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Zero a 300

Carro Popular pode voltar ao Brasil | O GMA T.33 Spider | As corridas de Bugatti Baby e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

 

Carro Popular pode voltar ao Brasil

Aqui sempre acreditamos que uma indústria de automóveis forte ajuda a tornar a economia mais ativa. Um automóvel, além de tudo necessário para construí-lo, gera também movimentação de dinheiro em infraestrutura rodoviária, autopeças, oficinas, lojas, postos, imprensa, transporte de carga, acessórios e muito mais. Sem falar que os empregos da indústria são de qualidade; elevam gente que até então se mantinha vivo apenas com a graça de Deus, a cidadãos com empregos e vidas estáveis. Precisamos mais disso, parece óbvio.

Sem um plano claro e a longo prazo para a indústria nacional, também, está aí para quem quiser ver, que nem a indústria, nem os consumidores estão em boa fase. Por um lado, volumes diminuídos, fábricas ociosas, redução geral de planos e de futuro; do outro, uma parcela cada vez maior da população não tem acesso ao carro zero km, com seus preços cada vez maiores. Um plano é necessário: ou queremos indústria local ou não. Se queremos, temos que descobrir um jeito de incentivá-la.

Desde que o governo Collor liberou a importação (com impostos, claro) e criou o carro “popular” com a Fiat em 1990, nada mais foi planejado ou colocado em prática para mudar algo de verdade nesta situação. Mas parece que agora existe vontade política: o governo sinaliza que deseja a volta do carro popular.

De acordo com o jornal Folha de São Paulo, uma proposta de criar modelos com preços entre R$ 50 mil e R$ 60 mil, de novo 1.0, mas agora exclusivamente à etanol, está sendo debatido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Para reduzir os preços, o subterfúgio governamental seria nova faixa de imposto reduzido para carros a etanol somente, aquele combustível formerly known as álcool.

Como sempre com qualquer coisa envolvendo política, os ventos da moda e do discurso mais palatável complica um pouco uma questão que deveria ser somente econômica. A semântica atual exige que seja chamado de “Carro Verde”, e não popular, aparentemente. Ninguém quer algo que prejudique o meio ambiente, claro, mas o foco aqui é outro, e uma coisa não deveria atrapalhar a outra.

De qualquer forma é um longo caminho para se tornar realidade: de quanto de imposto que deveria ser reduzido e como, até o preço que constituiria esta faixa popular, tudo ainda é uma dúvida, e as discussões devem continuar até que um acordo seja atingido. Mas de qualquer forma, somente o fato de que o assunto já está em discussão novamente, é um avanço. Pelo menos, concordamos, como país, que um problema existe. Normalmente, o primeiro passo para que se faça algo. E fazer algo, tentar, é melhor que fazer nada, não é mesmo? (MAO)

 

GMA T.33 Spider será mostrado dia 4 de abril

Com o T.50 liberado para produção, e entregas começando em breve, todo o foco da GMA agora está em seu próximo modelo: o T.33. E agora ficamos sabendo que existirá também uma versão conversível-targa, o T.33 Spider, que deve ser mostrado dia 4 de abril.

Gordon Murray está se mostrando um Ettore Bugatti moderno, mas muito mais inteligente na execução e administração de sua empresa. Nada de vários modelos um em cima do outro, dividindo a atenção: um carro de cada vez, em bateladas de 100 carros, ou algo parecido. Mas permanece o carro totalmente desenhado por só um cara; um raríssimo gênio que é capaz de desenhar um carro inteiro, do conceito artístico da carroceria aos cálculos de esforço no chassi. Os carros de Murray são uma forma transcendente de arte: criado por ele inteiro, de cabo a rabo, são expressões de sua alma como um autorretrato de Vincent Van Gogh. Mas que anda.

A Gordon Murray Automotive mostrou um esboço, feito á mão com canetas por Gordon Murray himself, claro, do perfil do novo carro em vista-fantasma. Como sempre no caso dele, é arte: maravilhoso. Quero um para minha parede!

O que se sabe do carro: terá o mesmo V12 Cosworth de 3,9 litros do T.50, aqui com 615 cv. É um V12 magnífico, que gira como um fórmula 1 e pesa apenas 178 kg. Deve estar disponível com um câmbio manual de seis marchas ou uma transmissão paddle-shift de seis marchas, como no cupê. Como sempre em conversíveis, o peso pode aumentar; mas como falamos de Murray, podemos ter uma boa surpresa aqui.

