O Zero a 300 é matéria aberta, oferecida com o patrocínio dos assinantes do FlatOut. Ainda não é assinante? Considere ser: além de nos ajudar a manter o site e o nosso canal funcionando, você terá acesso a uma série de matérias exclusivas para assinantes – como conteúdos técnicos, histórias de carros e pilotos, avaliações e muito mais!
Corvette defenestra parede de botão
Conforme esperado, o Corvette 2026 chegou com novidades. Por fora, e tecnicamente, pouco muda; mas há um novo painel de instrumentos. Sim: o infame “wall of buttons”, a parede divisória cheia de botões que separava o piloto do passageiro, é passado agora.
O novo cockpit parece bem agradável; os controles de climatização foram realocados para uma faixa horizontal no painel, logo acima do console central e abaixo da saída de ar central. A parede em si meio que ainda está lá, mas não é nem de longe tão proeminente como era. Parece agora uma alça, um “pqp”, para o passageiro.
A tela central agora é maior e passa a ter 12,7 polegadas. O motorista tem uma nova tela digital de 14 polegadas e, à esquerda, uma nova tela sensível ao toque de 6,6 polegadas, que serve como tela auxiliar. É onde você encontrará informações específicas para o motorista, como quilometragem ou leituras do sistema Performance Traction Management. A capa superior dos instrumentos é de fibra de carbono no ZR1 e opcional no E-Ray e no Z06.
O console central foi também remodelado com novos porta-copos. O seletor de modo de condução foi reposicionado em linha com o seletor de marchas, liberando espaço para um carregador de celular sem fio. Há novas opções de acabamento e cores internas, incluindo uma opção assimétrica que separa os lados do motorista e do passageiro.
Há um novo modo para o conhecido sistema Performance Traction Management, chamado PTM Pro. Resumindo, ele praticamente desativa todas as assistências eletrônicas, deixando você livre leve e solto sem babás. Só o ABS permanece. Está disponível em todos os níveis de acabamento, incluindo o ZR1, carro em que tal coisa deve ser no mínimo interessante.
Além disso, coisa pouca: os hardtop têm um novo teto eletrocrômico com ajustes de tonalidade dos vidros. O E-Ray recebe soleiras das portas na cor da carroceria de série. Pinças de freio azuis estão disponíveis, e outros mimos desse tipo.
O pacote opcional ZTK Track Performance para o ZR1, tem upgrade nos freios. Além da suspensão mais rígida e dos pneus Michelin Pilot Sport Cup 2R, o pacote agora adiciona um conjunto de enormes pinças de freio de 10 pistões na dianteira e pinças de seis pistões na traseira, fornecidas pela Alcon. Os rotores são de carbono-cerâmica em toda a sua extensão. Eles, juntamente com as pinças, são os maiores já oferecidos em um Corvette de produção, de acordo com a empresa.
Ainda não foi divulgado preço e disponibilidade do Corvette 2026, mas espere algo em torno de julho ou agosto, com preços incrementalmente maiores. (MAO)
Koenigsegg Jesko Absolut bate mais um recorde. Bem específico!
A Koenigsegg publicou um vídeo em sua página do Instagram mostrando um Jesko Absolut percorrendo uma impressionante distância de 800 metros a partir da imobilidade na pista de testes da empresa na Suécia. Durante a prova, o Jesko conseguiu atingir uma velocidade máxima de 359,83 km/h. É um novo recorde para carros de produção no 0-800 m.
Mas veja bem: o recorde é de VELOCIDADE ao fim dos 800 m, partindo da imobilidade. O Jesko levou 13,27 segundos para percorrer a distância, ficando cerca de meio segundo atrás do atual recordista, o Rimac Nevera. O tempo de 8,88 segundos no quarto de milha torna o Jesko Absolut o carro de produção a gasolina mais rápido nesse percurso, superando o Dodge Challenger SRT Demon 170 por alguns décimos. Veículos elétricos como o Nevera e o Pininfarina Battista ainda são mais rápidos.
O Koenigsegg Jesko Absolut é um dos carros de produção mais potentes do planeta, com um V8 capaz de 1600 cv e sua maluca transmissão de nove marchas “Light Speed Transmission”. O carro pesa 1390 kg apenas, e o fabricante estima que a velocidade máxima é de 500 km/h, com velocidades de até 531–563 km/h teoricamente possíveis. Mas fisicamente, hoje impossíveis de se comprovar. Sim, não há lugar com espaço suficiente.
O tempo de 0 a 100 km/h do Jesko, de 2,79 segundos, não quebra nenhum recorde, mas é incrivelmente rápido também, ainda mais quando se lembra que é apenas um V8 com tração traseira, sem nenhum mambo-jambo elétrico moderno. O carro também não é o que podemos chamar de barato: não sai por menos de US$ 3,4 milhões. (MAO)
Ferrari Elletrica adiada
Dia 9 de outubro próximo era o dia marcado para a apresentação daquele carro que a gente achava que nunca veria, o primeiro Ferrari 100% elétrico, criativamente nomeado de “Elletrica”. Agora parece que não será exatamente assim.
O CEO da empresa diz agora que inicialmente veremos apenas o “coração tecnológico” do carro elétrico. Ele não explicou o que é isso, mas deve ser o trem de força, claro. A segunda fase da revelação ocorrerá no início do próximo ano, quando a Ferrari apresentará o “visual e a sensação do conceito de design de interiores”. A estreia mundial está marcada para alguns meses depois, em algum momento em setembro de 2026. O carro deve estar disponível para venda no fim de 2026. Ou seja, tudo foi adiado.
