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Desafio triplo no rallycross: Datsun 240Z vs. KTM 450 EXC vs. Lancer Evolution VI de competição! E agora?

Já dissemos que comparativos entre carros e motos raramente fazem sentido? Não? Pois bem: comparativos entre carros e motos raramente fazem sentido. O que não significa que você não possa se divertir um bocado assistindo a um deles — como é o caso deste teste feito pela revista Evo, que colocou um Datsun 240Z preparado para rali para brigar com uma moto no circuito de Blyton Park, no Reino Unido, e ainda levou um Lancer Evo VI de rali para a festa. O resultado? Quem se importa?

O 240Z é, reconhecidamente, um dos esportivos clássicos mais incríveis já feitos pelo homem. Não estamos exagerando, não: FlatOut já teve a oportunidade de acelerar um deles e podemos dizer que seu comportamento dinâmico somado ao vigor do seis-em-linha formam uma das melhores combinações quando o assunto é diversão ao volante. O que dizer, então, de um 240Z preparado para competir no Safari Rally Classic?

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Seu seis-em-linha de 2,4 litros foi preparado à moda antiga para entregar cerca de 270 cv — um aumento significativo em relação aos cerca de 151 cv da configuração original. Contudo, como ele foi feito para atravessar as dunas do deserto africano, sua suspensão elevada, resistente e com muito curso tem um papel talvez mais importante que o do motor. O carro também é relativamente leve — pesa pouco mais de 1.000 kg, podendo ser considerado um peso-pena levando em consideração todos os reforços estruturais e a preparação para enfrentar as condições hostis do Safari Rally.

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Do outro extremo da competição está a KTM 450 EXC — uma moto leve, feita para provas de enduro, movida por um motor monocilíndrico de 449,3 cm³ e 66 cv. Parece uma potência irrisória, mas lembre que motos são veículos muito mais ágeis e leves. No caso da KTM, por exemplo, os 66 cv só precisam empurrar pouco mais de 110 kg — e a suspensão com 30 cm de curso só torna o trabalho ainda mais fácil em um circuito de rallycross com um salto no final. Como ambos se saem? Bem, você precisa assistir ao vídeo abaixo para descobrir.

O Datsun não foi feito para correr no asfalto — algo que  Blyton Park tem de sobra. Os pneus garrudos foram feitos para trabalhar na terra, na lama e no cascalho, enquanto a suspensão prioriza a absorção de impactos em pistas de terra. Sendo assim, a carroceria inclina muito nas curvas, que precisam ser atacadas com extrema cautela: o Datsun sai de frente na entrada e a traseira desgarra demais na saída.

Por outro lado, a moto também não está em seu habitat natural, mas a aceleração é muito mais rápida (ela vai de 0 a 100 km/h em cerca de sete segundos) e ela encara os grampos e curvas em sequência do circuito com muito mais desenvoltura. O resultado, então, é uma bela diferença entre os dois no final: o Datsun consegue percorrer o circuito em 1:23,2, enquanto a moto faz o mesmo em 1:16,9 — 6,3 segundos a menos.

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Procurando achar um meio termo entre ambos — e dar ao apresentador Jethro Bovingdon a chance de acelerar um carro sem correr o risco de estragar um carro de competição histórico que vale cerca de £ 190 mil (uns R$ 760 mil em conversão direta) —, a Evo também colocou na disputa seu xará, o Evo! Mais precisamente, o Lancer Evolution VI de competição preparado pela Gibson Motorsport — com um pouco mais que os 330 cv da versão de competição da Ralliart graças a um turbo maior e algumas outras coisinhas debaixo do capô (acredite, nós procuramos a receita e descobrimos que ela está escrita no verso da fórmula da Coca-Cola).

Com pneus um pouco mais à vontade no asfalto, suspensão mais firme e um motor mais potente, naturalmente o Evo foi mais rápido que o Datsun no circuito — porém não o suficiente para superar a KTM — virando 1:21,2.

Mas você quer saber a verdade? Já dissemos: pouco importa. Deu para ver que Jethro se divertiu tanto no banco do carona do Datsun quanto ao volante do Lancer Evo, e ficou embasbacado com o controle do piloto da motocicleta. No fim das contas, no mínimo pudemos curtir um belo espetáculo de ralycross!