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Car Culture

Carros que mudaram o mundo #20: o Volvo Amazon

O ano era 1956. Na Europa, as cicatrizes da guerra ainda marcavam as ruas — mas os escombros haviam cedido lugar a um novo tipo de fervor: o progresso industrial. A produção automotiva, que durante o conflito havia sido adaptada à guerra, agora se voltava à paz com uma energia inédita. O continente reconstruía-se sobre rodas. Nos EUA, a cultura do automóvel havia se tornado uma religião. Carros com quilhas, motores V8, transmissões automáticas e rádios AM levavam a classe média suburbana a shoppings recém-construídos. A General Motors, a maior fabricante do mundo, ditava o ritmo: potência, estilo, consumo conspícuo. Era a era do excesso. Mas esse novo mundo rodava sem freios — literalmente. Os automóveis dos anos 1950 eram potentes, mas suas estruturas não eram projetadas para absorver impactos. Os volantes eram fixos, apontando como lanças ao peito do motorista. O painel, de aço e cantos vivos, funcionava como uma armadilha em caso de colisão. Cintos de segurança? Raros