Este é o Zero a 300, nossa rica mistura das principais notícias automotivas (ou não) do Brasil e de todo o mundo, caro car lover. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!
Christian Fittipaldi vence as 24 Horas de Daytona pela terceira vez
O brasileiro Christian Fittipaldi venceu pela terceira vez as 24 Horas de Daytona depois de completar o número recorde de 808 voltas com seu Cadillac DPi-V.R, compartilhado com os colegas portugueses Filipe Albuquerque e João Barbosa. Apesar da competição forte dos Acura ARX-05 da Penske na primeira metade da corrida, o trio conseguiu uma certa folga depois que os dois carros da Penske depararam com problemas técnicos — um alternador defeituoso no carro #6 e uma pequena colisão no carro #7 —, bastando administrar a vantagem e levar o carro inteiro até o final.
Esta é a terceira vez que Fittipaldi vence as 24 Horas de Daytona. A primeira vitória veio em 2004, quando dividiu a direção com Andy Pilgrim, Forest Barber e Terry Borcheller e a segunda veio dez anos depois, com João Barbosa e Sébastien Bourdais.
A segunda colocação também ficou com um brasileiro, o que significa que tivemos uma dobradinha, de certa forma: Felipe Nasr, e seus companheiros Mike Conway, Eric Curran e Stuart Middleton disputaram até o final o segundo degrau do pódio contra o Oreca de Colin Braun, Jon Bennett, Romain Dumas e Loic Duval.
Quem não teve muita sorte foi Fernando Alonso, que estava mais preocupado em completar uma prova de 24 horas como parte de sua preparação para Le Mans. Seu United Ligier disputava os primeiros lugares, porém um problema nos freios ao anoitecer forçou uma longa parada para substituição de um dos cilindros-mestre. Como se não bastasse, o carro depois enfrentou problemas no acelerador e mais um novo problema nos freios. Com isso, Alonso e seus parceiros Lando Norris e Phil Hanson terminaram em 38º lugar, a 91 voltas do Cadillac de Fittipaldi e seus comparsas portugueses Barbosa e Albuquerque.
Abt apresenta seu Audi RS5 de 530 cv
Nos últimos anos BMW e Audi se mantiveram conservadoras no quesito potência de seus sedãs/cupês médio-compactos esportivos. Tanto o M3/M4 quanto o RS5 ainda estão distantes da marca dos 500 cv atingida pela Mercedes e pela Alfa Romeo. Mas isso não significa que você não possa ter um Audi RS5 com esse nível de potência: basta optar pelo RS5-R da Abt.
Enquanto a versão original tem “apenas” 450 cv e 61 kgfm, a Abt decidiu aproveitar melhor o potencial do V6 biturbo de 2,9 litros (oi, Alfa!) e elevou sua potência para 530 cv e o torque para 70,2 kgfm. A preparadora alemã não entrou em detalhes sobre as alterações, mas elas provavelmente envolvem um novo sistema de escape, aumento na pressão de trabalho do sistema (talvez com um novo turbocompressor) e reprogramação da ECU. Com a nova potência o carro agora vai de zero a 100 km/h em 3,6 segundos em vez de 3,9 segundos como a versão original.
O ganho, claro, não irá se limitar ao desempenho em linha reta. A Abt firmou uma parceria com a KW para desenvolver a suspensão do carro, que tem um jogo de coilovers feito especificamente para esta versão. A aerodinâmica também foi trabalhada com um novo splitter frontal, novas saias laterais, difusor traseiro e um spoiler tipo lip na tampa do porta-malas. Para completar o pacote, as rodas são de 21 polegadas e as saídas de escape agora usam quatro saídas 102 mm feitas de fibra de carbono.
Por dentro, embora a Abt não tenha divulgado imagens, o carro terá bancos de couro com revestimento especial da preparadora e logotipos RS5-R, uma nova coifa para o seletor de marchas e uma plaqueta numerada — afinal, serão apenas 50 unidades do modelo.
Volkswagen acusada de usar macacos em testes de emissões
Os problemas da Volkswagen com seus testes de emissões parecem longe de terminar. Na mesma semana que o governo alemão revelou que o motor 3.0 V6 TDI do Grupo Volkswagen ainda usa softwares para driblar os testes de emissões, a Volkswagen foi acusada de ter feito testes internos com macacos inalando gases de um motor a diesel.
