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Audi A1 Sportback: nova geração fica maior, mais agressiva e mais esportiva

O tempo passa, e passa rápido. Foi em 2010 que a Audi apresentou seu menor modelo, o A1. O hatch compacto das quatro argolas tinha caráter esportivo, proporções harmônicas, motores turbo e até edições limitadas com tração nas quatro rodas. Depois de um facelift de leve em 2015, o A1 acaba de chegar à sua nova geração – depois de “vazarem” fotos, agora temos as informações e imagens oficiais.

Ele ficou mesmo agressivo, não? De acordo com o designer do novo A1, Jürgen Löffler, o carro foi inspirado diretamente pela heritage da Audi nos ralis. O que chama a atenção primeiro é a nova face, com uma grade maior e mais angular (como nos Audi A8 e Q8), e três entradas de ar horizontais abaixo da linha do capô, que remetem ao Audi Sport Quattro S1, versão de entre-eixos curto do Quattro que correu no Grupo B de rali em 1984 – uma solução estética ousada que caiu bem à nova personalidade do A1, cujas entradas de ar no para-choque também cresceram.

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O porte do novo A1 o aproxima do primeiro Audi A3, que tinha 4,15 m de comprimento, 1,42 me de altura e 1,73 de largura

No geral todo o carro ficou mais retilíneo, incluindo os faróis, as janelas laterais e as lanternas traseiras (que alguns podem até dizer que se parecem muito com peças da BMW). O desenho dos vidros laterais traseiros e das colunas C, aliás, também é descrito pela Audi como uma referência ao Quattro original, embora também nos lembre os SUVs da marca, em especial o Audi Q2 pelo contraste de cores.

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As rodas são de 18 polegadas

O novo A1 mudou de plataforma – ele era um dos últimos carros compactos do grupo VW a usar a antiga PQ25, que deu lugar à arquitetura modular MQB (a mesma dos VW Golf e Polo, do Audi A3 e de alguns modelos da Seat e da Skoda). Com isto, o hatch ganhou 56 mm de comprimento, chegando aos 4,03 metros, enquanto a largura permaneceu nos mesmos 1,74 metros. O carro também ficou um pouco mais alto, passando de 1,41 para 1,43 metro. Dito isto, o entre-eixos (cuja medida exata não foi divulgada) continua longo e os balanços, curtos. Agora, um detalhe que reflete as atuais tendências do mercado: se o primeiro A1 foi apresentado com duas portas e só depois ganhou uma versão de quatro portas, o novo A1 foi apresentado Sportback, e a chance de que uma versão de duas portas seja apresentada é quase nula.

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As novas medidas tornaram o Audi A1 um carro mais amplo por dentro, de acordo com a fabricante, incluindo um aumento de 65 litros na capacidade do porta-malas., chegando a 355 litros (ou 1.090 litros com os bancos rebatidos). Mas o que chama mesmo a atenção foi a mudança radical na identidade viusual do interior. Antes o habitáculo do A1 era inspirado pelo A3 e pelo TT, com formas arredondadas no painel e saídas de ar circulares, além de uma tela multimídia retrátil. Para a segunda geração, a marca decidiu tomar inspiração nos modelos mais caros da família, em especial o Q8. É só reparar na orientação horizontal dos elementos, no cluster digital e na tela sensível ao toque no centro do painel, voltada para o motorista. É a primeira vez que o A1 adota o painel digital da família, com sua enorme tela digital de 10,25 polegadas, que é de série mesmo na versão mais básica.

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A central multimídia da Audi (MMI) traz de série uma tela de 8,1 polegadas sensível ao toque, sendo que na versão de topo a tela é de 10,1 polegadas. O sistema é o mesmo do Audi A8, e inclui reconhecimento de escrita e comandos de voz.

A Audi diz que pela primeira vez seus clientes poderão combinar as cores dos acabamentos externo e interno da forma que quiserem, com diversas opções de cores e materiais e até mesmo iluminação ambiente com LEDs de 30 cores diferentes.

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Uma opinião nossa: por mais que tenha ficado mais sofisticado e melhor equipado, o interior do novo A1 ficou menos parecido com um Audi e mais a cara de um VW – o Polo, especificamente. Embora os materiais sejam de melhor qualidade, a linguagem visual é muito parecida e a disposição dos elementos (saídas de ar, botões de comando, central multimídia, maçanetas, console) é praticamente a mesma.

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Segundo a Audi, as evoluções estilísticas visaram deixar o A1 ainda mais esportivo e apelativo para o público jovem. Suspeitamos, contudo, que o novo look do carro dividirá opiniões – de fato o carro ficou mais esportivo e agressivo por fora e por dentro, o que até combina com a personalidade do menor Audi de todos, mas talvez alguns acabem por sentir falta da elegância e discrição da geração anterior.

Até agora a Audi só divulgou imagens de duas versões do A1: 35 TFSI e 40 TFSI. Por alguma razão, a fabricante decidiu dar informações meio vagas a respeito das motorizações, limitando-se a dizer que os motores serão um 1.0 TFSI de três cilindros e 95 cv e dois quatro-cilindros de 1,5 e dois litros, também com turbo e injeção direta, capazes de entregar até 200 cv. A maioria das versões terá uma caixa manual de seis marchas de série e a transmissão S-Tronic de dupla embreagem e sete marchas como opcional. Exceto pelo modelo de topo, o Audi A1 40 TFSI, com motor 2.0 turbo de 200 cv, que virá de série com o câmbio de dupla embreagem. Ah, e não haverá nenhuma versão com motor a diesel. Em vez disso, nos próximos meses uma versão movida a gás natural deverá ser lançada na Europa (menos no Reino Unido).

Ainda não se falou nada a respeito de versões ainda mais potentes, mas já é dado como certo o lançamento do Audi S1 em 2019. O hot hatch do A1 deverá ter um motor turbo de 250 cv e tração nas quatro rodas com diferencial eletrônico Haldex. Esperamos fortemente que o pessoal de Ingolstadt siga se inspirando pela atuação da Audi no Grupo B de rali.

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Série limitada “Edition” tem rodas cor de bronze e o emblema da Audi folheado nas portas traseiras

O caráter mais esportivo do novo A1 também aparece na suspensão, que segundo a Audi foi recalibrada para oferecer mais controle, sendo que um conjunto ainda mais firme é opcional para todas as versões. No modelo básico, o pacote “Basis” acrescenta suspensão esportiva, pinças de freio vermelhas e discos de freio maiores. Nas outras versões, o pacote “Performance” inclui estes itens, mais amortecedores ajustáveis, uma válvula no escapamento para aumentar o ronco do motor ao toque de um botão e um seletor para diferentes modos de condução.

As encomendas do Audi A1 na Europa já começaram, com previsão de chegada às concessionárias no quarto trimestre de 2018. Os preços partirão de “menos de € 20.000” (cerca de R$ 86.000 em conversão direta).