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Car Culture

Carros que mudaram o mundo #7: Lancia Lambda

O ano era 1922. A Europa ainda respirava a poeira e a pólvora. A Primeira Guerra Mundial terminara havia apenas quatro anos, mas suas marcas ainda eram presentes. Havia uma geração dizimada, cidades arruinadas e uma economia ferida como um veterano das trincheiras. Ao mesmo tempo, havia um clima de reinvenção no ar — especialmente na Itália, que buscava se afirmar como potência industrial em meio ao caos do pós-guerra. Na indústria automobilística, o contraste era gritante. De um lado, as fábricas que haviam sobrevivido à guerra convertiam sua produção militar em produtos civis — muitas vezes com soluções improvisadas, reciclando conceitos, moldes e tecnologias da década anterior. Do outro, uma nova geração de engenheiros e empresários começava a imaginar um carro diferente: não mais uma carruagem motorizada, mas uma máquina racional, leve, rápida e eficiente. Vincenzo Lancia era um desses homens. Engenheiro de formação, piloto de vocação e empresário por inquietação.