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Ford Mustang Dark Horse R vem com seu próprio campeonato
O Ford Mustang Dark Horse é o topo de linha hoje entre os Mustang de sétima geração; pelo menos enquanto as versões sobrealimentadas do V8 Coyote não aparecem, algo que parece inevitável. Como bem sabemos, nos últimos anos o Mustang se tornou um verdadeiro carro esporte em comportamento, mesmo que ambalado num pacote inconfundível de pony-car americano; esta versão é a mais focada nisso.
A partir dessa base sensacional, a Ford Racing está investindo em versões de pista como o GT3, o GT4 e, agora, o novo Dark Horse R. É essencialmente um carro de corrida pronto para uso para compradores que realmente desejam passar seus fins de semana na pista. Encare isso como um carro preparado para track-days, mas de fábrica. Não está homologado para uso nas ruas: é exclusivo para pista.
O motor é o mesmo sensacional V8 DOHC/32v de 5,0 litros aspirado dos Mustang, mas aqui calibrado para “mais de 500 cv de potência”. Há radiador de óleo para resfriamento de transmissão e diferencial, um sistema de escapamento de competição com a grife Borla e uma célula de combustível para maior segurança e capacidade.
A mesma transmissão manual de seis marchas e os freios Brembo do Dark Horse normal de rua são usados e, visualmente, o exterior não é tão diferente, além de alguns engates para reboque e rodas menores de 19 polegadas, com pneus slick.
A suspensão é modificada no detalhe, claro, mais para permitir ajuste de comportamento em pista por cada piloto: amortecedores de corrida Multimatic DSSV, barras estabilizadoras ajustáveis e placas de cambagem dianteira ajustáveis. O interior é depenado, e tem o santantônio, bancos de competição de grife Recaro, e volante e cintos de grife Sparco.
Mas o legal é isso: vem com seu próprio campeonato monomarca e monomodelo! Uma nova série de corridas organizada pela Ford Performance Racing School chamada Mustang Challenge está incluída na compra do carro. A série sancionada pela IMSA, começará em 2024 e terá um calendário de 10 a 12 corridas em cinco ou seis pistas americanas. Uma forma sensacional de colocar mais gente na pista.
E apesar de não ser barato, claro, não é uma proposta somente para bilionários: o Ford Mustang Dark Horse R 2024 custa US$ 145.000 (R$ 688.750) nos EUA. As entregas devem começar ano que vem, pouco antes das primeiras corridas do Mustang Challenge. (MAO)
O Ferrari 296 GTS da Amalgam, em escala 1:8
É apaixonado pela beleza da carroceria, e a perfeição técnica e estética do magnífico Ferrari 296 GTS? Não se importa muito com o seu desempenho superlativo ou os problemas e custos inerentes de se ter um supercarro Ferrari, mas gosta mesmo da ideia que eles representam? Nunca gastaria os cinco milhões de reais que pedem por uma delas aqui no Brasil, mesmo que, na realidade, sua confortável situação financeira até permitiria isso, se você realmente quisesse? Não tema, caro ferrarista enrustido: seus pobremas se acabaram-se!
A Amalgam, famosa produtora de modelos em escala de precisão superlativa, acaba de lançar o Ferrari 296 GTS em escala 1:8. Um modelo grandão, detalhadíssimo, que permite você curtir o carro de todas as formas senão andar nele. E custa só uma fração do enfeite de garagem 1;1 que seria o 296 GTS de verdade para você: US$ 14.750 (R$ 70.062) nos EUA.
É uma réplica em escala detalhada do carro original, que levou mais de 3.000 horas para ser desenvolvida pela Amalgam usando os arquivos em CAD originais do supercarro cedido pela Ferrari. E não só isso: códigos de pintura, e especificações de materiais, e todos os outros detalhes foram fornecidas pelo fabricante italiano. Cada uma das 199 unidades planejadas para produção leva cerca de 300 horas para ser construída com milhares de peças cuidadosamente projetadas e produzidas, incluindo componentes de metal usinados em CNC.
O modelo é aprovado pela Ferrari, que promete que, depois de uma inspeção detalhada, é exatamente o carro real, em 1:8. A empresa diz que os engenheiros e designers de Maranello verificaram cada milímetro do modelo para garantir a precisão total da representação. O modelo mede nada menos que 57 cm de comprimento e cada unidade é cuidadosamente montada à mão pela equipe da Amalgam.
