Este é o Zero a 300, nossa rica mistura das principais notícias automotivas (ou não) do Brasil e de todo o mundo, caro car lover. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!
Dodge Challenger Hellcat 2019 agora tem 808 cv
O Dodge Demon veio e foi embora tão rápido quanto seu tempo de aceleração de zero a 100 km/h. A produção foi encerrada neste mês de junho e a última unidade do carro foi vendida em um leilão por US$ 1 milhão. Mas sua curta passagem por este mundo deixou um legado: ele aparentemente influenciou fortemente a linha 2019 da versão Hellcat do Challenger e do Charger.
Para o sedã, que já teve a linha 2019 apresentada, o Demon deixou seu assistente de arrancada, o line lock, o “after-run chiller” (que usa o ar-condicionado para resfriar o fluido de arrefecimento do supercharger) e o sistema de reserva de torque (que eleva a pressão de trabalho do compressor com o carro parado para otimizar o torque no momento da arrancada), e dois coletores de ar frio instalados na grade, análogos ao CAI nos faróis do Demon e do Challenger Hellcat. As rodas “Brass Monkey” de 20 polegadas também são inspiradas nas rodas do Demon.
A herança do Demon para o Challenger Hellcat, contudo, parece mais interessante. Ele também deixou o line lock e o after-run chiller, mas a carroceria ganhou os para-lamas mais largos, e o motor Hellcat ganhou um upgrade de 91 cv usando a mesma receita aplicada ao Demon. Com um compressor maior, admissão mais eficiente, um novo sistema de injeção, um novo trem de válvulas e conjunto reciprocante reforçado, o Hellcat agora tem 808 cv. E quer saber o melhor da história? Ele não será o único Hellcat: a versão de 717 cv também ganhou um upgrade de 10 cv e continuará produzida como modelo de entrada da linha Hellcat. Os dois modelos usarão o novo capô “dual-snorkel”, uma homenagem aos Dodge Dart Swinger de 1970 e ao Demon de 1971. A versão básica agora é batizada como Hellcat Widebody, enquanto a de 808 cv agora é o Hellcat Redeye Widebody.
Logo abaixo do Hellcat agora vem o Scat Pack Widebody, equipado com o V8 de 6,4 litros e 491 cv, rodas de 20 polegadas com pneus 305/35 ZR20 da Pirelli e freios Brembo com pinças de seis pistões na dianteira. As demais versões mantiveram a mesma configuração mecânica: os GT e SXT com o Pentastar 3.6 de 310 cv, e o R/T com o Hemi 5.7 de 380 cv. Os modelos V8 vêm todos com o câmbio manual de seis marchas da Tremec, exceto o Hellcat Redeye, que vem com o câmbio TorqueFlite automático de oito marchas — item opcional do Hellcat básico e dos R/T, e de série nos modelos V6.
Mercedes Classe X pode ganhar V8 afinal
Quando a Mercedes anunciou a primeira picape média de sua história, a atual Classe X, o chefe da AMG, Tobias Moers, se apressou em dizer que o modelo não iria ganhar uma versão esportiva desenvolvida por seus engenheiros. A declaração fez parecer que o modelo seria oferecido somente com os motores quatro-cilindros diesel da Nissan e os V6 a gasolina e a diesel da Mercedes. Mas o fato de não ganhar uma versão AMG, não significa que a picape não possa ter um motor V8. E quem está dizendo isso é a própria Mercedes.
Em entrevista ao site australiano Drive, o chefe de engenharia da Classe X, Frank Schumacher, disse que a Mercedes está pronta para instalar o V6 diesel na picape como resposta à Amarok V6 TDI, mas também pode adotar um V8 se o mercado pedir isso. “Sempre há mais para extrair, mas se estes forem os requerimentos do ponto de vista de mercado, e se os clientes quiserem mais potência, não será diferente das demais plataformas, vamos reagir aos desejos dos clientes”, disse. “Se houver demanda por um V8, então provavelmente usaremos um V8.”
