FlatOut!
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Project Cars Project Cars #225

Construindo um Lamborghini na garagem de casa: a evolução do Project Cars #225

E aí, pessoal do FlatOut! Primeiramente desculpem a demora no envio da segunda parte desta história meio maluca, coisas imprevistas sempre acontece e como já disse antes, os gastos são um grande empecilho neste projeto, mas enfim, consegui reunir algumas atualizações e estarei contando a vocês…

No post anterior eu havia mencionado que contaria detalhes da fixação da carroceria no chassi, bem… isto vai ficar para outro post, pois ainda há bastante a contar.  O trambulador, que um dia pertenceu a um Gol G3, foi instalado, e utilizei sistema de haste pois este possibilita uma melhor precisão nos engates e requer menos regulagens e manutenção do que um sistema a cabos. Fiz o suporte com os materiais mais leves que encontrei e ele é composto basicamente de três tubos quadrados com 0,75 mm de parede. Pude economizar no peso já que não é um lugar onde haverá esforço.

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Os radiadores foram feitos sob encomenda, seguindo a medida dos radiadores originais do Diablo (pretendo aumentar a performance ou quem sabe por um V12 no cofre no futuro, por isso estou superdimensionando tudo que posso), estes vão instalados bem próximos ao para-choque traseiro, no qual fiz os suportes para que os mesmos acompanhem as duplas saídas de ar, sendo a entrada é em cima da carroceria:

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Eles instalados no chassi:

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Neste caso fiz um quadrado com cantoneiras, os radiadores encaixam nelas, e serão fixos por meio de cintas, novamente para salvar peso o que é uma preocupação já que o chassi em aço é pesado e o motor tem bloco em ferro pra ajudar. Eles serão ligados em série, são pequenos mesmo porém os dois somados fazem o tamanho de um radiador comum.

O pedal da embreagem veio de um Golf, o sistema será hidráulico e estou usando o atuador do Astra no câmbio — ele originalmente utilizava sistema de cabos e, como eu já mencionei que pretendo aumentar a cavalaria, deixei mais  fácil de se pisar na embreagem para não ter que fazer musculação para a perna esquerda.

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Fabriquei os pedais do freio e do acelerador também para acompanhar o da embreagem:

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No caso apenas alonguei o pedal de um Gol e soldei um reforço lateral para que não fique mole ao pisar, afinal se tem algo que eu não posso descuidar, são os freios. Embora na foto não seja perceptível, pois o sistema aí está apenas colocado, sem parafusos, os dois pedais ficaram na mesma altura, visando manter uma regulagem fácil na distância do banco. Pode parecer que o carro é espaçoso, mas não é. Apesar de seus 4,5m de comprimento e quase 2m de largura o carro tem espaço interno menor do que a maioria dos compactos de hoje em dia. Isso de deve ao fato do Diablo ser extremamente baixo, o que obriga o motorista a ter uma posição mais “deitada” ao volante. Por isso coloquei os pedais o mais afastados possível do banco.

No motor ainda não foram feitas muitas alterações, instalamos a roda fônica na polia do virabrequim. Originalmente ela vinha instalada no volante do motor com câmbio automático, mas quando colocamos o volante propriamente dito para o câmbio manual, não foi possível colocar a roda fônica ali então esta solução foi adotada:

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Ao menos feito isso já posso dar início à montagem do chicote, que usará injeção programável Injepro Light. Mais notícias apenas no próximo post. Desculpem.

 

Pintei o motor!

Tampas de válvulas e o coletor agora ganharam mais vida. Já que este motor originalmente vinha com capa, os projetistas e designers nem se importaram com a aparência do que havia embaixo dela. Então dei um jeito nisso e o câmbio entrou na jogada também.

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As tampas de válvulas foram pintadas de vermelho (ah não me diga!) — mas não é qualquer vermelho: é vermelho Massey Ferguson, aquela marca de trator. Trator… Lamborghini… sacaram? O câmbio e coletor de ar foram pintados de cor alumínio, e tiveram que receber um belo banho antes da pintura.

 

Pintei o Chassi!

Claro que o Chassi não poderia de ficar de fora. Depois de todos os componentes que necessitam solda foram instalados, dei um banho de ácido para tirar todo o óleo do metal. Em seguida foi aplicado fosfatizante, que se trata de um tratamento anti corrosivo e também primer P.U. branco para a base:

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Muita atenção foi dada a esta parte, já que a partir daqui não iremos mais desmontar nada do que for colocado no carro. Levamos 16 horas pra encerrar todo o processo. Notem como o assoalho é plano. Quando tudo terminar vou instalar mais duas chapas para terminar de vedar toda a parte de baixo, do pára-choque dianteiro ao traseiro, visando uma aerodinâmica melhor.

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Apliquei também vedação em todas as junções de chapas do chassi, visando trazer impermeabilização do cockpit e porta malas, além de evitar o acúmulo de sujeira nas frestas que podem vir a trazer corrosão.

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Feito isto foi aplicado tinta preto fosco vinílico no chassi e alumínio nas bandejas e componentes da suspensão, e este foi o resultado:

 

E falando de suspensão…

Os amortecedores também foram pintados, apesar de ser clichê este esquemas de cores, é o mais bonito em minha opinião. Prestar atenção a esses detalhes é até estranho, já que nada disso vai aparecer quando montar a carroceria, mas eu vou saber que esta beleza está lá!

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Detalhe para as arruelas excêntricas; elas são as responsáveis pela regulagem de câmber e cáster nos quatro lados — terei muito mais opções de regulagem, além do fato de ter um ajuste mais fino poder ser mais fino, e eliminar qualquer imperfeição que possa ter no chassi — apesar de não ter averiguado nenhuma ainda.

 

Os faróis

Como a maioria já sabe, o Diablo VT usa os mesmos faróis do Nissan 300ZX. Depois de uma incansável busca no eBay, eu não achei sequer uma unidade anunciada. Fuçando mais um pouco na internet vi que o 300ZX lá fora é chamado de Fairlady Z, pesquisando assim achei bastante coisa. Como por fotos não dá pra se ter uma base, os faróis vieram um pouquinho mais feios do que aparentavam, cheios de sujeira por dentro e até com alguns trincados na carcaça, e assim comecei a restauração:

 

No momento estou montando as peças do quebra-cabeças e devo dizer que mexer com as peças pintadas e limpas é bem animador.

E assim vou indo, aos poucos e com o tempo que posso vamos dando vida a esta arte, os próximos passos são:

Instalação da tubulação de freio – os tubos de Cobre já estão comigo, pretendo logo estar deixando eles no lugar, presos ao chassi e distribuido para as quatro pinças.

Instalação da injeção eletrônica – como já mencionado, estarei ligando o chicote do motor e pedindo ajuda a uns caras que sabem, afinal não quero fritar o circuito.

Tanque de combustível – o tanque será de alumínio e terá capacidade de 100 litros (!) assim como o Diablo original.

Sistema de escape – farei os canos de escape em aço inox e serão ligados em X .

Desde já queria agradecer todo o apoio que todos vem me dando neste projeto, realmente não esperava que fizesse tanto sucesso entre a galera aqui. Compartilhar esta história com vocês é bom demais para mim, além de ter a chance de ter algumas dicas e opiniões que com certeza são de grande ajuda. Por isso qualquer dúvida ou sugestão sobre o projeto sintam se a vontade para me perguntar nos comentários que estarei respondendo na medida do possível. Por enquanto isto é tudo que eu posso dizer pessoal.

Até a próxima!

Por Denis Schiavon, Project Cars #225

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