Vamos falar sério: quantos clientes da Ferrari usam realmente todo potencial do supercarro com um V6 biturbo híbrido de 842 cv empurrando apenas 1470 kg de carro? Uma pena, mas é verdade: a maioria é apenas um símbolo de status. Ou enfeite de garagem feito uma samambaia de 5 milhões de reais; o que neste caso pode ser facilmente substituído por esse sensacional modelo em escala. (MAO)
O 911 “Safari” original, à venda
Deixa contar uma coisa para vocês que nós, pobres mortais aqui no mundo que é ainda o terceiro, não conhecemos muito de perto. Lá na Califórnia, não basta você ter um Porsche 911. Mesmo se você tiver um dos clássicos modelos arrefecidos a ar dos anos 1970, como por exemplo um 2.4 S, não chama lá muito atenção. Daí o crescimento de modelos modificados de todos os tipos, como os Singer, e mais recentemente, os ditos “911 Safari”.
Este último virou mania: emulando os carros altos para ralis africanos dos anos 1970 e 1980, se tornaram febre naquele estado americano que gosta de ditar comportamento cool para o resto do mundo. Fez tanto sucesso que até a Porsche (e a Lamborghini, por incrível que pareça) recentemente lançou seu próprio 911 fora de estrada, o Dakar.
Mas para ser realmente cool e bater todo esse povo in their own game, o que você realmente precisa é o carro das fotos desta nota. Sim, o treco real, de verdade, original. Um dos 911 “Safari” de verdade, que realmente competiram na época.
Este carro começou a vida como um já valioso e raro Porsche 911 Carrera RS 2.7. Mas tem mais: a Porsche o retirou da linha de produção para se tornar um dos 25 911 Carrera RS 2.7s e RSR 2.8s que deveriam ser usados como carros de corrida de fábrica.
Este exemplar, chassis número 285, foi escolhido para uma missão muito especial. Junto com o chassi número 288, estava destinado a participar do rali Safari de 1973. Para enfrentar o evento, a Porsche equipou o carro com amortecedores e molas que aumentaram a altura do veículo, reforços de chassi, placas de proteção inferiores de alumínio, um tanque de combustível maior e, curiosamente, alças externas projetadas para ajudar os espectadores empurrarem o carro de volta para a estrada no caso provável dele atolar.
O carro correu com um livery amarelo e logótipos de patrocínio da Bosch. Mas a apenas três horas da linha de chegada, após mais de 5000 km em desertos africanos, problemas no motor impediram o carro de terminar a prova. Participaria do rali de novo no ano seguinte, mas também sem terminar; conseguiu o 3º lugar no rali dos 1000 lagos na Finlândia em 1974, porém. Um carro com histórico de corrida documentado.
Agora, depois de anos numa coleção na África, um restauro completo na Alemanha e três anos em um museu, foi de novo preparado e revisado para uso nas ruas e será leiloado no Monterrey Car Week deste ano, em agosto. Espera-se que o carro seja vendido por algo entre US$ 2,5 a US$ 3 milhões. Ninguém disse que se destacar em meio a gente já bem destacadinha ia ser barato. (MAO)
Citroën Ami chega ao Brasil; mas não na rua
A notícia de que o Citroën Ami virá ao Brasil deveria ser precedida das palavras “de novo”; antes da proibição das importações o Ami chegou a vir ao país nos anos 1960. Aquele Ami era um carrinho sensacional: pegava o chassi original e genial do 2CV, completo com suas suspensões independentes de longo curso e conforto sublime, combinado com uma carroceria mais moderna e um novo bicilíndrico contraposto “Big Block” arrefecido a ar de 600 cm³. O 2CV da época tinha 425 cm³, lembre.
Não era veloz, claro; nenhum 2CV ou derivado jamais poderia ser chamado de algo assim, sacrebleu! No! Mas era um carrinho sensacionalmente confortável, diferente, e positivamente delicioso de se dirigir. A perua até hoje parece estranhamente desejável.
Agora temos um novo Ami, todo mundo sabe. Uma cabine telefônica elétrica ambulante que já virou meme capotando a velocidades ridiculamente baixas internet afora. Um carro que também já apareceu como Fiat Topolino e Opel Rocks, e é enquadrado na categoria de quadriciclo na Europa, veículos que podem ser dirigidos por menores de 18 anos (a partir de 14 ou 16 anos, dependendo do país). Antigamente os franceses chamavam isso de “carro de bêbado”, pois muita gente que perdia a carta de motorista recorria à eles para continuar móvel.
É limitado em velocidade a 45 km/h e tem apenas 8 cv. Sim, você ouviu corretamente, menos potência que uma Honda CG. Mede apenas 2410 mm de comprimento e pesa 485 kg. A autonomia é de 75 km pelo ciclo WLTP, sendo que sua recarga pode ser feita em qualquer tomada de 220V convencional em apenas 3 horas. Na Europa custa a partir do equivalente á R$ 35.000.
Se animou? Um grande porém: aqui não existe legislação específica para quadriciclos, então homologá-lo para as ruas não é possível. Seu uso aqui no Brasil é limitado a propriedades particulares. A Stellantis dá exemplos de lugares onde imagina vende-los: aeroportos, supermercados, condomínios e outros empreendimentos. (MAO)