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Zero a 300

BMW admite erro no M5 | O “Chevrolet” Spark EUV | Royal Enfield Shotgun 650 Icon e mais!

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Executivo admite erro do M5. Mas não como você imagina.

Fosse a nova BMW M5 uma pessoa e não um automóvel, estaria gritando na imprensa que foi body-shamed. Todo mundo, e o seu vizinho, reclamou que a BMW exagerou no peso de sua M5 híbrida moderna. Não é à toa: pesa dois mil quatrocentos e quarenta e cinco quilos em ordem de marcha. Isso mesmo: duas toneladas e meia, noves fora. Quase três baleias Shamu. Em relação ao seu antecessor, o M5 F90, este novo é 540 kg mais pesado. Como se levasse um Caterham no teto. As piadas se alastraram rapidamente, feito fogo em relva seca.

Todo BMW é pesado. Mas não como o novo M5

Um cara poderia imaginar que a BMW aprenderia com seu erro. Que entendesse que não há lugar para coisa assim. Quem sabe bolasse uma versão mais barata e mais leve do carro, sem a parafernália híbrida?

Sim, ela aprendeu. Mas não da maneira que você imagina. O chefe da M, Frank van Meel, disse à revista australiana Carsales: “O que eu pessoalmente aprendi é a maneira como a mídia social funciona. Da próxima vez; e você vê isso com outros concorrentes, eles aprenderam muito; cada concorrente que está atualmente lançando carros esportivos híbridos não revela o peso até o test drive, então esse é o aprendizado principal.”

Há vantagem num carro pesado?

Meu Deus. O aprendizado é não contar quanto o carro pesa? Senhor Van Meel, sei que é muito difícil admitir um erro. Principalmente para alguém como o senhor, acostumado a receber somente “amém” de todo mundo que convive diariamente. O que Herr Doktor não percebeu é que aqui fora, ninguém trabalha para ele. Não devemos reverência à sua suprema sabedoria. Van Meel acha que o carro é bom assim mesmo, mesmo pesado, e se acha injustiçado.

O que a imprensa internacional achou do novo BMW M5

Mas não é verdade. Ao mesmo tempo que ele dava esta entrevista, a Car and Driver americana, uma das poucas publicações mundiais que ainda testa carros de forma independente, estava colocando o M5 através do escrutínio de seus testes instrumentados. O resultado? Diz ela, em resumo:

“Apesar de 100 cv extras, o M5 da geração G90 compensa isso ganhando mais de 500 kg de peso, e seus tempos de 0-60 mph (0-96 km/h) e quarto de milha são mais lentos do que antes. A aderência em curvas em nosso skidpad é quase a mesma de antes, e o novo M5 é tão equilibrado e neutro quanto qualquer BMW que podemos lembrar.”

Então, faz diferença sim, mesmo se esquecermos o subjetivo. Não há dúvida que é um bom carro para andar, e peso não é um problema subjetivo para carros de luxo. Mas é um exercício que mostra o ridículo do mundo moderno: eletrificação existe só por motivos “ecológicos”, de conservação de recursos. Mas como acreditar nisso quando gera um sedã que por pouco não precisa de habilitação para dirigir caminhões, para ser conduzido? É um contrassenso.

O erro é fazer um carro pesado demais. Contar quanto ele pesa, apenas algo normal e corriqueiro. Afinal de contas, não é assim que não existam balanças aqui fora da BMW, né? Lembra-nos imediatamente do rei que sempre matava quem lhe trazia más notícias. Não deu certo para ele, e certamente não ficou bem para Herr Doktor Van Meel, também. (MAO)

 

As fotos do novo “Chevrolet” Spark EUV

Badge engineering. É uma coisa totalmente normal na indústria: consiste em tornar um carro de determinada marca, um outro com marca e nome diferentes, apenas pela simples ação de se trocar os logotipos. Quem é leitor do FlatOut lembra que o autor já fez este tipo de coisa quando trabalhou na indústria.

Quando eu fui um Badge-Engineer: O Suzuki Fun

Pois bem, as fotos do novo Chevrolet Spark EUV mostram exatamente o que esperávamos: o Bajujum Babaorum Bajajum Baojun Yep Plus, um mini-SUV elétrico chinês, com logotipos Chevrolet.

Mercadologicamente parece algo que venderá bem. Mas parece também uma reedição do que costumava ser o carro chinês: uma cópia de um carro ocidental (no caso, o Land Rover Defender), em uma plataforma simples e barata, e neste caso, elétrica. Pelo que sabemos do Bajujum Babaorum Bajajum pequeno SUV, o que não é muito, é meio como um carrinho de golfe glorificado: o motor está montado no eixo rígido traseiro. No eixo mesmo, não no carro.

O carro tem 3,99 metros de comprimento e um entre-eixos de 2,5 metros. Na China vem com um motor de 101 cv e velocidade máxima limitada a 150 km/h. A bateria LFP de 41,9 kWh tem opção de recarga rápida e proporciona uma autonomia de cerca de 400 km no ciclo chinês.