“Eu desenhei o Spider antes do cupê para garantir que as proporções funcionassem”, disse Gordon Murray. Ainda não se sabe exatamente o preço do novo carro, mas certamente não será barato; o T.33 cupê começa em £ 1,37 milhão na Inglaterra (R$ 8.576.200). O cupê deve começar a ser entregue (todos estão vendidos) em 2024. (MAO)

 

Ford Huayra Pronello 1968 argentino será estrela em Goodwood

O Ford Huayra Pronello foi criado na Argentina por Heriberto Pronello em 1968. Tinha motor Ford V8 da picape F-100 ( o infame Y-block), mas com quatro carburadores Weber duplos e câmbio ZF. Participou do Campeonato Argentino de Sport Prototype com os pilotos Carlos Reutemann e Carlos Pascualini. O carro é um dos primeiros a tentar o “efeito solo”, com um formato genérico de uma asa invertida.

 

Na época, Pronello levou um modelo em escala 1:5 para um túnel de vento aeronáutico em Córdoba, e conseguiu um Cx de 0,22, um número quase inacreditável, ainda mais quando se pensa que está num carro de pequena área frontal. Somar Cx baixo com área frontal pequena resulta em aumento exponencial de velocidade.

Agora, o colecionador e empresário argentino Ricardo Zeziola, dono atual do Pronello Huayra Ford restaurado, foi convidado para ser uma das estrelas do Goodwood Festival of Speed em julho próximo, um dos eventos da carros mais importantes do mundo.

Mas antes de chegar em Goodwood, uma etapa importante: vai passar pela Universidade de Oxford, onde será testado num túnel de vento 1:1, a convite da universidade (e do professor argentino Sergio Rinland). Lá, estudarão a aerodinâmica do carro argentino, e além de verificar o Cx, vão medir o downforce para descobrir quão efetivo era esta iniciativa pioneira. Um estudo sensacional, que adoraríamos saber o resultado.

A ideia é que Heriberto Pronello participe das homenagens de Goodwood ao seu carro mais famoso. Marque a data: de 13 a 16 de julho, o Pronello Huayra Ford vai soltar seu grito de caminhonete insana sulamericana em frente ao Castelo de Goodwood. Mal podemos esperar! (MAO)

 

O Bugatti Baby II é agora um carro de corrida

Muito colecionador torce um pouco o nariz quando se fala do Baby II, um carro criado fora da Bugatti (mas com sua autorização e apoio) que usa a marca e o desenho externo do T.35 em escala, para evocar a famosa miniatura que Ettore criou inicialmente para seu filho temporão Roland, mas que fez tanto sucesso que acabou em produção seriada. Mas esta nova ideia da produtora do carrinho, a Little Car Company inglesa, aposto que todos vão curtir: uma série de corridas, um campeonato monomarca de Bugatti Baby!

O “Bugatti Baby II Championship” dará a adultos e crianças a rara oportunidade de competir ao volante desses carrinhos. A Little Car Company, em parceria com a HERO-ERA, está organizando este campeonato que acontecerá em três eventos de corrida em três locais emblemáticos no Reino Unido.

O campeonato começará no Bicester Heritage em 23 de abril, seguido pela segunda rodada em Silverstone, em 28 de maio. Terminará no Prescott Hill Climb em 8 de julho. O Prescott Hill é a sede permanente do Bugatti Owners Club inglês, que faz esta subida de montanha anual em sua propriedade desde 1938. Solo sagrado, em outras palavras.

A taxa de inscrição por equipe é de £ 4.950 (R$ 30.987). Esta taxa inclui os três eventos e alimentação. Os pilotos terão apenas de trazer capacete e luvas, juntamente com roupa e calçado adequados. Não é necessário ter seu próprio Baby II, portanto. Cada um deles, a saber, custa o equivalente a R$ 430.100 na Inglaterra, tem 14 cv e chegam a 69 km/h, o que em algo desse tipo, é francamente aterrorizante. (MAO)

 

Uma Van dentro de outra Van é a coisa mais legal que você vai ver hoje

Se você tiver a cabeça só um pouquinho deturpada por todas as coisas automotivas que existem, como nós aqui no FlatOut, tenho certeza que esta será a coisa mais legal que você verá hoje. Talvez este mês. Talvez em toda sua vida.

Sim, é uma Van Mercedes-Benz Sprinter de teto alto, dentro da qual foi literalmente estacionada outra van. Uma Suzuki Every japonesa, um tipo de van minúscula da categoria Kei, que aqui conhecemos na Asia Towner.

Parece que a Sprinter teve um nenê japonês vermelhinho. Parece uma Sprinter com uma mini-Sprinter estepe junto. Se colocar uma Ducati dentro da Suzuki é o Eixo em versão resumida. Parece a versão automobilística da boneca russa Matryoshka. Eu nem sei o que falar mais, esta experiência totalmente ridícula e sem sentido me alegrou o dia de uma forma que não consigo explicar. Então espero que faça o mesmo para você! (MAO)