A BMW está investindo pesado em lançamentos nesta segunda metade de 2018. Semanas depois do novo BMW Série 3 G20, sétima geração de seu modelo mais vendido, a fabricante alemã apresentou agora seu novo SUV, o X7. Posicionado acima do X5, o SUV de sete lugares é o maior e mais espaçoso modelo já lançado pela BMW. E também o que tem a maior grade “duplo-rim” da história da marca – a própria BMW faz questão de deixar isto bem claro no material de imprensa, ainda que essa ênfase não faça muito sentido.
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Mesmo pelas fotos é possível perceber a opulência do BMW X7. Estamos falando de um SUV com 5.151 mm de comprimento, 2.000 mm de largura, 1.805 mm de altura e entre-eixos de 3.105 mm. Para se ter uma ideia o atual BMW Série 7, maior sedã da marca, tem 5.098 mm de comprimento, 1.902 mm de largura, 1.467 mm de altura e 3.070 mm de entre-eixos. O BMW X5 G05, lançado em junho de 2018, tem 4.922 mm de comprimento, 2.004 mm de largura, 1.745 mm de altura e 2.975 mm de entre-eixos. O BMW X7 é grande – mais de 5 cm mm mais longo que o Série 7 e quase 18 cm mais comprido que o X5. Mas a BMW ainda não revelou seu peso, embora possamos ter uma base olhando seus rivais Range Rover Vogue, Mercedes GLS, Audi Q7/Q8 e Volvo XC90, por exemplo, estão todos próximos das 2,2 toneladas.
É impossível olhar para o BMW X7 e não reparar logo de cara no tamanho da grade. Os faróis estreitos e a superfície relativamente limpa da dianteira dão a ilusão de que ela é ainda maior – as proporções entre os elementos quase lembram o Rolls-Royce Cullinan, embora a identidade visual seja completamente diferente. Talvez seja exatamente isto que a BMW pretende evocar – lembrando que a Rolls-Royce pertence à BMW desde 2003. Os faróis são claramente inspirados no BMW Série 7, porém com contornos mais limpos, e trazem de série a tecnologia de LEDs adaptativos. Como no Série 3, os faróis a laser são opcionais e oferecem um alcance de 600 metros.
Não há surpresas no desenho da lateral, com o contorno dos vidros adotando um formato já conhecido de outros SUVs da BMW. As superfícies são bastante limpas, embora existam dois vincos bastante marcados percorrendo todo o comprimento do X7. As saias laterais nascem de elementos cromados na base dos para-lamas dianteiros e têm continuidade em dois frisos horizontais nos para-choques traseiros.
Na traseira há molduras em preto brilhante no vigia, e as lanternas são “invadidas” por um outro friso cromado. O visual não surpreende, exceto pelo fato de ser quase uma transcrição exata do visual do conceito X7 iPerformance, visto no Salão de Frankfurt de 2017. Um elemento cuja ausência é notável é o par de saídas de ar verticais no para-choque traseiro, mas elas não fazem falta na versão de produção. As rodas de 22 polegadas, que ficariam desproporcionais em qualquer outro modelo da marca, casam muito bem com o tamanho do BMW X7.
A BMW faz questão de frisar que o interior do X7 acomoda até sete adultos com bastante conforto e, a julgar pelas imagens, é fácil acreditar. Os bancos dianteiros são ajustáveis ao toque de um botão pelo motorista, que pode deslizá-los para trás e para a frente (um total de 14,5 mm) e também alterar a inclinação dos dois encostos. Os bancos da segunda fileira também possuem rebatimento elétrico. Com as duas fileiras traseiras rebatidas, a capacidade do porta-malas vai de 326 litros para cavernosos 2.120 litros. A tampa traseira é bipartida e pode ser equipada com abertura automática e sistema “hands free”.
O visual do interior também não é exatamente uma surpresa, repetindo a linguagem de design de outros modelos recentes da BMW no que tange à disposição dos elementos e nas formas gerais. Agora, como estamos falando do SUV de topo da marca, uma atenção especial foi dada aos materiais escolhidos, com metal escovado, madeira texturizada e cinco opções de cores para os bancos de couro. Todos os bancos possuem aquecedor, sendo que os dianteiros para o motorista e o carona podem vir equipados com sistema de ventilação e massageador.
O quadro de instrumentos é digital e consiste em uma tela de 12,3 polegadas. Ao lado fica a central multimídia, que adotou o mesmo desenho integrado já visto nos novos X5 e Série e também tem uma tela de 12,3 polegadas. O sistema operacional do carro é a última versão do BMW Operating System, a 7.0. Com isto, é possível optar também pelo sistema “Rear-Seat Entertainment Professional”, que adiciona duas telas de 10,2 polegadas full HD, DVD player com Blu-Ray, duas entradas USB, conexão HDMI e duas saídas de fone de ouvido para os ocupantes da segunda fileira de bancos.
Cada uma das telas pode exibir conteúdos independentes, sejam eles fornecidos pelos dispositivos dos usuários do banco traseiro ou armazenados no HD do carro. Elas também podem exibir a tela do navegador por GPS.
O sistema de som padrão traz de alto-falantes de alta fidelidade, e há dois sistemas opcionais: um Harman Kardon com 16 alto-falantes e surround, ou um Bower & Wilkins Diamond Surround com vinte alto-falantes e módulo amplificador de 1.500W. Dá para dar uma festa com dois ambientes lá dentro.
O interior é bem arejado graças a um teto solar panorâmico de vidro, dividido em três partes e com acionamento elétrico. Como opcionais há cortinas elétricas para as janelas traseiras e também o Panorama Sky Lounge, que de acordo com a BMW traz luzes de LED espalhadas por toda a superfície e podem exibir mais de 15.000 combinações gráficas diferentes, incluindo a simulação de uma noite estrelada – outra característica que nos faz lembrar dos Rolls-Royce.
As opções de motorização são quatro. O modelo inicial do BMW X7 é o xDrive40i, equipado com um seis-cilindros de três litros com turbo, 340 cv e 45,9 mkgf de torque. O xDrive50i adota um V8 biturbo de 4,4 litros com 460 cv e 66,2 mkgf de torque. O 40i vai de zero a 100 km/h em 6,1 segundos com máxima de 245 km/h, enquanto o 50i consegue fazer o mesmo em 5,2 segundos com máxima de 250 km/h.
Há, ainda, um seis-cilindros em linha turbodiesel com dois níveis de potência: 265 cv e 63,2 mkgf de torque no X7 xDrive30d, suficientes para ir de zero a 100 km/h em sete segundos cravados com máxima de 227 km/h; e 400 cv 77,5 mkgf de torque no M50d M Performance, que é capaz de ir de zero a 100 km/h em 5,4 segundos, atingindo os 250 km/h de velocidade máxima. Todas as versões de motorização são equipadas com a mesma transmissão automática de oito marchas da ZF e tração com distribuição variável de torque entre os eixos.