O primeiro modelo da empresa sem motor de combustão será montado em uma nova unidade chamada “e-building”. Apesar do nome, o local também produzirá modelos a combustão e híbridos. Cobrindo uma área total de 42.700 metros quadrados, a fábrica foi inaugurada no ano passado e atualmente emprega mais de 300 funcionários.
Segundo o chefe de marketing de produtos, Emanuele Carando, o carro emitirá um som “autêntico”. Não especificou se autêntico para elétrico, ou seja, silêncio, ou autêntico para um V12, o que não seria nada autêntico. Confuso? Bem-vindo ao clube. Uma mula de teste usando uma carroceria modificada do Maserati Levante e escapamentos quádruplos falsos foi ouvida produzindo ruídos agressivos, apesar da ausência de um motor a combustão. É, suponho que a gente merece.
Mas não é só isso. Boatos indicam que há mais patifaria: trocas de marcha simuladas. Neste ponto, tem gente se perguntando se não é melhor comprar um simulador premium para a sala de casa e andar de Kwid mesmo. (MAO)
Jeep homenageia o primeiro Jeep com edição especial de Jeep
Não é o primeiro Jeep a homenagear a versão inicial, militar, do carro que inaugurou a marca em 1941, em plena segunda guerra mundial. Não faz muito tempo, apareceu o Wrangler 4xe Willys ’41 Special Edition 2025, vendido nos EUA. Agora há outro Jeep “41”, na Índia.
É o Jeep Wrangler Willys Edition 1941, que acaba de estrear na Índia com uma produção limitada a 30 unidades. Partindo da versão Rubicon, recebe algumas atualizações de estilo e equipamentos. O destaque é a exclusiva cor Verde ’41, inspirada no verde militar do Willys original. Um adesivo de 1941 no capô adiciona um toque de nostalgia.
Há um pacote de acessórios opcional que inclui teto Sunrider, escada lateral e bagageiro de teto. Os estribos laterais elétricos são de série. No interior, você encontrará alguns toques importantes, como alças de apoio retrô e tapetes para todas as condições climáticas com a inscrição Jeep vermelha em negrito.
Ao contrário do Willys ’41 Special Edition americano, oferecido com o trem de força 4xe eletrificado, o Willys Edition indiano de 1941 funciona a gasolina só. Sob o capô, encontra-se o motor 2.0 turbo de quatro cilindros original, que gera 274 cv e 41 mkgf de torque. Essa potência é enviada às quatro rodas por meio de uma transmissão automática de oito velocidades.
A edição especial está disponível exclusivamente na Índia, com um preço inicial de ₹ 67,65 lakh (R$ 461.616) antes de impostos e registro. (MAO)
Vendas da Tesla na Europa despencam
As vendas europeias da Tesla estão caindo vertiginosamente. Após meses em queda constante, abril foi um mês particularmente desastroso. Mercados importantes como Espanha, Alemanha, Bélgica, França e Reino Unido registraram quedas significativas.
A Alemanha, em particular, parece ser onde os problemas da Tesla são mais evidentes. Em abril, a empresa vendeu apenas 885 veículos no país, uma queda impressionante de 45,9% em relação ao mesmo mês do ano passado. Até agora, neste ano, a Tesla vendeu 5.820 veículos na Alemanha, marcando uma queda de 60,4% em relação a 2024. Lembre-se de que este é o país que abriga a única fábrica europeia da Tesla, então as coisas claramente não estão indo conforme o planejado.

Não sei vocês, mas acho isso difícil de conceber. Os Teslas não mudaram em nada: continuam os mesmos carros. E até, talvez por causa da crise, estão mais baratos. Eram mega-sucesso ontem, agora ninguém quer. E nada, tecnicamente nos carros, mudou. Mostra definitivamente que o fenômeno que é a marca, e seu vertiginoso crescimento, tem mais a ver com imagem, virtue signaling e visões políticas do que sobre automóveis em si. E que o amor e o ódio estão pertinhos um do outro mesmo. Incrível.
E não é assim que exista problema com elétricos, só com a Tesla mesmo, parece. A BYD, ainda uma empresa relativamente nova na Alemanha, vendeu 1.566 veículos no mês passado, um aumento de 755,7% em relação a abril de 2024. As vendas acumuladas no ano também aumentaram 384,5%, para 2.791 unidades. As vendas da MG também aumentaram 34% em abril. A Polestar também relatou um aumento de 47,1% nas vendas, com 303 unidades vendidas no mês passado.
A situação não é muito melhor no Reino Unido, onde as vendas da Tesla despencaram completamente em abril. Com apenas 512 unidades vendidas, a empresa viu uma queda de 62% em comparação com o ano anterior.
As dificuldades da Tesla se estendem também a vários outros países europeus. Na Espanha, as vendas caíram 36%. Na Bélgica, foram 55%. A França teve uma queda de 59%, a Dinamarca, 67%, e na Suécia, onde a Tesla era a queridinha do povo, uma queda impressionante de 81% aconteceu em abril. A situação é para lá de ruim. O domínio da Tesla no mercado europeu parece ter acabado. E pior: de um dia para outro, aparentemente. (MAO)