano, estamos falando de 120 cv, mas a adaptação para rodar com etanol e gasolina pode arrancar alguma potência a mais.
Sua missão é clara: encarar o VW Virtus, o novo Chevrolet Prisma Plus, o Honda City e o Fiat Argo, enquanto o V-Drive ficará no front contra o VW Voyage e o antigo Prisma.
Renault Duster
A nova Renault Duster é algo de que já se fala há tempos, mas só nesta semana confirmou-se seu lançamento para o próximo mês de março. O “SUV do Sandero”, de forma controversa, não adotará uma nova plataforma, e seu novo visual é claramente evolutivo em relação ao modelo atual. Entretanto, fala-se em uma melhoria considerável em construção e acabamento, e o design do interior também mudará bastante, agora com saídas de ar retangulares e um aspecto geral mais refinado.
Mecanicamente, porém, há uma novidade importante nos planos: o atual motor 2.0 deverá ser substituído pelo motor 1.3 turbo desenvolvido em parceria com a Mercedes-Benz — e que já equipa o A200 Sedã. No Duster, ele deverá usar a versão de 150 cv, mas não descartaríamos a adoção da versão de 170 cv. As versões de entrada usarão o mesmo 1.6 SCe do modelo atual, com 120 cv.
Mercedes-AMG CLA45
Falando em algo mais entusiasta, é esperada a chegada do sedã compacto esportivo da Mercedes-Benz – o AMG CLA45 de nova geração, que já é bem conhecido – estamos falando do “baby-AMG”, dotado do quatro-cilindros produzido em série mais potente da atualidade (2.0 turbo, 421 cv), câmbio de dupla embreagem e oito marchas, tração nas quatro rodas e a capacidade de ir de zero a 100 km/h em quatro segundos cravados e máxima de 270 km/h.
Obviamente estamos falando de um modelo de nicho, cujo preço não deverá ficar abaixo dos R$ 400.000. É mais dinheiro do que custa um Ford Mustang ou um Chevrolet Camaro, mas o público-alvo não se importa tanto com isto.
Mercedes-Benz GLA
Falando nos Mercedes menores, também esperamos a nova geração do GLA, o crossover do Classe A/CLA. Ele já foi apresentado lá fora, tendo adotado uma postura mais próxima de um SUV do que de um crossover, e no Brasil deve desembarcar no segundo semestre.
Inicialmente as versões deverão ser duas: uma com motor 1.3 turbo de 163 cv; e outra com motor 2.0 turbo de 306 cv – não descarta-se, porém, a disponibilidade de versões AMG 35 ou 45. Apelo elas têm.
Mercedes-Benz EQC
Sem data exata marcada, porém confirmado para o Brasil, está o SUV elétrico EQC da Mercedes-Benz, que une visual levemente futurista a um conjunto composto por dois motores elétricos, um em cada eixo, para entregar 408 cv e obter tração nas quatro rodas. A autonomia prometida é de até 400 km, o que torna o EQC uma opção de emissão zero para quem não quer ficar preso a trajetos urbanos.
BMW Série 2 Gran Coupe
Revelado em outubro de 2019, o BMW Série 2 Gran Coupé tem lançamento quase certo para o Brasil em 2020 – a fabricante da Baviera não vai querer ficar atrás do Mercedes-Benz CLA200, recém-renovado e mais atraente que o modelo anterior. E agora eles vão competir de igual para igual, pois o BMW agora tem tração dianteira e uma pegada mais urbana e acessível – não em termos de preço, mas de comportamento dinâmico, espaço interno e praticidade, adotando a plataforma e a mecânica do atual Mini. O mesmo que aconteceu com o Série 1.
Mini Electric
Aproveitando a arquitetura do atual Mini, a BMW decidiu dar a ele, enfim, uma versão elétrica, também revelada no segundo semestre de 2019. A estratégia da Mini com ele é criar um elétrico com “cara de carro normal” e tão prático quanto, com preço agressivo e a mesma filosofia de diversão ao volante dos modelos tradicionais.
Não surpreende que filial brasileira tenha decidido vendê-lo por aqui – definitivamente há demanda do público brasileiro por ele. O motor é o mesmo de algumas versões do BMW i3: um elétrico de 181 cv e 27,5 kgfm de torque, suficientes para levar o hatchback de zero a 100 km/h em 7,3 segundos. Com uma bateria de 32,5 kWh em formato de T sob o assoalho, o Mini Electric promete autonomia de até 231 km, e é recomendado para uso urbano ou viagens curtas.
Novo Land Rover Defender
A revelação do Land Rover Defender do século 21 foi aguardadíssima – e as reações dos entusiastas foram mistas por conta do visual modernizado e da pegada mais sofisticada. De todo modo, o futuro do novo Defender parece promissor, e obviamente a Land Rover vai trazê-lo para cá. Sua vinda para o Brasil em 2020 está confirmada, mas detalhes sobre versões e motorizações ainda são nebulosos.
A nova plataforma, porém, foi pensada para o mesmo sistema híbrido leve usado por outros modelos da linha, e não é de se duvidar que a Land Rover opte por incorporar as novidades a sua gama brasileira.
Ram 1500
Entre as picapes, a primeira grande novidade para 2020 é a chegada da Ram 1500. Sua estratégia é curiosa: oferecer uma picape maior para competir com as médias já consolidadas em suas versões mais caras – Hilux e Amarok com motor V6, por exemplo. Com preço superior a R$ 200.000, a Ram 1500 difere do modelo 2500 pela possibilidade de ser conduzida com habilitação da categoria B, por não ultrapassar o peso bruto total (PBT) de 3,5 toneladas. A motorização ainda não foi confirmada. A aposta mais certa é o V6 turbodiesel de 3,6 litros e 264 cv.
Jeep Gladiator
A outra novidade – possivelmente a mais esperada – também vem do grupo FCA: a Jeep Gladiator, que até teve sua chegada adiantada pela demanda do público: esperava-se que ela viesse só em 2021, mas agora já é dado como certo (ainda de forma extra-oficial) seu lançamento no segundo semestre de 2020. A caminhonete do Wrangler muito provavelmente será vendida apenas na versão Rubicon, com um V6 de 3,6 litros a gasolina de 289 cv, custando perto dos R$ 300.000.