Pode ser algo low-tech, mas que parece high-tech se você não olhar embaixo: o interior tem duas telas de 10,25 polegadas e todo aquele clima clean manjado de uma loja da Apple, para que se imagine no século XXV no seu golf-cart. Aparentemente. na versão chinesa, o modelo conta com o sistema operacional KiOS, que oferece uma interface moderna e fácil de usar, o que deve ser suficiente para a maioria hoje. Sistemas avançados de assistência ao motorista (ADAS), como estacionamento automatizado, assistente de permanência em faixa e câmera de 360 graus, estão também presentes.

Aprovamos a iniciativa? Claro que não. Vendendo bem ou não, é uma diminuição da marca Chevrolet; e nós, como fãs da marca Chevrolet, não podemos aprovar. Tem um certo odor de enganação, de algo bonito por fora, mas meio ordinário por dentro. A saber com certeza quando avaliarmos o carrinho por aqui. Mas não parece animador o quadro.

Mas a gente gostando ou não, não importa: os donos da marca Chevrolet parecem totalmente despreocupados com sua tradição de qualidade por aqui, e como nos EUA, pretendem colocá-la em qualquer coisa que possa trazer um dinheirinho rápido. Boa sorte com isso. Mas não esperem conivência aqui. (MAO)

 

Todas as Royal Enfield Shotgun 650 Icon vendem em uma hora

Estilo. Gente mais ligada ao técnico como nós tende a desprezar a aparência, a endeusar coisas funcionais como os 2CV e os Caterham Seven, e desprezar estilo pelo estilo em si. Mas a verdade, por mais ofensiva que soe nos dias de hoje, foi sugerida por um grande poeta brasileiro no passado: “Que me perdoem as feias, mas beleza é fundamental”.

Uma prova é o sucesso mundial da marca de motocicletas Royal Enfield. Sim, as motos hoje são modernas e confiáveis, mas não é em tecnologia avançada que ela se calça para seu sucesso. É lembrando como eram belas e gostosas as motos do passado, sem pretensão de supervelocidade ou tecnologia avançada; apenas estilo clássico bem feito.

Vejam o exemplo desta edição especial: a Royal Enfield Shotgun 650 Icon. A Shotgun normal você conhece: uma das 650 da marca, equipada com o dois cilindros paralelos de 648 cm³, que fornece 47 cv e 5,3 mkgf. Nada especial falando assim, mas as motos 650 da RE são todas lindas, se você curte o esquema de anos 1960 e 1970 revisitados. A Shotgun é uma versão sem garupa da “cruiser” Super Meteor 650 vendida aqui por R$ 33.990. Mas essa versão especial Icon é bem mais bonita.

A Shotgun 650 “normal”

Desenvolvida em parceria com a Icon Motorsports, a moto vem com uma pintura especial, uma pequena carenagem no farol, e uma jaqueta combinando. Modificasções pequenas, sim; mas transformaram a moto. Tanto que a tiragem limitada a 100 unidades foi vendida em menos de uma hora!

Esta versão não virá ao Brasil porém; mas a Shotgun “normal” deve ser lançada em breve. Mas conhecendo a marca, que percebe bem o que vende ou não, em breve deve aparecer uma versão da moto de produção normal, parecida com esta Icon. Eu quero! (MAO)

 

Aston Martin diz que seus clientes “odeiam” elétricos

Ainda não existe um Aston Martin elétrico. No início da década de 2010, o Cygnet, baseado no Toyota iQ, era supostamente o caminho para um modelo elétrico, mas nunca aconteceu.  Em 2019, vimos um Rapide E que parecia pronto para produção, mas não rolou. Agora, em pleno 2025, mesmo assim parece que a eletrificação não é lá um assunto entusiasmante detrás das portas da empresa. O primeiro carro elétrico da marca deveria ser lançado em 2025, mas foi adiado para 2026. Agora, mais atraso: o CEO Adrian Hallmark diz que o EV inaugural virá “nesta década”.

Em uma entrevista ao Automotive News, o chefe da empresa disse também o motivo principal dessa falta de entusiasmo com o elétrico. Disse que uma parte da base de clientes “os odeia com uma paixão profunda, porque eles acham que estão sendo informados de que não podem ter um V-12 ou V-8. Não há melhor maneira de provocar um bilionário ou multimilionário do que usar a palavra ‘Não’.”

O Rapide E

Bom, não é só o milionário que não gosta disso, mister Hallmark, principalmente quando se fala de gastar nosso rico dinheirinho sofrido. Pessoalmente, não odeio elétricos, mas o conceito de ser obrigado a comprá-los, odeio do fundo de minh ‘alma. No entanto, como está na Inglaterra, um país que recentemente ficou maluco, a Aston Martin está notando uma mudança nas preferências, com mais e mais pessoas “pró-elétrico”.

Ainda assim, o primeiro carro elétrico não chegará muito antes de 2030, pelo cronograma atual da empresa. Quando chegar o dia, deve ser um carro completamente diferente, não um atual convertido. Se nada mudar até lá. (MAO)