De acordo com um artigo publicado pelo New York Times, em 2014 a Volkswagen conduziu um teste no qual dez macacos foram confinados em um ambiente onde inalavam os gases emitidos pelo motor turbodiesel de um Fusca da atual geração. O experimento foi conduzido por um instituto de pesquisas de doenças respiratórias chamado Lovelace Respiratory Research Institute, e foi encomendado pelo Grupo Europeu de Pesquisa de Ambiente e Saúde (EUGT, na sigla em inglês), sendo custeado pela Volkswagen, BMW e Daimler. Não há detalhes sobre o teste, mas acredita-se que os dez macacos ficaram submetidos aos gases por mais de quatro horas enquanto eram distraídos por desenhos animados na TV.
A Volkswagen a BMW e a Daimler se pronunciaram sobre a acusação por comunicados publicados em redes sociais:
“O Grupo Volkswagen se distancia explicitamente de todas as formas de crueldade animal. Testes com animais contradizem nossos padrões éticos. O EUGT foi finalizado em 30 de junho de 2017. Estamos conscientes de nossas responsabilidades sociais e corporativas e estamos levando a sério as críticas ao estudo. Sabemos que os métodos científicos usados pelo EUGT são errados e nos desculpamos sinceramente por isto. O EUGT foi finalizado em 30 de junho de 2017.”
BMW e Daimler seguiram um discurso similar, dizendo que se distanciam de tais práticas e que tais testes contrariam seus princípios éticos. Um dos pesquisadores do Instituto Lovelace, Dr. James McDonald, disse que os testes de emissões de motores diesel aconteciam há 40 anos, porém os mais recentes envolviam humanos. Isso mudou a partir de 2012, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou os testes como “cancerígenos para humanos” o que forçou os cientistas a procurar alternativas.
A notícia foi “coincidentemente” publicada na véspera da estreia de um novo documentário do Netflix chamado “Dirty Money”, que coincidentemente fala sobre o experimento em seu primeiro episódio, disponibilizado na última sexta-feira (26).
Emerson Fittipaldi enfrentará Steven Tyler no comercial do Kia Stinger?
Na sexta-feira (26) vimos que Emerson Fittipaldi irá pilotar o novo Kia Stinger no comercial que a fabricante coreana preparou para o intervalo do Super Bowl — o mais nobre dos horários comerciais dos EUA. Na ocasião Emerson foi apresentado ao público encostado em um Stinger, sendo desafiado para uma corrida contra um outro piloto misterioso, cuja identidade será revelada somente quando o comercial for veiculado. Nosso palpite é de que seria uma mulher, pois um quadro do vídeo mostrava o carro sendo ligado por uma mão com pulseiras, anéis e unhas pintadas. Mas nós estávamos errados.
Como bem apontou o leitor Rafa2810, os anéis e a pintura nas unhas são uma das marcas mais conhecidas de Steven Tyler, frontman do Aerosmith (cada vez mais parecido com a dona do albergue holandês de “Eurotrip”). Tyler usa as unhas pintadas e uma pilha de aneis desde os anos 1980, e se encaixa perfeitamente na descrição da Kia sobre o piloto misterioso: uma “lenda eternamente jovem que passou muito tempo nos carros mais potentes e exóticos do planeta”.
Tyler não é exatamente um gearhead, mas sempre gostou de dirigir e exibir seus carros. Por sua garagem já passaram algumas excentricidades como o Hennessey Venom GT e o Panoz AIV Roadster, além de modelos mais convencionais como o Porsche 991 Targa, um Dodge Challenger R/T e alguns hot rods.
EcoSport Storm aparece por inteiro antes do lançamento
A Ford ainda não divulgou a data de lançamento do EcoSport Storm, mas o carro já foi flagrado por inteiro e sem disfarces por aí, como mostra esta foto publicada pelos camaradas do Auto Entusiastas.
A versão será posicionada no topo da linha EcoSport, e será equipada com o motor 2.0 flex com injeção direta, de 178 cv, combinado ao câmbio automático de seis marchas que substituiu o antigo Powershift após o facelift do modelo. Ele também terá tração integral, e visual mais parrudo, com para-choques redesenhados, uma nova grade com o nome da versão e protetores plásticos nos para-lamas. Ainda não há menção sobre o preço, mas estima-se que ele vá custar entre R$ 90.000 e R$ 100.000.