Se isso acontecer, o motor será o atual 4.0 biturbo da Mercedes, mas não na configuração usada pelos AMG, com potência entre 475 cv e 628 cv, mas a configuração usada no novo G550 e no S560, que produz 455 cv e 71,3 kgfm, embora a Mercedes não tenha confirmado isso, dizendo que “é possível colocar até mesmo um 6.0 na picape”, mas que, por ora, “não há planos”.
O fim do Alfa Romeo 4C Coupé
Enquanto o lado americano da FCA surpreende o mundo com um novo Challenger Hellcat de 808 cv, o lado italiano do grupo irá encerrar a produção de um dos cupês mais bacanas dos últimos anos, o Alfa Romeo 4C. Segundo o Jalopnik, a Fiat Chrysler confirmou o fim da versão fechada do esportivo, e irá oferecer somente a versão conversível do 4C, que terá um facelift previsto para o fim deste ano.
O fim do modelo é justificado pelo fraco desempenho no mercado europeu, que anda bastante instável ultimamente e não parece muito interessado em cupês compactos como já foi um dia. O líder de vendas no segmento é o Audi TT, que vendeu apenas 5.520 unidades entre janeiro e maio, uma média de 1.104 carros por mês. O fim do 4C Coupé, contudo, não significa que a Alfa está dando um passo atrás em sua revitalização. O modelo se despede, mas a marca já confirmou dois novos cupês para os próximos anos: o GTV, que terá mais de 600 cv e o 8C que voltará como um supercarro de mais de 700 cv.
Lamborghini está apresentando versão híbrida do Terzo Millenio a potenciais clientes
Quando a Lamborghini apresentou o Terzo Millenio, ele parecia apenas um conceito impossível para acostumar os fãs da marca à ideia de um supercarro elétrico, algo que fatalmente acontecerá em algum momento. Mas aparentemente, ele não será o primeiro supercarro elétrico da marca, e sim o primeiro híbrido da marca. Segundo o site Supercar Blog, a Lamborghini já está apresentando um modelo híbrido baseado no Terzo Millenio a uma série de clientes selecionados.
O modelo supostamente é batizado LB48H, o que, segundo o sistema de códigos da Lamborghini, deve indicar “Lamborghini Bimotore 48 Volts Hibrido”. Bimotore porque ele irá combinar o V12 de 6,5 litros a um motor elétrico de 48 volts. Se tudo isso se confirmar, este será o primeiro modelo híbrido da Lamborghini, o que é uma boa estratégia, afinal, lançando um supercarro híbrido antes da versão híbrida do SUV Urus, a Lamborghini pode dizer que seus supercarros usam o sistema híbrido do Terzo Millenio, e não de um SUV.
Como tudo o que se sabe sobre o carro são especulações, ainda não se fala em volume de produção do modelo, mas a imprensa europeia fala em uma série limitada a 63 unidades que serão vendidas a US$ 2,5 milhões. E não pense que o modelo não será concorrido: a Lamborghini selecionou 200 clientes especiais para conhecer o carro.
McLaren pode estar mais perto da Indy
Ligue os pontos: a McLaren anda apagada na Fórmula 1. A McLaren tem Fernando Alonso entre seus pilotos. Fernando Alonso quer a Tríplice Coroa, formada pelas vitórias no GP de Mônaco, nas 24 Horas de Le Mans e na Indy 500. Fernando Alonso só não ganhou a Indy 500. A Indy 500 é parte do calendário da Indy. Michael Andretti tem uma equipe na Indy. Michael Andretti é sócio de Zak Brown. Zak Brown é o chefe da McLaren. A McLaren vem falando sobre disputar a Indy. A McLaren está apagada na F1, e por isso Alonso está de saco cheio da F1. A McLaren andou negociando com a Andretti Autosport. A McLaren agora está negociando com Scott Dixon, que certamente não irá para a F1 aos 38 anos depois de vencer quatro campeonatos da Indy e uma Indy 500. O que a McLaren estará planejando?