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Car Culture

Como os relógios e os carros se encontraram nas pistas – a história da cronometragem

Segundo um velho adágio, supostamente vindo dos primórdios da civilização hindu, "a verdadeira perfeição tem de ser imperfeita". Eu nunca entendi o significado exato. Por que a perfeição verdadeira é imperfeita? Não seria uma contradição? Se algo é imperfeito, não pode ser perfeito. Mas aí eu comecei a pensar em coisas que eu considero perfeitas, como o Alfa Romeo 33 Stradale ou a Ferrari 250 GT Lusso. Elas são imperfeitas. A Ferrari certamente não comporta gente do meu porte e o Alfa Romeo nunca funcionou direito no mundo real. Talvez a necessidade de imperfeição das coisas perfeitas tenha a ver com nossa perspectiva. A imperfeição é uma característica humana, tem a ver com nossa falibilidade — a mais humana das características. Um carro imperfeito acaba sendo, de certa forma, um pouco humano, porque ele tem falhas, como nós. A partir disso, comecei a reparar como praticamente todos os objetos de culto tem suas pequenas falhas — dos carros às armas, dos aviões às guitarras